terça-feira, 29 de março de 2011

Fogueira santa

“Once in seven years I burn all my sermons; for it is a shame if I cannot write better sermons now than I did seven years ago.”

A cada sete anos, queimo todos os meus sermões; porque é uma vergonha eu não escrever sermões melhores do que os que escrevi há sete anos.

(João Wesley, em 1º de setembro de 1778)

segunda-feira, 21 de março de 2011

EUA: Caso de Obama com o islã irrita grupos cristãos de poder




Em 1952, o presidente dos Estados Unidos da América, Henry Truman, determinou que o país observasse um dia do ano como o “Dia Nacional de Oração”. Ainda se tinham vívidos na memória os horrores da Segunda Guerra Mundial e a fé representava um forte baluarte no ethos da nação.

Pouco mais de três décadas se passaram e, em 1988, o presidente Ronald Reagan, que pontificou com o Partido Republicano no cargo por dois mandatos, fixou a primeira quinta-feira de maio para que os EUA celebrassem o Dia Nacional de Oração. A força da economia, o conservadorismo religioso dos republicanos e a crise no bloco socialista liderado pelos soviéticos, antes da queda do muro de Berlim, em 1989, reforçavam a noção de que os EUA tinham uma vocação messiânica para salvar o mundo das deletérias ideologias da esquerda internacional.

Mais duas décadas e o então candidato democrata à presidência Barack Obama afirmou, em 2007, em uma declaração que rimava com a tentativa de apagar da Casa Branca os vestígios da impopularidade “pós 11 de setembro” de George W. Bush e seu Partido Republicano, que “os EUA não são mais uma nação cristã”.

A aproximação com não cristãos, particularmente com o crescente contingente muçulmano no país é um fato não desprezível na corrida eleitoral. Mais ainda somando-se com a tendência secularizante nas comunicações, no judiciário e na administração pública. Faz sentido ser este o segundo ano em que Obama cancela o tradicional encontro de oração convocado para o monumento do Capitólio, na capital do país, Washington. Em 2010, Barack Obama justificou a medida dizendo que o evento poderia ofender a consciência de alguém.

Barbara Crabb, juíza da capital estadunidense, atendeu, também em 2010, ao pedido de uma associação de ateístas, declarando inconstitucional o Dia Nacional de Oração, por entender que se trata de uma cerimônia religiosa particular. Curiosamente, em 25 de setembro de 2009, o presidente Obama participou do Dia Nacional de Oração pela Religião Muçulmana, que reuniu cerca de 50 mil islamitas no mesmo Capitólio em que foram barrados adeptos de grupos religiosos de matriz judaico-cristã.

É comum acontecerem decisões judiciais desse tipo, com imediatas apelações, que eventualmente as revertem. Mas o que chama a atenção é que parece haver uma tendência a contestarem-se, na esfera pública, expressões de determinada religião considerada politicamente incorreta.

A rigor, tudo pode não passar de resistência liberal aos conservadores instalados em grupos de poder que atuam na política dos EUA, entre eles a Força-Tarefa do Dia Nacional de Oração, cujos valores têm forte conotação bíblica: amor a Deus, respeito a todos sem preconceito de raça, da condição sócio-econômica e de crença, e sabedoria no emprego de recursos e reservas.

A Força-Tarefa se intitula uma “expressão judaico-cristã de amplitude nacional, baseada na compreensão de que o país nasceu em oração e reverência ao Deus da Bíblia” e se dedica a “mobilizar os EUA à oração e ao arrependimento pessoal e retidão na cultura” com vistas à oração, aos desafios sócio-políticos da atualidade”, particularmente os “sete centros de poder: Governo, Atividades militares, Imprensa, Negócios, Educação, Igreja e família e Ampliação da unidade da Igreja Cristã”.

Em mensagens que circulam na internet, esses organismos da sociedade da nação norte-americana se ressentem de uma postura dos setores temporais segundo a qual “não importa se os cristãos são ofendidos pelo evento pró-islamismo, já que os cristãos não contam mais como ‘alguém’”. Para eles, o país permite que se instale o medo no coração dos cristãos, uma vez que os ativistas muçulmanos entendem que, se não é possível converter os cristãos à fé islâmica, devem ser aniquilados.

Foto: http://ivarfjeld.files.wordpress.com/2010/06/090408-obama-muslims-vmed-3p-widec.jpg

terça-feira, 1 de março de 2011

Marta ex-Suplicy traz de volta a "Lei da Homofobia"

No dia 13/01, escrevi: "Espero que esse encerramento (do PLC 122, derrotado por decurso de prazo em 2010) seja final, para que nenhum abusado ingresse com pedido de desarquivamento com 1/3 de aprovação do Senado até fevereiro (parágr. 1º, do Art. 332 RI/SF). Acho difícil de crer que os defensores GLBT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis) deixassem ficar assim. Mas confio em Deus que ainda existam os que "não dobraram os seus joelhos a Baal". Por isso, oremos e agradeçamos. A vigilância deve ser permanente."
Pois é...
No dia 08/02, último, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) desarquivou o PLC 122/2006, projeto de lei conhecido como a "Lei da Homofobia".

Aula de comunicação

UM MODELO DE COMUNICAÇÃO
(Texto extraído do livro "O processo de Comunicação", de David K. Berlo)



Toda comunicação humana tem uma fonte: uma pessoa ou um grupo de pessoas com um objetivo. Estabelecida uma origem, com idéias, necessidades, intenções, informações e um objetivo a comunicar, torna-se necessário o segundo elemento. O objetivo da fonte tem de ser expresso em forma de mensagem. Na comunicação humana, a mensagem é traduzida num código, num conjunto sistemático de símbolos.

Os objetivos da fonte são traduzidos num código através do terceiro elemento, o codificador, responsável por pegar as idéias da fonte e pô-las num código, exprimindo o objetivo da fonte em forma de mensagem. Na comunicação de pessoa para pessoa, a função codificadora é executada pelas habilidades motoras da fonte, seu mecanismo vocal (que produz a palavra oral , gritos, notas musicais, etc.), o sistema muscular da mão (que produz a palavra escrita, desenhos etc.), os sistemas musculares de outras partes do corpo (que produzem os gestos da face e dos braços, a postura, etc.)

Quando falamos sobre situações de comunicação mais complexa, é comum separarmos a fonte do codificador. Por exemplo, podemos considerar um gerente de vendas como fonte e os vendedores como codificadores, pessoas que produzem mensagens para o consumidor, traduzindo as intenções ou objetivos do gerente.

O quarto elemento é o canal. O canal é o intermediário, o condutor de mensagens. A escolha dos canais é muitas vezes fator importante para a eficácia da comunicação.

O quinto elemento é o recebedor, o alvo da comunicação, Se falamos, alguém deve ouvir, quando escrevemos, alguém deve ler. Para haver comunicação, deve haver alguém na outra ponta do canal.

As fontes e os recebedores de comu¬nicação devem ser sistemas similares. Senão será impossível a comunicação.

Temos agora todos os elementos da comunicação, exceto um. Assim como a fonte precisa do condificador para traduzir seus objetivos em forma de mensagens, para expressar seu objetivo num código, o receptor precisa do decodificador para decifrar a mensagem e pô-la em forma que possa usar. Na comunicação de pessoa para pessoa, o decodificador pode ser considerado como os sentidos.

São estes, pois, os elementos que incluímos no estudos de um modelo do processo de comunicação:

1) A Fonte da comunicação ou Emissor
2) O Codificador
3) A Mensagem
4) O Canal
5) O Decodificador
6) O Recebedor da comunicação

- Parte do modelo
Definições precisas dos elementos que seriam, não sei, tão úteis quanto exemplo relatados acima.

Tomemos uma situação comum de comunicação: duas pessoas conversando. Suponhamos que seja a manhã de sexta-feira. Encontramos José e Maria no café local. Há um piquenique marcado para domingo à tarde. De repente, José sente que Maria é a pequena que deve levar ao piquenique. Resolve convidá-la José está, pois, pronto para agir como fonte de comunicação, tem o objetivo: fazer com que Maria concorde em acompanhá-lo no domingo.

José precisa criar uma mensagem. Seu sistema nervoso central ordena ao seu mecanismo vocal, servindo como codificador, produz esta mensagem: "Maria, quer ir comigo ao piquenique, domingo?"

A mensagem é transmitida por ondas sonoras, através do ar, para que Maria a receba. É este o canal. O mecanismo auditivo de Maria é o decodificador. Ela ouve a mensagem de José, decodifica-a em impulso nervoso e a remete ao sistema nervoso central, que responde à mensagem. Ela decide que já é tarde para um convite para o domingo. Maria pretende recusar o convite e envia ordem ao seu mecanismo vocal. Surge então a mensagem: "Obrigada, José mas não posso". Ou algo mais delicado.

Evidentemente, é um tratamento elementar, e simplificadíssimo da natureza do processo de comunicação, mas que inclui, pelo menos superficialmente, todos os seis elementos apresentados.

O modelo é igualmente útil na descrição do comportamento de comunicação de uma organização complexa. Numa situação assim, as funções codificadora e decodificadora são muitas vezes separáveis das funções emissora e receptora. Da mesma forma, certas pessoas da organização desempenham papéis tanto de fonte como de recebedor.

Os elementos discutidos são essenciais à comunicação. Quer tratemos a comunicação em termos de uma pessoa, duas pessoas ou de uma rede institucional, as funções rotuladas como fonte, codificador e recebedor têm de ser desempenhadas. As mensagens estão sempre presentes e devem existir em algum canal. A maneira pela qual elas se reúnem, em que ordem e com que espécies de inter-relações, depende da situação, da natureza do processo específico em estudo e da dinâmica criada.

Sugestão!
Procure aplicar os diversos elementos do processo de comunicação através de exemplo reais de sua atividade profissional. Mostre também exemplos em que as pessoas desempenham funções diferentes na comunicação.

- Comunicação










A Comunicação Verbal e não-verbal
(fonte: http://www.salves.com.br/virtua/comverbn-verb.html)


A Comunicação é entendida como a transmissão de estímulos e respostas provocadas, através de um sistema completa ou parcialmente compartilhado. É todo o processo de transmissão e de troca de mensagens entre seres humanos.

Esquema da Comunicação de R. Jakobson:
Contexto
Emissor Mensagem Receptor
Contacto
Código

Para se estabelecer comunicação, tem de ocorrer um conjunto de elementos constituídos por: um emissor (ou destinador), que produz e emite uma determinada mensagem, dirigida a um receptor (ou destinatário). Mas para que a comunicação se processe efetivamente entre estes dois elementos, deve a mensagem ser realmente recebida e descodificada pelo receptor, por isso é necessário que ambos estejam dentro do mesmo contexto (devem ambos conhecer os referentes situacionais), devem utilizar um mesmo código (conjunto estruturado de signos) e estabelecerem um efetivo contacto através de um canal de comunicação. Se qualquer um destes elementos ou fatores falhar, ocorre uma situação de ruído na comunicação, entendido como todo o fenômeno que perturba de alguma forma a transmissão da mensagem e a sua perfeita recepção ou descodificação por parte do receptor.

Elementos da Comunicação:

- Codificar: transformar, num código conhecido, a intenção da comunicação ou elaborar um sistema de signos;

- Descodificar: decifrar a mensagem, operação que depende do repertório (conjunto estruturado de informação) de cada pessoa;

- Feedback: corresponde à informação que o emissor consegue obter e pela qual sabe se a sua mensagem foi captada pelo receptor.

LINGUAGEM VERBAL: as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não está nelas mesmas, mas nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar as palavras);

LINGUAGEM NÃO-VERBAL: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os elementos não verbais da comunicação.

Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e de época para época.

A comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma reação involuntária ou um ato comunicativo propositado.

Alguns psicólogos afirmam que os sinais não-verbais têm as funções específicas de regular e encadear as interações sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais.

a) expressão facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua expressão fisionômica. Por vezes os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitas pessoas tentam inibir a expressão emocional.

b) movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar fixo pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contesto pode significar ameaça, provocação.

Desviar os olhos quando o emissor fala é uma atitude que tanto pode transmitir a ideia de submissão como a de desinteresse.

c) movimentos da cabeça: tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens.

d) postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas mais seguras do que a expressão facial para se detectar determinados estados emocionais. Por ex.: inferiores hierárquicos adotam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus superiores, que tendem a mostrar-se descontraídos.

e) comportamentos não-verbais da voz: a entoação (qualidade, velocidade e ritmo da voz) revela-se importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente transmite mensagens mais claras do que uma voz agitada.

f) a aparência: a aparência de uma pessoa reflete normalmente o tipo de imagem que ela gostaria de passar. Através do vestuário, penteado, maquiagem, apetrechos pessoais, postura, gestos, modo de falar, etc, as pessoas criam uma projeção de como são e de como gostariam de ser tratadas. As relações interpessoais serão menos tensas se a pessoa fornecer aos outros a sua projeção particular e se os outros respeitarem essa projeção.