quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Oração politicamente (in)correta

A oração pronunciada por um pastor do Estado de Kansas, EUA, o reverendo Joe Wright - quem sabe, um conservador, mas se ela é genuína, não importa - na abertura dos trabalhos do senado estadual:

A oração:

“Pai celeste, nós estamos diante de ti hoje para pedir teu perdão e para buscar tua direção e liderança.

Nós sabemos que tua palavra diz: 'Cuidado com aqueles que chamam o mal de bem,' mas isto é exatamente o que temos feito. Nós temos perdido nosso equilíbrio espiritual e revisto nossos valores. Confessamos:

  • Nós temos ridicularizado a absoluta verdade da tua Palavra e chamamos a isso pluralismo.
  • Nós temos adorado outros deuses e chamamos a isso multiculturalismo.
  • Nós temos endossado a perversão e chamamos a isso estilo de vida alternativo.
  • Nós perdemos nosso equilíbrio espiritual e revertemos nossos valores.
  • Nós exploramos os pobres e chamamos isso de loteria.
  • Nós recompensamos preguiça e chamamos isso de bem-estar.
  • Nós cometemos aborto e chamamos isso de escolha.
  • Nós matamos os que são a favor do aborto e chamamos de justificável.
  • Nós negligenciamos a disciplina de nossos filhos e chamamos isso de construção de auto-estima.
  • Nós abusamos do poder e chamamos isso de política.
  • Nós invejamos as coisas dos outros e chamamos isso de ambição.
  • Nós poluímos o ar com coisas profanas e pornografia e chamamos isso de liberdade de expressão.
  • Nós ridicularizamos os valores dos nossos antepassados e chamamos isso de iluminismo.
  • Sonda-nos, ó, Deus, e conhece os nossos corações hoje; limpa-nos de todo pecado e nos liberta.
    Amém!”
A resposta foi imediata. Vários parlamentares saíram durante a oração em protesto. Em seis semanas, a igreja chamada Central Christian Church, onde o Rev. Wright é pastor, recebeu mais que 5 mil telefonemas e somente 47 responderam negativamente. A igreja agora está recebendo pedidos internacionais de cópias desta oração da Índia, África e Coreia.
O comentarista Paul Harvey pôs no ar esta oração no programa de rádio "O fim da história" e teve a maior resposta que um de seus programas já teve. Com a ajuda do Senhor, possa esta oração correr toda a nação e que, de todo o coração, seja nosso desejo de que possamos, de novo, ser chamados de uma nação sob a mão de Deus.


THE PRAYER

Heavenly Father, we come before you today to ask Your forgiveness and to seek Your direction and guidance. We know Your Word says, "Woe to those who call evil good, "but that is exactly what we have done. We have lost our spiritual equilibrium and reversed our values. We confess:
We have ridiculed the absolute truth of Your Word and called it Pluralism. We have worshipped other gods and called it multiculturalism. We have endorsed perversion and called it alternative lifestyle. We have exploited the poor and called it the lottery. We have rewarded laziness and called it welfare. We have killed our unborn and called it choice. We have shot abortionists and called it justifiable. We have neglected to discipline our children and called it building self-esteem. We have abused power and called it politics. We have coveted our neighbor's possessions and called it ambition. We have polluted the air with profanity and pornography and called it freedom of expression. We have ridiculed the time-honored values of our forefathers and called it enlightenment. Search us, Oh God, and know our hearts today; cleanse us from every sin and set us free. Guide and bless these men and women who have been sent to direct us to the center of your will. I ask it in the Name of Your Son, the living Savior, Jesus Christ. Amen.

The response was immediate. A number of legislators walked out during the prayer in protest. In six short weeks, Central Christian Church, where Rev. Wright is pastor, logged more than 5,000 phone calls with only 47 of those calls responding negatively. The church is now receiving international requests for copies of this prayer from India, Africa, and Korea. Commentator Paul Harvey aired this prayer on "The Rest of the Story" on the radio and received a larger response to this program than any other he has ever aired. With the Lord's help, may this prayer sweep over our nation and wholeheartedly become our desire so that we again can be called one nation under God.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Serviços simplificados aos brasileiros e brasileiras

Governo dá passo importante para simplificar o atendimento ao cidadão que pretender apresentar documentos nacionais em situações comuns de transações comerciais nas quais sempre se exigiu o reconhecimento de firma. Pelo decreto 6.932, chamado de "Carta de Serviços ao Cidadão", acaba a necessidade do reconhecimento de firma em documentos brasileiros.


DECRETO Nº 6.932, DE 11 DE AGOSTO DE 2009.

Dispõe sobre a simplificação do atendimento público prestado ao cidadão, ratifica a dispensa do reconhecimento de firma em documentos produzidos no Brasil, institui a "Carta de Serviços ao Cidadão" e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea a, da Constituição, DECRETA:

Art. 1o Os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal observarão as seguintes diretrizes nas relações entre si e com o cidadão:

I - presunção de boa-fé;

II - compartilhamento de informações, nos termos da lei;

III - atuação integrada e sistêmica na expedição de atestados, certidões e documentos comprobatórios de regularidade;

IV - racionalização de métodos e procedimentos de controle;

V - eliminação de formalidades e exigências cujo custo econômico ou social seja superior ao risco envolvido;

VI - aplicação de soluções tecnológicas que visem a simplificar processos e procedimentos de atendimento ao cidadão e a propiciar melhores condições para o compartilhamento das informações;

VII - utilização de linguagem simples e compreensível, evitando o uso de siglas, jargões e estrangeirismos; e

VIII - articulação com Estados, Distrito Federal, Municípios e outros poderes para a integração, racionalização, disponibilização e simplificação de serviços públicos prestados ao cidadão.

Art. 2o Os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal que necessitarem de documentos comprobatórios de regularidade de situação do cidadão, atestados, certidões ou outros documentos comprobatórios que constem em base de dados oficial da administração pública federal deverão obtê-los diretamente do respectivo órgão ou entidade.

Parágrafo único. Exclui-se da aplicação do disposto no caput:

I - comprovação de antecedentes criminais;

II - informações sobre pessoa jurídica; e

III - situações expressamente previstas em lei.

Art. 3o Os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal não poderão exigir do cidadão a apresentação de certidões ou outros documentos expedidos por outro órgão ou entidade do Poder Executivo Federal, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 2o.

§ 1o O órgão ou entidade deverá, quando necessário, juntar aos autos do respectivo processo administrativo versão impressa da certidão ou documento obtido por meio eletrônico.

§ 2o As certidões ou outros documentos que contenham informações sigilosas do cidadão somente poderão ser obtidas por meio de sua autorização expressa.

§ 3o Quando não for possível a obtenção de atestados, certidões e documentos comprobatórios de regularidade de situação diretamente do órgão ou entidade expedidora, os fatos poderão ser comprovados mediante declaração escrita e assinada pelo cidadão, que, em caso de declaração falsa, ficará sujeito às sanções administrativas, civis e penais aplicáveis.

Art. 4o No âmbito da administração pública federal, os órgãos e entidades gestores de base de dados oficial colocarão à disposição dos órgãos e entidades públicos interessados as orientações para acesso às informações constantes dessas bases de dados, observadas as disposições legais aplicáveis e as diretrizes, orientações e procedimentos estabelecidos pelo Comitê Executivo do Governo Eletrônico, criado pelo Decreto de 18 de outubro de 2000.

Art. 5o No atendimento aos requerimentos do cidadão, os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal observarão as seguintes práticas:

I - gratuidade dos atos necessários ao exercício da cidadania, nos termos da Lei no 9.265, de 12 de fevereiro de 1996;

II - padronização de procedimentos referentes à utilização de formulários, guias e outros documentos; e

III - vedação de recusa de recebimento de requerimentos pelos serviços de protocolo, salvo quando o órgão ou entidade for manifestamente incompetente.

§ 1o Na ocorrência da hipótese referida no inciso III, os serviços de protocolo deverão prover as informações e orientações necessárias para que o cidadão possa dar andamento ao requerimento.

§ 2o Após a protocolização do requerimento, caso o agente público verifique que o órgão ou entidade é incompetente para o exame ou decisão da matéria, este deverá providenciar a remessa imediata do requerimento ao órgão ou entidade competente.

§ 3o Quando a remessa referida no § 2o não for possível, o interessado deverá ser comunicado imediatamente do fato para adoção das providências a seu cargo.

Art. 6o As exigências necessárias para o requerimento serão feitas desde logo e de uma só vez ao interessado, justificando-se exigência posterior apenas em caso de dúvida superveniente.

Art. 7o Não será exigida prova de fato já comprovado pela apresentação de outro documento válido.

Art. 8o Para complementar informações ou solicitar esclarecimentos, a comunicação entre o órgão ou entidade e o interessado poderá ser feita por qualquer meio, inclusive comunicação verbal, direta ou telefônica, correspondência, telegrama, fax ou correio eletrônico, registrando-se a circunstância no processo, caso necessário.

Art. 9o Salvo na existência de dúvida fundada quanto à autenticidade e no caso de imposição legal, fica dispensado o reconhecimento de firma em qualquer documento produzido no Brasil destinado a fazer prova junto a órgãos e entidades da administração pública federal, quando assinado perante o servidor público a quem deva ser apresentado.

Art. 10. A juntada de documento, quando decorrente de disposição legal, poderá ser feita por cópia autenticada, dispensada nova conferência com o documento original.

§ 1o A autenticação poderá ser feita, mediante cotejo da cópia com o original, pelo próprio servidor a quem o documento deva ser apresentado.

§ 2o Verificada, a qualquer tempo, falsificação de assinatura ou de autenticação de documento público ou particular, o órgão ou entidade considerará não satisfeita a exigência documental respectiva e, dentro do prazo máximo de cinco dias, dará conhecimento do fato à autoridade

competente para adoção das providências administrativas, civis e penais cabíveis.

Art. 11. Os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal que prestam serviços diretamente ao cidadão deverão elaborar e divulgar "Carta de Serviços ao Cidadão", no âmbito de sua esfera de competência.

§ 1o A Carta de Serviços ao Cidadão tem por objetivo informar o cidadão dos serviços prestados pelo órgão ou entidade, das formas de acesso a esses serviços e dos respectivos compromissos e padrões de qualidade de atendimento ao público.

§ 2o A Carta de Serviços ao Cidadão deverá trazer informações claras e precisas em relação a cada um dos serviços prestados, em especial as relacionadas com:

I - o serviço oferecido;

II - os requisitos, documentos e informações necessários para acessar o serviço;

III - as principais etapas para processamento do serviço;

IV - o prazo máximo para a prestação do serviço;

V - a forma de prestação do serviço;

VI - a forma de comunicação com o solicitante do serviço; e

VII - os locais e formas de acessar o serviço.

§ 3o Além das informações descritas no § 2o, a Carta de Serviços ao Cidadão deverá detalhar os padrões de qualidade do atendimento relativos aos seguintes aspectos:

I - prioridades de atendimento;

II - tempo de espera para atendimento;

III - prazos para a realização dos serviços;

IV - mecanismos de comunicação com os usuários;

V - procedimentos para receber, atender, gerir e responder às sugestões e reclamações;

VI - fornecimento de informações acerca das etapas, presentes e futuras, esperadas para a realização dos serviços, inclusive estimativas de prazos;

VII - mecanismos de consulta, por parte dos usuários, acerca das etapas, cumpridas e pendentes, para a realização do serviço solicitado;

VIII - tratamento a ser dispensado aos usuários quando do atendimento;

IX - requisitos básicos para o sistema de sinalização visual das unidades de atendimento;

X - condições mínimas a serem observadas pelas unidades de atendimento, em

especial no que se refere a acessibilidade, limpeza e conforto;

XI - procedimentos alternativos para atendimento quando o sistema informatizado se encontrar indisponível; e

XII - outras informações julgadas de interesse dos usuários.

§ 4o A Carta de Serviços ao Cidadão será objeto de permanente divulgação por meio de afixação em local de fácil acesso ao público, nos respectivos locais de atendimento, e mediante publicação em sítio eletrônico do órgão ou entidade na rede mundial de computadores.

Art. 12. Os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal deverão aplicar periodicamente pesquisa de satisfação junto aos usuários de seus serviços e utilizar os resultados com...

Íntegra do texto da lei: http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818612/decreto-6932-09

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Magistrados do Brasil contra o acordo com Vaticano



Em Nota Pública, postada em sua página virtual no dia 14 de agosto de 2009, a Associação de Magistrados Brasileiros se posiciona oficialmente contrária ao acordo celebrado entre o Governo Brasileiro e o Vaticano.

Eis os termos da publicação:

“A Comissão Nacional de Direitos Humanos da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), composta por representantes de todas as entidades filiadas, vem a público manifestar apoio aos movimentos contrários à incorporação ao ordenamento jurídico brasileiro do Acordo Brasil e Vaticano.

“A AMB ressalta que o modelo constitucional vigente instituiu a laicidade do Estado brasileiro, garantindo a liberdade religiosa a toda cidadania. O acolhimento do Acordo pelo Congresso Nacional (onde tramita como a Mensagem n° 134/2009) implicará em grave retrocesso ao exercício das liberdades e à efetividade da pluralidade enquanto princípio fundamental do Estado. Rogamos que as autoridades legislativas atuem nesta questão com rigorosa conduta constitucional.

Mozart Valadares Pires
Presidente da AMB”

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

COPA 2014 e o MARACANÃ

Suely Alves Peixoto de Mattos



Quando caminho pelo Maracanã, fico triste com a decisão da destruição do Parque Aquático Julio Delamare e da Pista de Atletismo Célio de Barros. Vejo crianças, adolescentes, adultos e idosos do Projeto SUDERJ EM FORMA que participam de atletismo, saltos, natação, hidroginástica chegando e saindo e penso: Será que vai valer a pena destruir locais de prática esportiva para o espaço ser usado como estacionamento para quatro eventos apenas: solenidades de abertura e encerramento e duas partidas de futebol?!?!?! O que será de quem participa deste projeto? Já pensaram nisso? Ao invés de os governos federal, estadual e municipal melhorarem o acesso (que seria muito mais barato!) através do Metrô, trem e ônibus querem destruir o que dá certo. Será que é justo isso? Onde estas pessoas vão continuar a praticar seus exercícios? No Engenhão? No Maria Lenk? Seria impraticável pela distância. O investimento na Copa vale a destruição de sonhos de tantos? E o fato já constatado de que o esporte e a música são os responsáveis pelo afastamento de muitos jovens do caminho do tráfico e da marginalidade? Os adultos e os idosos que precisam se exercitar para melhorar sua condição física de melhor qualidade de vida? O que dizer desta decisão que vai prejudicar tantos por tão pouco? O que será deste “investimento” depois da Copa? Como vão devolver este espaço para a prática esportiva tão útil para este segmento da população? Se o Complexo do Maracanã é dedicado ao esporte em suas várias modalidades, por que destruir por tão pouco? Lanço meu protesto por esta decisão...


Foto: Rogério Santana / http://www.suderj.rj.gov.br/detalhe_foto.asp?id=13

CATARSE EM EDUCAÇÃO

Suely Alves Peixoto de Mattos

Muito têm me assustado os comentários com relação à Educação no Brasil.
Durante a campanha eleitoral para a Prefeitura do Rio de Janeiro, muito se falou sobre a responsabilidade dos professores, investimento em Educação, término da aprovação automática, melhoria da qualidade, aumento de salário dos professores, e mais, e mais, e mais.
Tenho lido crônicas, reportagens, artigos e ouvido comentários sobre qual a melhor solução para nosso “caso”.
Muitos entendidos, e outros nem tanto, têm dado suas opiniões sobre o assunto, mostrando que a preocupação não atinge só a quem é da área, mas a todos os interessados no desenvolvimento do país.
Tenho minha opinião que coincide com a de alguns; concordo com outras que me mostram algum detalhe que passou; aprendo com as que vêm de outra área, mas que tem a ver com o assunto; e até considero falas de quem está sentindo na própria pele o problema.
A coisa é simples e complicada também. Qualquer país, para crescer, precisa que seu povo seja crítico, tenha conhecimento do assunto a que se propõe trabalhar para seu sustento, saiba interpretar o que está acontecendo à sua volta – na economia, na política, na sociedade de modo geral, nos esportes, nos momentos de lazer, nas artes, na literatura, conhecer um pouco das leis que fazem com que possa respeitar e ser respeitado, no desenvolvimento tecnológico. Mas isto já foi dito de forma enfática por muitos entendidos e pelos nem tanto... Então, o que falta?
O problema é a falta de educação do povo. Não a educação do ‘muito obrigado’, ‘com licença’, ‘desculpe-me’. Mas a EDUCAÇÃO que faz com que cada pessoa seja CIDADÃ. O que falta é vontade política para se investir na formação do professor e na atualização, reciclagem e especialização dos que já estão atuando, no aparelhamento das escolas – com bibliotecas, laboratórios, salas ambiente para atividades artísticas, quadra de esportes variados, possibilidade de participação dos alunos em eventos locais, nacionais e internacionais para mostrar seu potencial. Mas... isso custa muito caro!!! E daí? Será que não vale a pena gastar em algo que vai trazer melhoria para nosso crescimento, se transformando em investimento para as gerações futuras?
Será que não temos mais a mostrar do que só futebol? Países desenvolvidos mostram seus valores esportivos, mas também se sobressaem em outras áreas, tais como: pesquisa científica, medicina, artes, literatura, política, etc.
A formação do professor, principalmente, da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, tem que ser tratada com muito carinho, responsabilidade, competência, pois é nesta fase que a criança toma gosto ou não pelo estudo. Se o professor está seguro e firme do papel que representa, poderá desenvolver seu trabalho com competência, incentivando seu aluno no desenvolvimento de seu potencial.
É muito fácil falar que um dos problemas é a necessidade de aumento de salário para o professor. Porém, não é só esta a questão. De que adianta o professor ganhar mais, mas não ter oportunidade e incentivo para aprimorar sua formação. Tudo bem; poderá pagar suas contas e ver sobrar um pouquinho para suas outras necessidades. Mas, será que é só isso? Ele precisa ser incentivado a ler mais, a ir ao teatro e ao cinema, a participar de eventos sociais e culturais. Será que a escolaridade dele foi suficiente para que possa escolher e interpretar o que vai assistir/ver? Ou será que ele precisa aprender a se interessar por tudo isso?
É uma questão de aprendizagem e costume (para participar).
A classe média precisa se interessar em ser professor novamente. O magistério não pode ser usado como trampolim para “vôos” mais altos, pois ainda é a profissão com grande oferta de emprego, principalmente em pequenas escolas, sendo fácil estar trabalhando para poder pagar outro curso. E o que será desse aluno, visto que este professor será um mero repassador de conteúdo para “se livrar da obrigação”, não se preocupando em desenvolver no aluno todo o sentimento necessário à sua educação integral?
Precisamos do professor carreirista. Que tenha vontade de se aprimorar cada vez mais para passar para seus alunos não apenas o ensino formal, mas também a aprendizagem informal que vai fazer com que ele seja capaz de interpretar o que passa a sua volta seja crítico, político – no sentido de ser aquele que sabe escolher seu caminho, seu futuro com conhecimento de causa – tenha interesse em melhorar seu desempenho, pois sabe que seu trabalho será útil e profícuo, que terá conseqüências importantes para o desenvolvimento deste país que precisa tanto de pessoas, profissionais, cidadãos conscientes de seu papel.
O professor é aquele que prepara todos os cidadãos, independente de sua classe, principalmente no do Ensino Fundamental. O que seria da sociedade e do desenvolvimento de seu conhecimento, se não existisse o professor alfabetizador? Pobres de nós. O professor que nos inicia na “vida acadêmica” deveria ser o mais valorizado em todos os aspectos. Sem ele nada começaria.
De acordo com a nomenclatura do ano de minha formatura, sou professora primária, formada pelo Instituto de Educação, e tenho muito orgulho de minha profissão. Estudei e me aprimorei depois, mas me identifico com a educação sendo professora, e como tal, participante e colaboradora do desenvolvimento do meu País.


Suely Alves Peixoto de Mattos é professora, orientadora educacional, especialista em Ciências da Educação e membro da Igreja Metodista de Vila Isabel.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Renova-me

Salmos 51.10: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro em mim um espírito inabalável.”

Se as palavras e os gestos se enrijeceram e já não sabem mais expressar riso ou folguedo, Senhor renova-me.

Se os pensamentos e emoções ficaram amargos em vez de florescer com dulçor, Senhor renova-me.

Se as lembranças se tornaram armadilhas que aprisionam a alma a um passado repleto de dores ao invés de alimentarem as saudades de um futuro cheio de alegria, Senhor renova-me.

Se as possibilidades presentes atiçam n’alma o terror em lugar de acender a esperança que se desperta à vista das potencialidades, Senhor renova-me.

Se a luz que emoldura a face revela apenas a pulsão que nasce da ansiedade pelos prazeres e apelos de um mundo em decadência, Senhor renova-me.

Se a mente vagueia tão só em busca de conteúdo e significado que não falam do teu imenso amor, Senhor renova-me.

Se o luxo e o burburinho dos templos do consumo e a glória multicor que vem de Babilônia se tornaram as únicas aspirações da alma, Senhor renova-me.

Que a simplicidade do alimento espiritual que tenho em tua Palavra, a companhia de Jesus, que me conforta por meio do amor da família que me ajudaste a formar e da certeza da amizade desse povo que anda em teu caminho, e o acolhimento às minhas orações sejam razões suficientes para eu pedir de novo: Senhor renova-me.


Luciano P. Vergara

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Os insustentáveis credos do ateísmo




Curioso é notar como pessoas – algumas, inclusive, destacadas – fizeram escolhas intencionalmente distantes de Deus e de sua Palavra.

Um notável brasileiro que insistiu em afastar-se de Deus foi o sertanista e conhecido positivista marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958), apesar de sua conduta ser, atestadamente, ilibada e marcada por gestos de humanidade incomum, combinados com estoicismo.

A morte do acendrado positivista Rondon, a 19 de janeiro de 1958, foi seguida de um velório ao largo da capela e sendo vedada qualquer bênção religiosa. No sepultamento, um chapéu repousava sobre a tampa do caixão, num possível ritual maçônico.

Cândido Rondon exprimiu sua forte relação com os ideais de Auguste Comte, iniciador, no século XIX, do movimento que propunha a redenção humana por uma ciência totalmente livre de quaisquer superstições religiosas – o positivismo (ver o Credo de Rondon abaixo).

Pois é. Enquanto a religião cristã continua a exibir força e vitalidade, o positivismo, que pretendia ser a religião racional da civilização – perdeu o poder de seduzir – especialmente após duas guerras mundiais e as centenas de conflitos que amarguraram a humanidade – e, hoje, não passa muito de uma recordação, um capítulo superado que deixou, em museus, vestígios de sua efêmera passagem constituída de objetos e locais vazios.

Credo de Rondon

"Eu Creio:
Que o homem e o mundo são governados por leis naturais.
Que a Ciência integrou o homem ao Universo, alargando a unidade constituída pela mulher, criando, assim, modesta e sublime simpatia para com todos os seres de quem, como poverello, se sente irmão.
Que a Ciência, estabelecendo a inateidade do amor, como a do egoísmo, deu ao homem a posse de si mesmo. E os meios de se transformar e de se aperfeiçoar.
Que a Ciência, a Arte e a Indústria hão de transformar a Terra em Paraíso, para todos os homens, sem distinção de raças, crenças, nações – banidos os espectros da guerra, da miséria, da moléstia.
Que ao lado das forças egoístas – a serem reduzidas a meios de conservar o indivíduo e a espécie – existem no coração do homem tesouros de amor que a vida em sociedade sublimará cada vez mais.
Nas leis da Sociologia, fundada por Augusto Comte, e por que a missão dos intelectuais é, sobretudo, o preparo das massas humanas desfavorecidas, para que se elevem, para que se possam incorporar à Sociedade.
Que, sendo, incompatíveis às vezes os interesses da Ordem com os do Progresso, cumpre tudo ser resolvido à luz do Amor.
Que a ordem material deve ser mantida, sobretudo, por causa das mulheres, a melhor parte de todas as pátrias e das crianças, as pátrias do futuro.
Que no estado de ansiedade atual, a solução é, deixando o pensamento livre como a respiração, promover a Liga Religiosa, convergindo todos para o Amor, o Bem Comum, postas de lado as divergências que ficarão em cada um como questões de foro íntimo, sem perturbar a esplêndida unidade – que é a verdadeira felicidade."

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Ah, bom!

Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente, para quem defende o direito dele de se posicionar livremente sobre qualquer tema, agiu dentro da lei e, na verdade, não teria feito apologia ao uso de entorpecentes proibidos. Mas para quem esperava dele a ousadia de se confessar usuário e entusiasta, o ministro pode ter sido mais "careta" do que o usual. Para ambos os grupos, Minc desmentiu, dia 16/06, a posição que muitos pensam ser a dele.

Convidado à Câmara dos Deputados, para esclarecer, diante de parlamentares da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, sua participação em um evento, no Rio, que pedia a descriminalização do uso da maconha, o ministro saiu-se bem. Fez com maestria o uso da semântica. Minc desmentiu que seja a favor do uso do entorpecente e de qualquer outra droga ilegal e acrescentou que a substância não é "criminosa", e sim, ilegal. A despeito do que queriam dizer os manifestantes com a passeata na orla carioca, Minc se disse agindo dentro da lei, em um evento autorizado, e que, aliás, ele não usa nem encoraja o uso de drogas ilegais.

A rigor, Minc declarou que deseja mesmo é a mudança da lei que criminaliza o usuário e torna ilegal uma substância que, segundo disse, tem a mesma letalidade do álcool e do cigarro. Dando a impressão de atuar sempre em termos de marketing, o ministro preferiu empatar a discussão, chamando para o centro do tema a licitude das drogas legalizadas. Carlos Minc empregou a facilidade de raciocínio e de expressão que lhe são peculiares e fez da comissão um palanque que mais enfatizou a imagem simpática e capaz de sensibilizar as pessoas liberais. Pôs os adversários "no bolso".

terça-feira, 16 de junho de 2009

Deve ser cumprida a "lei" comprida?




Como é comprido o texto da medida provisória 458, que pretende regularizar as terras hoje ocupadas na Amazônia legal. No entanto, aprovada a MP, é preciso saber se a lei será cumprida.

Os quatro capítulos (43 artigos) da medida provisória apenas pretendem ordenar o que já ocorre à revelia da sociedade e que, a rigor, o Estado ainda não dispõe de meios razoáveis de fiscalização e controle. Daí, a medida visa dar cobertura legal para o que ocorre à margem da Lei.

O problema é que a proposta do Executivo admite, na prática, a posse efetiva da terra, embora chame apenas de direito de uso.

E já que o texto chega a falar em venda de terras, ainda que se queira acreditar que, por algum avanço inexplicável, doravante o governo terá como acompanhar as ações de compra e venda de de tais terras, essas negociações serão, mesmo, é a grilagem de áreas vitais para o ecossistema e a vida no planeta, já tão ameaçada. Em outros termos, o Brasil quer "torrar", no presente, o lastro estratégico com que poderá se impor num futuro incerto, de águas escassas e clima inóspito. Para a opinião pública internacional, é como se o governo Lula fosse o "Kim Jung Il" sul-americano, ameaçando o mundo com essa "bomba de irresponsabilidade".

É preciso fortalecer o posicionamento da senadora Marina Silva, em suas críticas ao texto da MP. As terras têm dono: o povo brasileiro. Elas não podem ser postas à venda, muito menos para disfarçar a incapacidade do Estado de ocupar e destinar o uso da terra com competência e responsabilidade. Então, está na hora de escreverem-se artigos, enviarem-se mensagens de apoio às suas ponderações, cobrar da Presidência da República, do Ministério do Maio Ambiente e dos órgãos ligados à questão que não tentem aprovar o projeto assodadamente, apenas para dar legalidade ao desconfortável negócio de terras da Amazônia Legal.

As conseqüências danosas para a ecologia mundial, já no médio e longo prazos, é algo de que Lula precisa se livrar. Mas, esperem aí! Isso só poderia ser produzido com planejamento e por meio de uma ocupação e uso estratégicos da terra, sob a vigilância de órgãos que forçassem ao correto manejo da terra, recursos florestais, hídricos e minerais, e não, não assegurando direitos a grileiros das terras públicas e seus herdeiros.

Se agir desse modo agora, de hoje em diante serão reforçados todos os modos de apropriação do público pelo privado. E Lula, além de dar razão aos assanhados líderes globais que pretendem a internacionalização de florestas sob a proteção dos brasileiros, passará para a história como o mandatário que deu o tiro de misericórdia na combalida Amazônia.

Portanto, façam-se mil vigílias, mil protestos, mil passeatas e muitas orações em favor de que haja no Brasil a lucidez de se evitar o desmonte do mais importante bioma da Terra.


Fonte da imagem: http://tbn0.google.com/images?q=tbn:fI6YlK5JzeaGtM:http://www.emdiacomacidadania.com.br/blog/md/desmatamento_1202702042.amazonia.jfdiorio.agestado.2008.jpg

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Valor Econômico: "Gestores brasileiros são autoritários e conservadores"

Pastores que continuam a ser despejados nos púlpitos pelos respectivos centros acadêmicos - quando tanto - ainda têm muito a aprender. Portanto, nada de repousar sobre o bacharelado! Busquem mais informação, invistam em qualidade para o desempenho do ministério e tentem ser dinâmicos na autenticidade, empreendedores e, de leve, inovadores. (LPereyra)


Gestores brasileiros são autoritários e conservadores

A maioria dos gestores brasileiros não desenvolveu de forma satisfatória sua capacidade de liderar e possui um estilo de liderança conservador e autoritário. Essa é a principal conclusão de um estudo realizado pela consultoria Fellipelli com 21.602 profissionais do alto escalão ao longo de 2008, com base em ferramentas de análise de tipos psicológicos.

De acordo com a pesquisa, apenas 32,8% dos executivos sabem liderar de forma plena e 12,1% têm a inovação como uma competência inata. Para Adriana Fellipelli, diretora da consultoria, esse gap pode significar prejuízo e baixa produtividade, especialmente em momentos de turbulência no cenário econômico internacional. "Sem aperfeiçoar essas habilidades, os gestores estão deixando para trás uma grande oportunidade para que suas organizações se renovem e se tornem mais competitivas."

A análise dos dados revelou que nos níveis de comando, 27,1% dos gestores brasileiros apresentam tendência a uma liderança mais autoritária e tradicional. Adriana ressalta, no entanto, que isso não é necessariamente uma coisa negativa. "No ambiente corporativo, transmitir autoridade permite que as atividades sejam feitas de forma mais organizada e homogênea", explica. Mas é preciso ficar atento, pois esse método de trabalho pode inibir a renovação e a evolução das operações. "É preciso exigir criatividade e autonomia da equipe e ser mais aberto a mudanças para garantir um fluxo melhor de ideias e tarefas", afirma. Prova disso é que 53,3% dos entrevistados não apresentaram propensão a correr grandes riscos e realizam até mesmo tarefas com as quais não concordam. "Se esse profissional souber se colocar, talvez consiga melhorar muitos processos da empresa por meio, por exemplo, de contrapropostas", diz.

De acordo com Adriana, não existe um perfil certo ou errado nos negócios, uma vez que todos têm vantagens e desvantagens.

Por esse motivo, é essencial formar uma equipe diversificada. "As pessoas se complementam nas mais diversas atividades do dia-a-dia. Possuir um quadro de funcionários bastante heterogêneo é a chave para garantir a qualidade do trabalho", afirma a consultora. (RS)

Fonte: Revista Valor Econômico, São Paulo (01/06/2009)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

TV Globo: Evangélicos bem na fita

É como tenho dito... "Quando a esmola é muita, o santo desconfia".
Há uma história de estranhamento entre Igreja Evangélica e organizações Roberto Marinho (leia-se também os meios de comunicação de massa em geral), não é de hoje. Mas as coisas mudam, como mudou o império romano.
O que acho, porém, é que devemos saber conservar a distância e não comer "do que nos for oferecido" e, assim, preservarmos a nossa autoridade profética. Se com isso eles estão divulgando a Cristo, cumpre-se Fp 1.18 ("Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei"). Não requeremos nem precisamos da ajuda deles; chegamos até aqui pela graça de Deus.
Podemos e devemos prosseguir sem dar a isso medida exagerada. Pedro aconselhou que os irmãos seguissem "mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação" (1 Pe 2.12).
Se hoje, somos vistos um pouco além do estereótipo que tanto nos estigmatizou, que Deus nos habilite a sermos curados dos cacoetes que desenvolvemos ao longo de muitas décadas, os quais, se eram mecanismos de proteção contra o desdém da elite e marcaram a nossa imbricação na base social, por outra fizeram com que nos acostumássemos a ver (ou sentir) a nossa própria “imagem” refletida na sociedade como “persona”, e não como realmente somos.
Precisamos ser a denotação do que Deus nos chamou a ser - i.é., ser a escrita em si - em vez de nos julgarmos mera leitura, eivada de múltiplas interpretações subjetivas e viciada pela expectativa que têm de nós enquanto segmento.

sábado, 9 de maio de 2009

Voto de desconfiança

Um ministro de Estado também tem direito a ter opinião pessoal. Mas, dependendo da opinião do ministro, pode merecer não mais contar com o respaldo popular. Parece ser o caso do ministro Carlos Minc, que se posicionou publicamente a favor da descriminalização do uso da maconha.
Afora o direito de Minc de preferir que a sociedade brasileira libere o uso da maconha e, depois, tenha de conviver com as conseqüências, a rigor, ao colocar o ministro a sua estrela em público para defender essa aberração dos costumes, fere no mínimo a sensibilidade das famílias que temem a invasão da droga em seu meio. Nem é preciso dizer o quanto isso arrepia àqueles lares devastados em que a droga insidiosamente se instalou a partir de hábitos tratados com desleixo e inconseqüência. Sob o equívoco de se invocar o direito dos adultos de escolherem usar a maconha, esconde-se o futuro sombrio de crianças que estarão expostas ao mal e terão os seus destinos selados como os drogados de amanhã.
Fumar maconha, embora não se reconheça, é apenas a porta de entrada para uma avalancha de outras drogas. O ministro, portanto, prestaria melhor serviço à Nação se fosse a público defender limitações e proibições a outros vícios já instalados.
A atitude merece, não aplausos, mas a desconfiança.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Bispo Nelson fala sobre a permissividade de nosso tempo


A correspondência com os bispos da Igreja Metodista ensejou uma resposta pessoal do Bispo Emérito Nelson Luiz Campos Leite (SP). Coma a sua autorização, publico a seguir trechos de seu comentário. <><


"Vivemos numa sociedade pluralista onde a tendência é a permissividade. Temos feito algumas declarações, mas isso não basta. Carecemos bater de frente... mas com uma posição evangélica, plena da graça, da valorização do ser humano, que é o que de maior temos a preservar... Igrejas, pastores, colegiados carecem desafiar as posições e os acontecimentos com muita sabedoria, ousadia e confiança na graça divina."

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Desafio de nosso tempo

Carta enviada ao Colégio Episcopal da Igreja Metodista a propósito das posições que autoridades de saúde têm adotado, visando estar apenas politicamente corretas, em vez de se pautarem por critérios técnica e moralmente acertados.

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Reverendíssimos Bispos,

Na quinta-feira, 23/04/09, o senador Magno Malta (PR-ES) ocupou a tribuna do Senado para falar de seu trabalho legislativo contra as drogas, alertar sobre os abusos cometidos por quadrilhas de pedófilos na Internet e denunciar o uso de um manual impresso pelo Sistema Único de Saúde (SUS), voltado ao público escolar – jovens, portanto.

O manual, antes de alertar e afastar, abusa de imagens que reforçam o hábito do consumo de drogas por meio de figuras que orientam quanto ao modo pelo qual se deve consumir a droga sem compartilhar objetos como seringas e cachimbos. Instrui também o manual do SUS quanto ao uso de preservativos, mostrando imagens que remetem aos cuidados a serem tomados por jovens que estão na homossexualidade, explicitando o coito homoerótico. Não é de admirar que assim seja, uma vez que o SUS tem aparecido no noticiário, geralmente por causa de péssimos serviços prestados à população, mas não se envergonha de priorizar operações gratuitas de mudança de sexo.

Vivemos tempos de estreita semelhança com o tempo de Acabe e Jezabel: muita popularidade dos profetas de Baal e leniência das elites com a morte e a opressão. Tais coisas estão a requerer a coragem de Elias, o compromisso de João Batista ou a prontidão de Saulo e Barnabé. Por mais compreensivos que sejamos quanto às transformações por que passa a sociedade, não dá para considerar razoável o patrocínio de tais coisas pelo Estado que sustentamos com os nossos impostos. As imprecações de Romanos 1.22-32 e Apocalipse 9.20-21 já se fazem sentir e, por isso, urge que desempenhemos o papel de Ezequiel, falando a uma casa rebelde que, ouça ou deixe de ouvir, saiba que no seu meio esteve um profeta (Ez 2.5).

Considero que tais assuntos já têm sido muito comentados pela sociedade como um todo e pelas igrejas em particular. E a Igreja Metodista já tem apontado para a negatividade dos valores que regem a presente geração. Entendo, porém, que o tamanho da pecaminosidade, agora agravada por discursos e políticas governamentais, usando o que se conhece como “redução de dano” (caso, entre outras, da distribuição de seringas a drogados, pelas autoridades de saúde, com o fito de evitar a expansão da AIDS), requer algo mais de todos nós: mais oração, mais pregação, mais publicações, mais cobrança nos gabinetes e nas praças, mais denúncia nos meios de comunicação.

Creio que os reverendíssimos se têm ajoelhado sobre esses desafios em oração e é por isso que compartilho com os amados essa inquietação. Já temos publicações balizadoras do Colégio Episcopal, mas seria ótimo ter uma carta dos bispos focalizando pontualmente os desafios e dando instruções para ações bem visíveis e sonoras, quiçá uma campanha nacional, com oração em praças públicas, camisetas e vinhetas em programas de rádio e TV, além das páginas da web. Aos temas acima se poderiam somar (talvez um tema por ano) a escravidão rural, a falta de consciência na ocupação do solo e uso da água, a permissividade e omissão das famílias quanto ao fumo e consumo de substâncias químicas (alcoolismo e drogadicção) etc.

Confiante na zelosa apreciação dos amados Bispos,

Rev. LUCIANO P. VERGARA – I.M. de Vila Isabel – Rio de Janeiro, RJ

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ainda o Supremo: Justiça destruída?

“– Vossa excelência está destruindo a Justiça deste país”. A afirmação pode ser subjetiva, a título de zombaria. Mas, e se for uma acusação consistente com uma realidade objetiva, uma ameaça concreta ao sistema judiciário brasileiro?

Proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que deu início ao bateboca com o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, dizendo que uma parte da discussão que estava em pauta, a qual tratava de privilégios do político após deixar o mandato, não havia sido adequadamente tratada: “– O seu relatório deveria ter sido posto em pratos limpos”. Não foi suficiente o presidente responder que não sonega informações e pedir respeito. Rebater só fez aumentar a chama do que talvez não passasse de uma fogueira de vaidades. Mas a “chapa esquentou” mesmo quando Barbosa disse que o presidente do tribunal não estava falando com seus capangas do Mato Grosso. Na sequência, houve uma reunião de oito ministros, sem a presença de Joaquim Barbosa, disparando uma nota de apoio ao presidente Gilmar Mendes, que ainda tenta minimizar a discussão, dizendo que não há crise no Judiciário.

Se se considerar que o Estado – a nação politicamente organizada – existe para garantir governo e justiça à sociedade, é no mínimo preocupante a possibilidade de haver, no poder Judiciário, um presidente comprometido com jagunços e que esteja a serviço de forças destrutivas. E, mesmo que se impeçam desdobramentos, por meio de maquiagem política, o arranhão foi fundo e promete ser pauta de discussões e reflexões.

Para o bem da sociedade como um todo, o entrevero não pode passar em brancas nuvens (graças a Deus, a troca de insultos foi ao ar pela TV do Poder Judiciário!). Meditar, discutir e orar sobre a conduta dos líderes – no dizer do Antigo Testamento, príncipes do povo – é um modo de contribuir para a maturidade dos brasileiros. O país sairá ganhando se cobrar o esclarecimento do conteúdo das acusações feitas e for saneada a conduta ética dos dignitários do poder. Num tempo em que a liderança brasileira se projeta na América Latina e no mundo, é preciso colocar suas excelências contra a parede e exigir-lhes moralidade pública.

Capangas do Mato Grosso

O que teria querido dizer o ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, quando se referiu aos "capangas do Mato Grosso", que segundo ele, são do ministro Gilmar Mendes, presidente do mesmo tribunal? Denúncia, insinuação inconseqüente, uso figurativo da linguagem? Seja o que for, é certamente algo grave e preocupante para todos os brasileiros.

Hoje, dia 22 de abril, o 509º aniversário do descobrimento do Brasil, o país se vê brindado por um "barraco" entre suas excelências, de parte a parte dizendo: "- vossa excelência me respeite!". Cada um, querendo empulhar o outro diante da audiência ao vivo e pela TV, com acusações: "- V. Exa. faltou à sessão" e "- V. Exa. não leu a ata".

Além do destempero de suas excelências, a possibilidade de um alto magistrado manter "capangas", como foi acusado, é de assustar. Em que pesem as dúvidas levantadas sobre Gilmar Mendes durante o episódio de prisão e soltura do banqueiro Daniel Dantas, em 2008, a acusação assacada agora contra ele não poderá ser ocultada pelo riso histriônico do meritíssimo ao tentar minimizar a querela com o seu par.

Em uma breve nota assinada por oito ministros da Corte, a maior parte do STF hipotecou apoio ao presidente Gilmar Mendes, conforme transcrição abaixo:

NOTA

Os ministros do Supremo Tribunal Federal que subscrevem esta nota, reunidos após a Sessão Plenária de 22 de abril de 2009, reafirmam a confiança e o respeito ao Senhor Ministro Gilmar Mendes na sua atuação institucional como Presidente do Supremo, lamentando o episódio ocorrido nesta data.

Ministro Celso de Mello
Ministro Marco Aurélio
Ministro Cezar Peluso
Ministro Carlos Ayres Britto
Ministro Eros Grau
Ministro Ricardo Lewandowski
Ministra Cármen Lúcia
Ministro Menezes Direito

quinta-feira, 9 de abril de 2009

AS TRÊS ÁRVORES

Por Roseli Busmair


Havia, no alto da montanha, três pequenas árvores que sonhavam com o que seriam depois de grandes...
A primeira, olhando as estrelas, disse: - Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros. Para tal, até me disponho a ser cortada.
A segunda olhou para o riacho e suspirou: - Eu quero ser um grande navio para transportar reis e rainhas.
A terceira árvore olhou o vale e disse: - Eu quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que, as pessoas ao olharem para mim, levantem seus olhos e pensem em Deus.
Muitos anos se passaram, e certo dia vieram três lenhadores e cortaram as três árvores, todas muito ansiosas em serem transformadas naquilo com que sonhavam. Mas lenhadores não costumam ouvir e nem entender sonhos! Que pena!
A primeira árvore acabou sendo transformada num cocho de animais, coberto de feno. A segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias. E a terceira, mesmo sonhando em ficar no alto da montanha, acabou cortada em altas vigas e colocada de lado em um depósito. E todas as trÛs se perguntavam desiludidas e tristes: - Para que isso?
Mas, numa certa noite, cheia de luz e de estrelas, onde havia mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu neném recém-nascido naquele cocho de animais. E de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo!
A segunda árvore, anos mais tarde, acabou transportando um homem que acabou dormindo no barco, mas quando a tempestade quase afundou o pequeno barco, o homem se levantou e disse: "PAZ"! E num relance, a segunda árvore entendeu que estava carregando o Rei dos céus e da terra.
Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela. Logo, sentiu-se horrível e cruel. Mas logo no domingo, o mundo vibrou de alegria e a terceira árvore entendeu que nela havia sido pregado um homem para salvação da humanidade, e que as pessoas sempre se lembrariam de Deus e de seu filho Jesus Cristo ao olharem para ela.
As árvores haviam tido sonhos...
Mas as suas realizações foram mil vezes melhores e mais sábias do que haviam imaginado.
Temos os nossos sonhos e nossos planos que, por vezes, não coincidem com os planos que Deus tem para nós; e, quase sempre, somos surpreendidos com a sua generosidade e misericórdia. É importante compreendermos que tudo vem de Deus, acreditarmos, termos fé, pois Ele sabe muito bem o que é melhor para cada um de nós...

quinta-feira, 26 de março de 2009

“Peixe de Tróia” vai para o samburá

Na noite de quarta-feira, dia 24/03, foi arquivado o que se chamou de “peixe de Tróia”, um casuísmo que a deputada federal Irini Lopes (PT-ES) incluiu sob o nome de Emenda 34 ao PL 3960/2008, um projeto de lei de autoria do Poder Executivo que trata da criação do Ministério da Pesca e Aquicultura. O projeto do governo, cujo relator é o deputado José Cirilo (PT-CE), teve o seu texto aprovado e deixou de fora a Emenda 34.

Na manobra de resistência à emenda, teve destaque a “Frente Parlamentar Evangélica”, um movimento suprapartidário que inclui parlamentares da Câmara e do Senado. Porém, mais uma vez ficou patente que os políticos alinhados aos princípios da Igreja Evangélica precisam de assessoria que se dedique a acompanhar projetos de lei e suas emendas tramitando na casa, pois o sinal de alerta surgiu casualmente, mobilizando, de improviso, os parlamentares. Em geral, o povo não sabe o que se passa nas casas legislativas e, por não terem informação dos trabalhos legislativos, muitas vezes criticam a inoperância dos políticos.

Aparentemente, a deputada do PT capixaba desejava preservar o que julga ser direito da minoria GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e travestis) e queria ver criado, dentro do Ministério da Pesca, um Conselho Nacional GLBT com vários cargos DAS (Direção de Assessoria Superior), uma página vergonhosa da vida parlamentar que iria equiparar essa “gaiola das loucas” aos Conselhos da Criança e do Adolescente, Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência e Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, em mais uma iniciativa patrocinada pela agenda gay.

O próximo passo da tramitação é o PL 3960 ir para o Senado e os senadores cristãos precisarão estar atentos ao que aconteceu na Câmara dos Deputados, para evitar que, na discussão e votação da matéria, o “peixe de Tróia” volte em outra onda.


ILSTRAÇÃO: PEIXES CÓMICOS COR-DE-ROSA © Derocz Dreamstime.com

terça-feira, 24 de março de 2009

Júlio Severo é entrevistado por uma revista gay

Júlio Severo é escritor. O pastor evangélico Júlio Severo é considerado um dos pioneiros na utilização de um blog dedicado aos temas de interesse cristão, ético e político. Ele se tornou mais conhecido por seus textos contra o movimento homossexual e a ideologia de esquerda.
Aqui você verá as respostas de Júlio Severo que poderão estar, se não sofrerem cortes, em uma revista 'gay'. Vale a pena conferir o texto completo dessa entrevista e chegar a conclusões sobre um tema que é por natureza muito polêmico.
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Pergunta: Chamo-me … e sou jornalista do site e revista …. Estou fazendo uma reportagem sobre o PLC 122/06 e gostaria de lhe fazer algumas perguntas, tudo bem?
Julio Severo: Tudo bem, …. Fico muito feliz de poder expor aos leitores de sua revista minhas convicções cristãs acerca do PLC 122/06, sem nenhum constrangimento. Vejo hoje homens e mulheres que, em suas convicções pessoais, são movidos por diversos tipos de ideologias: marxista, socialista, feminista, homossexualista. Não existe ser humano conviccionalmente neutro. É dentro dessa realidade humana inescapável que responderei às suas perguntas, basicamente movido pela visão cristã.

Pergunta: Uma das suas afirmações a respeito do movimento homossexual é, “O aumento da promiscuidade sexual provoca diretamente o aumento da violência e da criminalidade na sociedade”. Na sua opinião, a promiscuidade está apenas ligada a homossexualidade?
Julio Severo: A promiscuidade abrange diferentes escolhas e impulsos fora dos padrões da normalidade. O sexo normal existe para a constituição de um lar formado por um homem e uma mulher que se complementam naturalmente para a procriação, criação, educação e desenvolvimento de filhos. A homossexualidade é uma das escolhas e impulsos dentro do universo da promiscuidade que foge a essa realidade, deturpando-a.
Embora a condenação de Deus ao pecado homossexual esteja presente na Bíblia há milhares de anos, as igrejas da sociedade ocidental praticamente não mencionavam a sodomia dos púlpitos. O que era mais focado nas mensagens cristãs era o bem-estar social e familiar, destacando-se os perigos e desvantagens do sexo fora do casamento natural e as vantagens e bênçãos do sexo conjugal natural. No entanto, com a ampla promoção da agenda gay, o assunto homossexual se tornou onipresente e praticamente obrigatório nos meios de comunicação liberais. Tal exposição inescapável e constante da agenda gay fez com que os cristãos não mais pudessem evitar um tema discutido com tanta freqüência, obcecação e exagero na sociedade moderna.
A boa notícia é que diante da imensa crise de sexo loucamente livre na sociedade as igrejas cristãs saudáveis, com base no Evangelho, ministram para pessoas oprimidas pela imoralidade sexual, inclusive adultério, pornografia, homossexualismo, etc.


Pergunta: O senhor é contra o PLC 122 em sua totalidade ou apenas em alguns pontos do projeto de lei?
Julio Severo: O PLC 122/2006 e outros projetos de lei semelhantes são, na totalidade ou não, a legislação do ódio.Os militantes gays afirmam categoricamente que esses projetos dão apenas igualdade aos homossexuais. Homens e mulheres têm direito a casamento (civil e religioso) e adoção de crianças? Então “privar” indivíduos que praticam o homossexualismo dos mesmos direitos será tratado como preconceito e discriminação?Além disso, há pessoas que têm opiniões contrárias às práticas homossexuais com base médica, filosófica, científica, moral, cristã, etc. Tanto o PLC 122 quanto outros projetos semelhantes silenciarão legalmente essas opiniões. Antes da aprovação desses projetos, cristãos já têm sido perseguidos por criticarem a agenda gay. Eu mesmo — que nunca matei, nem bati, nem arranhei homossexuais — fui denunciado por “homofobia” ao Ministério Público Federal já em 2006, exclusivamente porque exerço meu direito constitucional de livre expressão de dizer que a conduta homossexual é imoral, contrária a vontade de Deus expressa na Bíblia, nociva à família e à sociedade, etc.Com a aprovação do PLC 122, o silêncio será obrigatório e pessoas como eu estarão em perigo real de ir para a cadeia apenas por ter posições legitimamente cristãs e bíblicas sobre o homossexualismo e sobre a agenda gay.Entretanto, o que muitos não percebem é que tanto o PLC 122 quanto outros projetos apresentam, junto com a inventada categoria de “orientação sexual”, categorias oficialmente aceitas de não discriminação, tais como raça e religião.Seguindo a lógica da igualdade utilizada pelos ativistas homossexuais, os cristãos, os espíritas, os muçulmanos e outros religiosos poderiam também processar para silenciar os promotores da agenda gay de manifestarem seus pensamentos e idéias, atiçando o Estado contra eles e reivindicando muito dinheiro para isso — exatamente como os próprios militantes gays estão fazendo. Igualdade é igualdade.Tecnicamente, os mesmos abusos e agressões legais que os ativistas gays querem impor por meio do PLC 122 também poderiam ser impostos por religiosos. Tecnicamente, com o PLC 122 os cristãos deveriam sistematicamente usar o Estado e suas leis para silenciar e punir toda opinião homossexual contra o Cristianismo. Mas os ativistas gays sabem que os cristãos não têm essa agressividade. Eles sabem que os cristãos jamais recorrerão ao Ministério Público Federal para fechar sites que contenham promoção da agenda gay e hostilidade anti-cristã. Daí, vê-se que não existe igualdade de agressividade, pois só os ativistas gays é que querem agredir e silenciar. Diante dessa realidade, para quê aprovar o PLC 122?

Pergunta: A reivindicação do movimento LGBT em prol do PLC 122 não é justa, visto que muitos homossexuais são espancados e assassinados por conta de sua orientação sexual. Gostaria de saber o ponto de vista do senhor a respeito da questão.
Julio Severo: Estão sendo assassinados milhares e milhares de homossexuais e o governo nada faz? Isso não é verdade, pois todos os cidadãos brasileiros, independente de suas opiniões e comportamentos, são igualmente protegidos pela mesma lei brasileira. Todos os assassinatos são punidos pela lei. A impunidade e a criminalidade atingem a todos os brasileiros. Além disso, os homossexuais são bem menos assassinados do que a população geral. Nos últimos 25 anos, mais de 800 mil brasileiros foram assassinados. Desse número, quantos eram gays? Se fossem 10%, o número de homossexuais assassinados seria 80 mil. Se fosse apenas 1%, 8 mil assassinatos homossexuais estariam registrados. Entretanto, nos últimos 25 anos, de acordo com informação do próprio Grupo Gay da Bahia, apenas 2.511 homossexuais foram assassinados. Quem precisa mais de proteção?Há outros fatores também. Desse número bem pequeno de homossexuais assassinados, muitos estavam em zonas criminais, a altas horas da madrugada, em ambientes de drogas e prostituição. Sem mencionar o fator do crime passional, onde o assassino é muitas vezes amante da vítima, tão homossexual quanto ela. Já que está comprovado que não há centenas de milhares de homossexuais assassinados no Brasil, torna-se bastante suspeita a argumentação de que é preciso aprovar depressa leis anti-“homofobia” a fim de diminuir o número de assassinatos homossexuais. Qual é então o propósito da aprovação do PLC 122?Em julho de 2007, quatro dias antes de o meu blog ser censurado por pressão de ativistas homossexuais, o escritor homossexual Fabrício Viana, respondendo a outro ativista que perguntava se dava para me calar agora, disse: “Por enquanto não. Se a lei anti discriminação for aprovada, isso é, homofobia tornar-se crime, aí sim poderemos fazer algo. Por isso todo esse povo ai, religioso, esta fazendo uma muvuca para que a lei anti discriminação não seja aprovada (pois todos eles poderão ser repreendidos). ”Por enquanto, não há no Brasil nenhuma lei federal contra a chamada “homofobia”, mas o Pr. Ademir Kreutzfeld, de Santa Catarina, foi judicialmente perseguido por “homofobia”. Eu mesmo estou sob várias ameaças oficiais por homofobia. O que será de mim, um cristão que nunca agrediu homossexuais e que tem crianças pequenas para criar e educar, se o PLC 122 for aprovado? É justo que minhas opiniões cristãs sejam rotuladas como criminosas só porque um Estado socialista autoritário quer mudar as leis apenas para satisfazer os caprichos ideológicos de uma minoria birrenta e sedenta de autoritarismo voraz?Se a causa homossexual fosse realmente justa, não seria necessário inflar estatísticas. Não seria também necessário, como denunciou o Senador Magno Malta, que Fátima Cleide, a relatora petista do PLC 122, o incluísse para votação às 5h30min da madruga, bem às vésperas do feriado de Natal. Malta declarou em denúncia pública: “A manobra sórdida para aprovar o Projeto sem debate de legalidade alvitrando a Constituição Federal, desrespeitando o inalienável direito à opinião da maioria dos outros senhores senadores é, no mínimo repugnante. Ao tentar incluir em pauta, no apagar das luzes, com parlamentares já cansados dos exaustivos últimos dias de trabalho, preparavam o golpe político de votar por acordo de lideranças e sem a presença de quem, de direito, solicitaria verificação de ‘quorum’. A aprovação do projeto visa mudar o comportamento social, eliminando a influência da família e da igreja sobre o indivíduo, ao mesmo tempo que dá ao Estado socialista o poder total sobre o indivíduo, com objetivo de criar uma sociedade coletiva submissa aos interesses estatais. Esse projeto é essencialmente e inconstitucionalmente um atentado violento contra a liberdade de expressão religiosa dos evangélicos, católicos, espíritas, judeus e muçulmanos. Tecnicamente mal elaborado, fere diversos princípios da constituição federal e do código penal. Esta batalha legislativa pretende avançar a qualquer custo a criminalização da homofobia e criar uma grande mordaça gay, para que ninguém possa discordar e expressar opiniões contrárias à opção sexual”.

Pergunta: Outra afirmação que o senhor faz é, “As influências do movimento homossexual estão por toda parte: entram em nossas casas através dos meios de comunicação, nas escolas, no âmbito profissional e até nas igrejas. Meu livro traz um alerta para que os cristãos e a igreja não se calem, mas ofereçam respostas claras e bíblicas para todas as pessoas que desejam conhecer e fazer a vontade de Deus num mundo que está cada vez mais se corrompendo”. Não acredita que com uma afirmação dessa, incita ódio e violência as pessoas homossexuais?
Julio Severo: Incitação de ódio e violência? Tente procurar isso dentro da própria militância gay. O presidente do recém-fundado Partido dos Gays, Lésbicas e Simpatizantes (PGLS), Márcio Antônio Francisco, declarou: “A Gaystapo existe e representa a opinião de uma ala GLS que é radical, violenta, autoritária e nazista”. Francisco, que é militante gay, denunciou: “Eu mesmo, Marcio, fui violentamente espancado tive o nariz quebrado por 8 integrantes da Gaystapo de Ribeirão Preto”. Taí a opinião de um ativista que foi espancado por outros ativistas gays.Agora, como é que a Bíblia e seus divulgadores incitam esse tipo de ódio e violência? Quando os cristãos promovem alertas e mensagens contra os perigos do vício de drogas ou contra o abuso sexual de crianças, não há um aumento de crimes contra usuários de drogas ou contra pedófilos. Não se conhece um só caso de alguém que tenha dito: “Depois de ouvir o pastor (ou o padre) pregar contra as drogas, resolvi bater e matar um drogado” ou “Depois de ouvir o pastor (ou o padre) pregar contra a pedofilia, resolvi bater e matar um pedófilo”. O homossexualismo, ou sodomia, não é o único tema de alerta nas mensagens cristãs. O homossexualismo é apenas um dos problemas tratados. Se a pregação cristã contra a sodomia provocasse violência contra os homossexuais, haveria um grande número de pedófilos, drogados e adúlteros internados em hospitais — sem contar os mortos.Procurar incitação de ódio e violência no meu livro é esticar a imaginação maliciosa ao máximo.Na questão homossexual, o único tipo de incitação ameaçadora é a promoção do homossexualismo, que vem literalmente incitando jovens desorientados à experimentação homossexual. Quando não, vemos a mídia liberal literalmente incitando ódio contra a Igreja Católica e outras igrejas por causa do homossexualismo. Apesar de que a mídia prefere colocar os holofotes quase que exclusivamente nos abusos cometidos dentro da Igreja Católica, num sutil esforço de exterminar os valores cristãos da esfera pública, o maior índice de abusos contra as crianças não é cometido em instituições cristãs, mas exatamente em instituições estatais. Entre apenas 1991 e 2000, um número elevadíssimo de 290.000 crianças e adolescentes sofreu abuso sexual físico no ambiente escolar nos EUA. (Veja: http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=83705)Em matéria de abusos, a Igreja Católica perde de longe para a educação pública. Um estudo feito pela Conferência dos Bispos Católicos dos EUA concluiu que 10.667 jovens foram sexualmente abusados por padres entre 1950 e 2002. A maioria das vítimas era do sexo masculino, comprovando assim o papel dominante do homossexualismo na área da violência sexual contra os meninos.O mesmo padrão se revela na educação. Um estudo internacional sobre crimes sexuais entre 1980 e 2006 revelou 902 professores abusadores de alunos. Os professores envolvidos no homossexualismo constituíam 63% dos estupradores na Irlanda, 62% na Nova Zelândia, 60% no Canadá, 54% na Escócia, 48% na Austrália, 47% na Inglaterra e 35% nos EUA. As estatísticas são de modo particular assustadoras considerando que os homossexuais perfazem menos de 3% da população. (Veja: http://juliosevero.blogspot.com/2007/10/estudo-revela-que-professores.html)
Assim, enquanto uma centena de homossexuais assassinados anualmente no Brasil (em meio às dezenas de milhares de outros brasileiros assassinados anualmente) recebe atenção politicamente correta e privilegiada, literalmente milhares de meninos anualmente violentados e até assassinados por homossexuais são esquecidos. Mesmo em ambientes religiosos reprimidos, homens que praticam o homossexualismo têm elevado índice de abuso de meninos. Em ambientes não reprimidos, o índice de abuso é certamente muito maior.Embora os homossexuais sejam apenas menos de 3% da população, eles são responsáveis por aproximadamente metade de todos os abusos de crianças. E qual é a solução que os cristãos propõem para resolver esses abusos? Matar todos os homossexuais? Claro que não. A proposta é amparar homens que desejam abandonar o homossexualismo.Entretanto, não seria errado o Estado instituir pena capital para homens culpados de estuprar meninas e homens homossexuais culpados de estuprar meninos. Para homossexuais não envolvidos em crimes de estupro contra crianças, a melhor alternativa é um tratamento. Se há tratamento para se abandonar o vício das drogas, por que não também do vício homossexual? Nem todo homossexual é pedófilo, mas todo homem que abusa de meninos é homossexual. E estudo após estudo mostra que a maioria absoluta dos homossexuais foi na infância violentada por um homossexual predador adulto. O comportamento homossexual tem tanta ligação com abuso sexual de meninos que os dicionários mais sérios sempre registraram “pederastia” como sinônimo de “homossexualismo. Quando o cigarro era uma obsessão social, algumas igrejas evangélicas corajosas pregavam contra esse vício. Essa pregação nunca levou a assassinatos de fumantes. Pelo contrário, essa iniciativa evangélica resultou na atual realidade, onde médicos e governo não mais são cegos aos prejuízos do fumo, mas desestimulam sua promoção e vício, principalmente entre os jovens. O problema homossexual não merece a mesma atenção e cuidado? Assim, muito longe de incitar o ódio, meu livro traz informações sobre os danos que o homossexualismo provoca nos próprios homossexuais e na sociedade e leva os leitores à ação social, para que a sociedade, para o bem-estar das famílias, mantenha distância de todas as práticas homossexuais.


Fonte: www.juliosevero.com

segunda-feira, 23 de março de 2009

Procuram-se posições bíblicas e éticas em prol da justiça e da honra na política e na sociedade em geral

É preciso assumir os valores bíblicos e éticos apontados pela consciência e por a cara a tapa!

Carta Aberta dos líderes da Grande Tijuca

(Rio de Janeiro, RJ)


Às comunidades, grupos religiosos, denominações cristãs, igrejas locais, pastores
e instituições e autoridades de todas as esferas do Estado brasileiro.

Nós, líderes de diversas denominações e igrejas locais presentes na Grande Tijuca, no coração da Capital fluminense, reunidos para a oração, a meditação bíblica e a comunhão espiritual, por nós mesmos expressamos o sentimento unânime advindo de um desafio que nos constrange, e entristece, qual seja o de suplicar e interceder perante o nosso Deus e declarar a nossa indignação perante a Sociedade brasileira pelo absurdo que representa a tentativa de punir com a exclusão o deputado federal Henrique Afonso dos quadros do Partido dos Trabalhadores (PT).
· Entendemos que o deputado federal Henrique Afonso (PT-AC) foi eleito em razão de sua luta pelos direitos que ele defende, mas que agora estão ameaçados por um posicionamento particular adotado por integrantes do PT que se alinham em uma corrente interna contrária aos princípios defendidos pelo referido deputado.
· Entendemos também que, a continuar esse conflito de valores, um expressivo número de pessoas, notadamente os evangélicos, poderá sentir-se contrariado e discriminado, refletindo-se tal sentimento em eleições futuras, com inegáveis efeitos sobre a sua opinião em face das proposições programáticas e eleitorais do PT em nível nacional.
· Entendemos, igualmente, que alijando da lide parlamentar a quem adota princípios e valores em prol da vida, da família e do ser humano em sua dimensão moral e espiritual, perdem a sociedade e as pessoas que elegeram seus representantes com base nesses princípios. Além disso, com a expulsão do deputado Henrique Afonso do PT caem, entre outros, os seguintes projetos: PL 1057 (“Lei Muadji”, contra o infanticídio em áreas indígenas), PEC 265/2008 (acabando com a isenção tributária da indústria pornográfica travestida em arte e cultura).
· Também entendemos que expulsar o deputado do PT é, indiretamente, punir a Igreja Evangélica e outros grupos religiosos, pois cristãos católicos, evangélicos e ortodoxos, além de espiritualistas de variados matizes, os quais consignam os ideais defendidos pelo deputado Henrique Afonso.
· Entendemos que o referido político tem uma militância e uma trajetória que conta com o respaldo dos votos populares e de variadas organizações, mas hoje está sob a ameaça de expulsão exatamente por ter assumido os valores de sua consciência em sua atuação parlamentar. Enfatize-se que a eleição do deputado, pela confiança de seu eleitorado na plataforma por ele desposada, é anterior à atual gestão dos adversários internos, que desejam cassar a liderança moral e política do deputado.

Por tudo que foi exposto acima, apelamos ao bom senso das pessoas de bem e que queiram ver preservada a legítima expressão da consciência, quer por populares quer por parlamentares, muito acima de acertos partidários particulares, que se manifestem e declarem a sua rejeição à pretensão do grupo, dentro do PT, que pretende expulsar do partido o deputado federal Henrique Afonso.

Nós, líderes religiosos, cidadãos brasileiros, homens e mulheres ativamente envolvidos em transformação positiva, mediante os princípios dos Direitos Humanos, afinados com princípios que cremos universais, reiteramos a nossa esperança e expectativa de que o Reino de Deus há de se manifestar crescentemente em nossa sociedade, mercê da graça de Deus e como resultado da conduta, pregação e orações de todos que crêem em Deus e se alegram em seu amor e justiça.

Rio de Janeiro, 27 de Fevereiro de 2009.

Carta redigida e inicialmente assinada pelos seguintes irmãos:
Benoni Kraul de Miranda Pinto,
Eduardo Macedo Collaço,
Urbano Fernandes Redondo da Mata,
Luciano Pereira Vergara, Wainer Guimarães

Descoberta cilada do "Peixe de Tróia"

Numa mensagem da Dra. Rozângela Justino, ela relata um casuísmo que, por pouco, não levou o país a mais um "atestado" de republiqueta: a emenda 34 ao Projeto de Lei 3960/2008, que trata da criação do Ministério da Pesca.
Pasmem, mas a referida emenda visava, nada mais, nada menos, criar no Brasil um conselho nacional para assuntos GLTBS (Gays, Lésbicas, Transexuais, Bissexuais e Simpatizantes, na sigla que a cada ciclo aumenta uma letra em um imenso abraço em busca de representatividade) embutido no Ministério da Pesca!!!!!!
Na fase de tramitação do projeto de lei, os deputados apresentam emendas para aperfeiçoar o projetoe, nesse caso, a emenda pretendia introduzir o MOVIMENTO PRÓ-HOMOSSEXUALISMO no Ministério da Pesca, à revelia da maioria heterosexual. Se o PL 3960 fosse aprovado com a emenda protocolada pela deputada federal Irini Lopes (PT-ES), haveria diversos novos cargos públicos a pesar no erário público e aumentariam consideravelmente os poderes de uma minoria que almeja o poder.
O que foi chamado por Rozângela Justino de “peixe de tróia” provocou a reação de deputados e senadores evangélicos e católicos, determinando a retirada da emenda em menos de uma semana e adiando a surpresa que pegaria desprevenidos os brasileiros e brasileiras - em seus apenas dois gêneros, pois por enquanto existem somente dois sexos conhecidos, pelo menos até que se decida, no voto, a existência de um terceiro).

segunda-feira, 16 de março de 2009

A constante tentação de não escolher


Mensagem dominical matutina, 1º de março de 2009, na Igreja Metodista de Vila Isabel

Texto-base: 1 Reis 18.20-21

Introdução
Na Palestina, os reinos do Norte – Israel e sua capital, Samaria – e do Sul – Judá, com sua capital Jerusalém – estavam divididos. O tesbita Elias desenvolveu o seu ministério em Israel e, por causa de sua fidelidade como profeta do Senhor, sofreu muita oposição da casa real pontificada por Acabe, o rei influenciado por sua rainha pagã, Jezabel.
No cenário indicado pelo texto bíblico acima, esses dois personagens ocupam o primeiro plano. Nele também se percebem o povo ao fundo, convocado a um promontório com ampla vista do mar, chamado Monte Carmelo, e ali estão cerca de 400 profetas de Baal, dramaticamente pressionando os demais personagens. Baal era muito popular na Palestina de então e contava com muitos locais de culto e sacerdotes místicos que serviam aos deuses da conveniência, os quais eram mandingueiros que ensinavam ao povo a espiritualidade do paganismo sensual. A influência dessa forma de paganismo era decisiva entre os israelitas e era comum haver conselheiros de Baal assessorando os nobres do reino.
No quadro regional de forças, Elias estava do lado oposto ao paganismo e às posições dos líderes de Samaria e, ali no Carmelo, ele estava aparentemente só contra a maioria absoluta do povo e da elite de sua terra, especialmente a realeza corrupta e supersticiosa. Enquanto o profeta ali estava com a pretensão de trazer o coração do povo de volta a Deus, a liderança de Acabe não era boa referência para os súditos.
Olhando para a cena, lembramos de Jesus, levado pelo diabo ao pináculo do templo de Jerusalém para ser provado (Mt 4.1-17, cf. Mc 1 e Lc 4). O propósito do tentador era experimentar se poderia fazê-lo se afastar do propósito de sua missão. O termo grego para essa provação é peirasmos (prova, exame, intento, tentação) e os cristãos podem ser alvos de tal prova. Todos os dias somos confrontados por escolhas inadiáveis. O momento de decidir chega e não se pode adiar a resposta nem a ação. Pode-se dizer que quem está na chuva é para se molhar e, então, tem de "pagar pra ver". Mas vale lembrar que Deus promete estar sempre com seus filhos e filhas.

Uma pergunta incômoda
Na convocação ao Carmelo, Elias pergunta aos filhos de Israel: — "até quando coxeareis entre dois pensamentos?". Isso equivale a dizer que os israelitas "caminhavam" indecisos de uma posição para outra; eles não chegavam a rejeitar a sua história com o Senhor e suas tradições, mas contavam com a expectativa de que Baal os pudesse garantir, acolhendo assim uma ética substitutiva que desse sentido aos anseios da vida.
Ao perguntar, o profeta questiona a consciência. Descobrimos então que perguntar faz bem porque faz pensar e o exercício do pensamento é o caminho da consciência crítica. No entanto, perguntas não podem ficar sem respostas. Questionar deve levar a respostas consistentes e conseqüentes. Essa consistência é a verdade transparente e sincera, que não trai nem mente à consciência. E as conseqüências são as ações que brotam da vontade que se convence do valor e da razão da consciência. Concluímos que a atitude dialoga com a consciência por meio das respostas que fornecemos.
Por esse pensamento sabemos porque Jesus questionou o cego nas ruas: — "Que queres que eu te faça?" (Mc 10.51). Igualmente, o Mestre indagou a seus discípulos sobre si próprio: — "Quem dizem os homens que eu sou... e vós?".

Confrontados mas contundentes
Quem escreveu aos cristãos hebreus aconselhou a nos achegarmos a Deus em atitude de confiança. Os que se chegam ao Senhor fazem-no pela confiança de ter um intermediário à altura do que se pretende. Não há outro senão Jesus Cristo, sumo Sacerdote idôneo, por intermédio de quem ousamos entrar diante de Deus. Assim como tal ousadia lembra a coragem de Elias, não resta dúvida de que aproximar-se a Deus é uma atitude espiritual de não fugir ao confronto e responder de modo contundente aos dilemas enfrentados.
Pode-se dizer que atitude é igualmente uma tomada de consciência da realidade, a motivação para lidar com a realidade, a vontade de fazer, de interferir nela, e também uma ação que transforma a realidade.
Há semelhanças entre as nossas tentações e a de Jesus. Ambas são modos de revelar quais ambições estão a nos impulsionar. Ao falar sobre o pecado em sua epístola, Tiago adverte (1.13-15) sobre o risco de adiar a atitude de confronto. O que confrontamos na tentação? Acerta quem responde dizendo que é a nossa própria ambição. Não é o diabo, como alguns pensam. O diabo tenta e só. Ao sermos tentados, o diabo é somente um detalhe a mais. Com um poder limitado, ele não nos pode obrigar a pecar. Então, usa de insinuação, sugere, aposta que o nosso desejo se rebelará ao controle do Espírito Santo.
Tentando explicar o desejo de Jesus, o que o impulsionava era o Espírito Santo, como também ocorre conosco. O Espírito nos conduz, mas a vontade humana continua ativa embora cativa e dependente de sua liderança. Jesus igualmente aceitou a direção do Espírito Santo, que impelia o Rabi como impele os crentes de hoje. Suas vitórias sobre o pecado se devem ao fato de ter sido Jesus impelido pela obediência e vontade de servir, agradar a Deus. Seu prazer era a obediência que brotava do amor e confiança no propósito do Pai. Em suas últimas lições aos discípulos, como vemos no evangelho de João, o Mestre falou da perfeita relação entre ele e o Pai, a afinidade da vontade, a perfeita comunhão de pensamento e ação.
Em todo o seu ministério, Jesus esteve consciente de sua missão: a proclamação do Reino de Deus, a mensagem da graça e perdão que viabiliza o ser humano redimido, a morte na cruz, a ressurreição, o juízo. Ele não apenas conhecia formalmente a palavra de Deus, a rigor ele se identifica totalmente com a Palavra e se assume como a encarnação mesma da Palavra. No dizer do capítulo 1º de João, Jesus é o Verbo de Deus.
E foi então com essa intimidade e comunhão com a Palavra que Jesus resistiu contundentemente à sedução tentadora de desviar-se do plano de Deus e seguir a alternativa de uma vontade estranha a esse plano. Ele se opõe ao diabo na Palavra. Ele conhece intimamente a Escritura e cita-a amiúde como forma de resistência.
Igualmente, somos tentados com freqüência. Como agimos em tal situação? A tentação é a oportunidade de escolher entre a sedução e a lucidez, entre a ruína e a vitória. Não há um lugar neutro, "em cima do muro". Não se pode escapar a esse confronto, a rota de fuga já é um posicionamento. Já que a neutralidade é impossível, por que adiar a resposta?
O pior não é errar ou cair. É não responder, é fugir quando é tempo de ficar, lutar e resistir. Todos somos tentados e podemos ser derrotados na tentativa de resistir. Mesmo Jesus poderia ter caído. Se assim não fosse, para quê ser tentado? Alguém que não tenha a noção da graça e presença de Deus em sua vida nem faça idéia do poder que há na palavra de Deus, só terá como resultado o pecado ao qual não pode resistir, pois é escravo do pecado. Entretanto, Jesus demonstrou que a pessoa espiritual, aquela que conhece a graça e a glória de viver pela fé em Deus, essa pode viver sem pecar. Ademais, em caso de queda temos a promessa bíblica (1 Jo 2.1-2) de um intercessor junto a Deus, um Advogado perante o Altíssimo, nosso Juiz e nosso Pai.

Aplicando o ensino
Séculos antes de Cristo, Josué levou o seu povo a aplicar o mesmo conceito de escolha para a efetiva resistência à sedução e à falta de discernimento: "escolhei a quem sirvais" (Js 24.14-15). O líder pedia uma posição clara quanto a permanecer na opção das gerações que seguiram aos deuses da conveniência ou quebrar essa tradição perversa e abraçar o caminho da salvação proposto pelo Senhor aos filhos de Abraão, Isaque e Jacó.
Somos continuamente expostos a escolhas que nos afetam espiritual, ética e emocionalmente. Que respostas temos a oferecer quando forças que intentam agir em nosso interior nos exigem respostas sólidas? Com que atitude resistimos à sedução das coisas malignas que podem nos afastar do caminho da salvação? Apenas derrotamos as forças de perdição quando damos respostas contundentes. Elas são libertadoras – no fim da provação de Cristo, o diabo o deixou; glória a Deus!
Quantos ficam à espera que alguém venha com mão estendida e soluções prontas para os nossos dilemas! São pessoas que acreditam na ilusão tentadora da neutralidade, que fazem da dependência espiritual de outros mortais um sonho doce e entorpecedor. Essas são as vítimas preferidas do tentador. Não, em matéria de tentação o homem jamais será paladino do homem. Não é o homem que nos liberta; é Deus. E ele o faz pela sua palavra e pelo seu poder.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Ano Novo

Enfim, 2009. Com a entrada de março, o Brasil começa a acordar do torpor de três meses de festas e os brasileiros chegam aos postos de trabalho - quem tem emprego! - defasados em linguagem escrita e sem saber exatamente para onde caminha a humanidade.
Além de reaprender a escrrever o vernáculo, modificado por razões políticas cuja maioria está nas pretensões externas mais que em razões domésticas, temos de aturar o governo armando a sua sucessão e embarcando na candidatura Dilma. A quem tinha dúvidas, basta dizer que até plástica a ministra já fez, além de sua ativa presença na farra de Lula e os prefeitos com o nosso dinheiro. Raça de víboras!
No Legislativo, o projeto de lei 122 do Senado ameaça 188 milhões de "homófobos" com a "ditadura gay". Isso por causa de alguns milhares da minoria homossexual que não aceitam ser apontados como aberração moral e carentes de tratamento. O PT quer expurgar de seus quadros um deputado federal evangélico, o acreano Henrique Afonso, que se posicionou contra o homossexualismo e o aborto. Antes de mesmo de ser lei, a ditadura gay, na prática, já não admite divergências. Orai e vigiai!!
O salário mínimo aumentou. Mais ainda os proventos das excelências dos poderes constituídos. No entanto, os mais pobres, que são a razão de ser de tantos organismos que se presume defendê-los, são na verdade apenas pretexto para o inchaço desses grupos. Senhor, tem misericórdia de nós.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Tragédia na sede da Renascer

Olá, Laerte, Iara e família.

Este é certamente um momento angustioso para vocês, a igreja e para todos que invocam o nome do Senhor. Saibam que não estamos insensíveis, apesar da distância e das agendas que tanto nos absorvem.
Damos graças a Deus pelas vidas que foram poupadas nesse trágico acidente, inclusive a do Vinicius, e lamentamos a perda de vidas preciosas, levadas de modo tão brutal. No entanto, temos a confiança de que "preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos".
Quero crer que Deus está usando isso para fortalecimento espiritual, direção, correção e testemunho. E nisso vemos o propósito a que Estevam e Sônia se referem em seu pronunciamento.Com a nossa solidariedade e amor em Cristo,

LUCIANO, ELSE AMELIA e FILHOS