quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Homenagem "lusitana"

As rimas a seguir são do meu amigo Pr. Benoni (Comunidade Evangélica Jesus Vive - Rio) para homenagear o Pr. Oswaldo e a esposa, Marta, em sua ida a Portugal: Nosso amado Oswaldo e a Fátima vão estar viajando para Portugal nos próximos dias. Pensando neles escrevi um recado à Marta e aos amigos portugueses: LEMBRANÇAS Ao canto da cotovia Escutei um “passa cá”, Vem prá terra dos patrícios Para aqui nos ajudar. Fomos nós que os encontramos no meio de um matagal por um gajo aventureiro que se chamava Cabral. Em nossa terra temos Pintos, Pereiras, Silvas e Pinhos, Joaquins e Joaquinas, Agripino e Agripinas. Nomes de gente valente, Hoje espalhadas no mundo, Gente que até ficou rica, Como o amigo Raimundo. Desta terra levamos coisas, Muitas pedras e o vil metal, Mas também deixamos a mulata, Com seu requebrado infernal. Se vós não quereis a troca, Pelo menos, não nos queiram mal, Qualquer pedido de troca Enderecem ao Cabral. Foi dito que Joaquina daí nunca gostou, Por outro lado D. Pedro De todas se enamorou, E num grito de liberdade O Brasil emancipou. Isabel, a corajosa princesa, A abolição deflagrou. Só não sei se depois disso tudo alguma coisa mudou. Mesmo assim levem lembranças de todos os brasileiros, Abrace a amiga Marta e a todos seus companheiros, Ao Dalmo diga que em breve iremos lhe visitar, Na esperança de um dia ver seu Bota ganhar. Agora que vem a Copa vamos torcer por Portugal, Mas se o Brasil lhes der uma coça, Também não nos queiram mal, São coisas da velha amizade: Brasil e de Portugal.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Qual é o limite para "fazer"?

A vontade é um precioso dom que Deus nos entregou. Com ela, tomamos decisões importantes que podem nos fazer avançar ou retroceder de modo estratégico, tendo sempre conseqüências nos respectivos efeitos da decisão tomada. Fazer ou não fazer depende sempre do momento, conforme seja estratégico esta ou aquela determinação. Lemos em Eclesiastes 3.1-12: "Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião...". Fazer sem discernir se era apropriado ou oportuno é mero ativismo, vazio de significados mais profundos e duradouros. Deixar de fazer quando é preciso agir leva-nos ao imobilismo, a uma inépcia que pode ser desastrosa, dependendo da urgência e relevância das providências necessárias. Se é preciso tomar uma atitude, devemos ousar, ainda que nos precavendo. E sempre, em qualquer caso, haverá conseqüências.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

"Ter" dificulta a comunhão com Deus?

No Evangelho, temos a narrativa de um rapaz que se aproximou solicitamente de Jesus e, perguntando sobre sua salvação pessoal. Ele tinha uma posição destacada e era um religioso. "... Ouvindo-o Jesus, disse-lhe: Uma coisa ainda te falta: vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me..." (Lucas 18.18-24). Esse moço se retirou após a resposta de Jesus porque não previa abrir mão de suas posses. Não era o fato de ser uma pessoa rica que o desqualificava para ser discípulo de Jesus, mas o apego que nutria em relação ao seu patrimônio. Jesus se permitia relacionamentos com pessoas das camadas mais baixas da sociedade e, ao mesmo tempo, tinha amizade com gente das altas esferas. Não houve em Jesus o preconceito de classe. Ao contrário, ele transitou pelas classes sem deixar que a distância social o impedisse de dialogar e interagir com outras pessoas. No caso desse jovem prisioneiro dos bens materiais, sua insegurança provinha do fato de ser ele alguém que confiava na fortuna que possuía e, por isto, sua religião era vazia a despeito da aparência piedosa. E nós, até que ponto o que temos é um obstáculo a nos entregarmos mais a Deus?

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A virgindade é importante?

Este assunto tem sido um pomo de discórdia entre gerações e entre diferentes posições assumidas por pessoas na sociedade, ou mesmo dentro da Igreja. Lendo sobre o assunto na Bíblia, vemos em 1 Coríntios 7.35-36: "... se alguém julga que trata sem decoro a sua filha, estando já a passar-lhe a flor da idade, e as circunstâncias o exigem, faça o que quiser. Não peca, que se casem", percebemos que a Escritura não se detém muito sobre o tema. A outra passagem está em Ezequiel 44.22, indicando a preferência para as virgens no casamento de sacerdotes. Ocorre, no entanto, muita exasperação provocada por conceitos locais e modos culturais de lidar com a questão. Contudo, mesmo com a economia da Bíblia em textos sobre a virgindade, ela não encoraja nem endossa a promiscuidade. Aliás, é fácil reconhecer que virgindade não é algo que preocupe apenas à juventude, nem mesmo apenas à mulher. Ela afeta a família, a Igreja, a sociedade, a justiça e a medicina. Afinal, virgindade não é um assunto apenas religioso ou moral, implica em cuidados de saúde, o direito e a responsabilidade civil de indivíduos e grupos. Multidisciplinar, ela envolve aspectos delicados do comportamento social e da saúde emocional. Então, se a virgindade fosse um órgão do corpo, ela deveria ser protegida como fazemos com os olhos, quando nos chocamos contra um objeto grande: cobrimo-los com braços e mãos. Sim, pois os olhos são órgãos nobres e essenciais. A virgindade, em certo sentido, também. Porém, o mais importante da virgindade não diz respeito àquela parte do corpo - o hímen - que se rompe na primeira relação sexual. Seu aspecto mais relevante diz respeito ao rompimento moral e à poluição espiritual. Devo ser mais claro: eu costumo brincar, dizendo que a mulher é o projeto final da criação enquanto o homem é o rascunho, o modelo inicial de Deus, isto é, um protótipo da espécie, que viria a ser aperfeiçoado na fisiologia feminina. Um exagero, é claro. Mas isso ilustra o valor da preservação do hímem, um acabamento em pele da mucosa vaginal. Na mulher, esse pequeno detalhe integra um sistema com conexões nervosas (sensibilidade), psicológicas (instinto de preservação da integridade física como parte da saúde emocional) e espirituais (conceitos morais afeitos à responsabilidade pessoal). Seu valor é crucial para a mulher, como se fosse o laço que ata um segredo pessoal muito significativo. Toda mulher carrega consigo um segredo especial a ser partilhado, apenas, com alguém que esteja disposto a ser seu companheiro (no masculino, pois a biologia humana habilita a fêmea para o macho e vice-versa). Quando a mulher antecipa seu segredo íntimo a alguém que não tem maturidade nem responsabilidade para lidar com isso, ela sofre o rompimento, não de uma película apenas, mas de sua integridade emocional e espiritual, além da perda do hímen, cujo valor cultural pressiona-a ainda mais. Ao contrário do senso comum, nada tem a ver com moralismo. O moralismo tem sido, simplesmente, o padrão desenvolvido para encaminhar a questão e tratá-la de modo raso e corriqueiro. O que, a rigor, não ajuda a mulher; na maioria das vezes, apenas serve para recriminá-la. Por isso, não é para dar tanta importância ao rompimento do hímen, e sim, à psiquê ferida e ao espírito deprimido, que aceitou uma comunhão na qual a mulher, na maioria das vezes, tem sido perdedora. Para não dizer que o abuso contra a mulher, via de regra, têm seu eixo na dominação sexual, no uso da mulher como objeto. Daí a importância de a mulher avaliar muito cuidadosamente a pessoa com quem está prestes a partilhar seus segredos mais íntimos. Isto para evitar, o máximo possível, decepções e dissabores amorosos. Curiosamente, muitas sociedades que consagram, em suas legislações, o estupro como ação sexual da pessoa adulta contra a criança, incapaz ou menor de idade, ao mesmo tempo, defendem a liberdade sexual dos jovens, achando natural o sexo na adolescência. Elas mesmas geralmente não reconhecem adolescentes como pessoas maduras e legalmente responsáveis, mas quanto ao sexo, parecem atribuir-lhes a decisão, por si mesmos, de antecipar ou não a maturidade.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Disposição para correr ou para ficar inerte?

Vendo imagens, hoje, de pessoas que corriam para dentro de um posto de distribuição de medicamentos, lembre-me do verso bíblico: “Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm 9.16). Dentre os que correram, houve quem alcançasse o que buscava e outros, não, mesmo tendo corrido até ao fim. Isto é justo? A máxima paulina na Carta aos Romanos aparece em meio a uma discussão sobre a posição dos israelitas na Redenção: Deus usa de misericórdia para com quem lhe apraz, pois não há merecimento humano na salvação. Mas percebemos que a vida, enquanto experiência temporal, não é justa. E também não é injusta. Na verdade, em termos de biologia, não existe uma moral que determina sorte ou azar. Como determinar e como julgar o aparecimento de uma enfermidade que acomete a uma pessoa boa e generosa: Deus quis? Maldição? Acaso? O quê? Quanto à competição pela sobrevivência, a disputa é essencial à preservação de uns enquanto outros sucumbem devido às suas limitações e ao despreparo para competir. Então, como vencer na competição pela sobrevivência? Contudo, cremos que o Deus da Bíblia, é soberano e interpõe sua vontade a favor daqueles a quem ele concede o seu favor. Por misericórdia, Deus interfere em nosso tempo-espaço e conduz ações e canaliza recursos – tudo sobre o que ele tem domínio, isto é, sobre todas as coisas – e aloca-os para que se saiam vitoriosos aqueles e aquelas que nele confiam. Às vezes, é preciso correr, por-se em marcha (Ex 14.15). Outras vezes, é preciso parar e esperar (2 Cr 20.17). Na afirmação de Paulo aos romanos – que depende de “usar Deus a sua misericórdia” – está a resposta que buscamos. Misericórdia não é o mesmo que justiça, menos ainda, merecimento; misericórdia é usar de benevolência para com pecadores. Então, é preciso reconhecer o estado de indigência moral e clamar por bondade, mesmo sem merecer. Na distribuição de medicamentos, porém, não é o caso de usar misericórdia. As pessoas com receita em ordem para receber, independentemente de senha ou momento de chegada, tem direito a receber, pois é dever do Estado assegurar um serviço de saúde universal e gratuito.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Você lamenta a prisão desses jovens?

O jovem Caio, 23 anos, preso na Bahia e acusado de ter acendido o rojão que atingiu mortalmente o cinegrafista Santiago Andrade, pode ajudar a esclarecer as circunstâncias do crime. Ainda não ficou demonstrada a dinâmica do fato nem a responsabilidade de Caio no incidente. Lembremos da passagem bíblica: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer” (Eclesiastes 12.1). Ainda existe muita controvérsia sobre se seria esse jovem a mesma pessoa procurada pela Polícia fluminense, se estaria ele sendo bode expiatório em uma “armação” para satisfazer a opinião pública, com grupos defendendo-o por ele ser “negro” (sic), por ter ele, supostamente, agido politicamente em uma manifestação democrática, e outros apontando pressão e manipulação da imprensa, presumivelmente aliada das autoridades etc. Muito vozerio e pouca lucidez. Mas ele é, no momento, peça-chave, junto com outro jovem: Fábio, 22 anos, para a elucidação de um atentado que comoveu a opinião pública. Comprovada a participação desses jovens no episódio, resta-nos meditar sobre a justa ação de prender criminosos comuns, que atentaram contra um cidadão de bem em seu trabalho, ou a tragédia da perda da inocência e da juventude de dois rapazes na flor da idade, que poderiam se tornar exemplos para a sua geração e homens honrados perante a sociedade. Neste momento, lançados na masmorra da execração pública, eles parecem estar longe de toda redenção, com a reputação manchada indelevelmente por toda a vida. Quem irá apiedar-se deles? Quem irá falar-lhes de esperança e superação, de perdão e reconciliação, de liberdade e alegria? Quem acreditará que podem arrepender-se ou apostará que podem amadurecer? Mais do que esperar que se cumpra a desdita, segundo a sentença bíblica, é preciso lamentar, com seus pais e todos que os viram crescer, a crueldade e a vergonha do gesto e suas conseqüências, tanto quanto a dor e a humilhação de seu fim. É preciso lamentar que seu aprendizado leve-os por um corredor tão lúgubre que lhes roube a juventude e as promessas. Mas a esperança ainda não cessou.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Você tem um projeto de vida?

Há pessoas que pensam a respeito de suas vidas em termos de missão. Existem aquelas de quem dizemos: "Fulano veio ao mundo a trabalho". No entanto, de outras dizemos: "Já Beltrano, veio a passeio". Assim escreveu Paulo: "Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé, a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós, nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo" (2 Tessalonicenses 1.11-12). Tenho a certeza de que Deus, ao planejar e dotar a sua vida, querido, querida, disponibilizou tesouros maravilhosos potencialmente "encontráveis" em você - "tesouro em vaso de barro". Por isto, não se deixe convencer de que não dá, não consegue, não merece, não tem vez. Creia que Deus age em sua vida poderosamente e pode levar você a situações que você jamais imaginou. Mas observe que tudo ele fez, faz e fará em você para a glória dele e somente por ele. Sabe por quê? Porque, quando ele é glorificado, em vez de você e eu, todos podem ganhar, pois ele é Deus para fazer a sua vida "decolar", mas é Deus suficientemente poderoso para usar a sua vida para que outras vidas "decolem". Faça de suia vida um projeto que Deus use para a sua glória. você vai ganhar e todo mundo também vai.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O adeus a Santiago

Com a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, atingido por um rojão na infeliz atuação de baderneiros, que pretendem se confundir com legítimos manifestantes, durante o protesto contra o aumento da tarifa de ônibus no Rio, despedimo-nos de um profissional sério atingido pela irresponsabilidade criminosa desses playboyzinhos da esquerda chique, que se supõem defensores da sociedade. E, pelo que se viu nas imagens colhidas durante o depoimento do tatuador acusado da coautoria do atentado, seus cúmplices não se constrangem e continuarão a protagonizar as arbitrárias demonstrações de crueldade e manifestações criminosas - um deles teria ameaçado o cinegrafista da TV Globo que o filmava nas proximidades da delegacia que investiga o incidente: - "Tomara que você seja o próximo", teria dito o fascistóide. Dá para agüentar isto?
Você já abraçou alguém? Antes de pregar, sugeri aos presentes que se cumprimentassem e expressassem sua alegria pela participação de outros membros da igreja. Todos, com alegria, saíram de seus lugares para falar uns com os outros. "Por estarem unidos com Cristo, vocês são fortes, o amor dele os anima, e vocês participam do Espírito de Deus. E também são bondosos e misericordiosos uns com os outros. Então peço que me dêem a grande satisfação de viverem em harmonia, tendo um mesmo amor e sendo unidos de alma e mente" (Filipenses 2.1-2 NTLH). É bom começar a semana com o impulso da fraternidade, da alegria, da amizade. Nosso cristianismo só é verdadeiro quando não é apenas um monte de letras nas páginas da Bíblia, mas é vivência concreta que partilhamos na companhia do povo a quem Deus ama e considera seus filhos e filhas. Ainda há muito espaço a ser ocupado por outros irmãos e irmãs ao alcance de nosso abraço. Vamos lá fora chamá-los ao abraço?

Uma receita da vovó

O texto a seguir foi criado por autor que não conheço e que supostamente teria sido apresentado na colação de grau de uma turma de Engenharia da PUC, em 2008. Real ou não, é curioso e tem lá a sua lógica. xxxxxxxxx Aula de mestre ou "A goiabada da vovó" (Prof. Jorge Ferreira da Silva) O professor da PUC / Rio de Janeiro, Jorge Ferreira, deu uma última aula para seus ex-alunos, em 16 de dezembro de 2008. Diante de uma platéia de formandos, acompanhados de seus pais, o professor paraninfo da turma discursou sobre o Brasil. Leia o que disse o Prof. Jorge Ferreira. "Ilustríssimos Colegas da Mesa, Senhor Presidente, meus queridos alunos, Senhoras e Senhores. Para mim é um privilégio ter sido escolhido paraninfo desta turma. Esta é como se fôra a última aula do curso. O último encontro, que já deixa saudades. Um momento festivo, mas também de reflexão. Se eu fosse escolhido paraninfo de uma turma de direito, talvez eu falasse a importância do advogado que defende a justiça e não apenas o réu. Se eu fosse escolhido paraninfo de uma turma de medicina, talvez eu falasse da importância do médico que coloca o amor ao próximo acima dos seus lucros profissionais. Mas, como sou paraninfo de uma turma de engenheiros, vou falar da importância do engenheiro para o desenvolvimento do Brasil. Para começar, vamos falar de bananas e do doce de banana, que eu vou chamar de bananada especial, inventada (ou projetada) pela nossa vovozinha lá em casa, depois que várias receitas prontas não deram certo. É isso mesmo. Para entendermos a importância do engenheiro vamos falar de bananas, bananadas e vovó. A banana é um recurso natural, que não sofreu nenhuma transformação. A bananada é = a banana + outros ingredientes + a energia térmica fornecida pelo fogão + o trabalho da vovó... e + o conhecimento, ou tecnologia da vovó. Bem, a vovó é a dona do conhecimento, uma espécie de engenheira da culinária. E a vovó? A bananada é um produto pronto, que eu vou chamar de riqueza. Agora, vamos supor que a banana e a bananada sejam vendidas. Um quilo de banana custa um real. Já um quilo da bananada custa cinco reais. Por que essa diferença de preços? Agora, quando a vovó, ou a indústria, faz a bananada, ela cria empregos na indústria do açúcar, da cana-de-açúcar, do gás de cozinha, na indústria de fogões, de panelas, de colheres e até na de embalagens, porque tudo isto é necessário para se fabricar a bananada. Porque quando nós colhemos um cacho de bananas na bananeira, criamos apenas um emprego: o de colhedor de bananas. Resumindo, 1kg de bananada é mais caro do que 1kg de banana porque a bananada é igual banana mais tecnologia agregada, e a sua fabricação criou mais empregos do que simplesmente colher o cacho de bananas da bananeira. Agora vamos falar de outro exemplo que acontece no dia-a-dia no comércio mundial de mercadorias. Em média: 1kg de soja custa US$ 0,10 (dez centavos de dólar), 1kg de automóvel custa US$ 10, isto é, 100 vezes mais, 1kg de aparelho eletrônico custa US$ 100, 1kg de avião custa US$1.000 (10mil quilos de soja) e 1kg de satélite custa US$ 50.000. Vejam, quanto mais tecnologia agregada tem um produto, maior é o seu preço, mais empregos foram gerados na sua fabricação. Os países ricos sabem disso muito bem. Eles investem na pesquisa científica e tecnológica. Por exemplo: eles nos vendem uma placa de computador que pesa 100g por US$ 250. Para pagarmos esta plaquinha eletrônica, o Brasil precisa exportar 20 toneladas de minério de ferro. A fabricação de placas de computador criou milhares de bons empregos lá no estrangeiro, enquanto que a extração do minério de ferro, cria pouquíssimos e péssimos empregos aqui no Brasil. O Japão é pobre em recursos naturais, mas é um país rico. O Brasil é rico em energia e recursos naturais, mas é um país pobre. Os países ricos, são ricos materialmente porque eles produzem riquezas. Riqueza vem de rico. Pobreza vem de pobre. País pobre é aquele que não consegue produzir riquezas para o seu povo. Se conseguisse, não seria pobre, seria país rico. Gostaria de deixar bem claro três coisas: 1º) quando me refiro à palavra riqueza, não estou me referindo a jóias nem a supérfluos. Estou me referindo àqueles bens necessários para que o ser humano viva com um mínimo de dignidade e conforto; 2º) não estou defendendo o consumismo materialista como uma forma de vida, muito pelo contrário; 3º) e acho abominável aqueles que colocam os valores das riquezas materiais acima dos valores da riqueza interior do ser humano. Existem nações que são ricas, mas que agem de forma extremamente pobre e desumana em relação a outros povos. Creio que agora posso falar do ponto principal. Para que o nosso Brasil torne-se um País rico, com o seu povo vivendo com dignidade, temos que produzir mais riquezas. Para tal, precisamos de conhecimento, ou tecnologia já que temos abundância de recursos naturais e energia. E quem desenvolve tecnologias são os cientistas e os engenheiros, como estes jovens que estão se formando hoje. Infelizmente, o Brasil é muito dependente da tecnologia externa. Quando fabricamos bens com alta tecnologia, fazemos apenas a parte final da produção. Por exemplo: o Brasil produz 5 milhões de televisores por ano e nenhum brasileiro projeta televisor. O miolo da TV, do telefone celular e de todos os aparelhos eletrônicos, é todo importado. Somos meros montadores de kits eletrônicos. Casos semelhantes também acontecem na indústria mecânica, de remédios e, incrível, até na de alimentos. O Brasil entra com a mão-de-obra barata e os recursos naturais. Os projetos, a tecnologia, o chamado pulo do gato, ficam no estrangeiro, com os verdadeiros donos do negócio. Resta ao Brasil lidar com as chamadas caixas pretas. É importante compreendermos que os donos dos projetos tecnológicos são os donos das decisões econômicas, são os donos do dinheiro, são os donos das riquezas do mundo. Assim como as águas dos rios correm para o mar, as riquezas do mundo correm em direção aos países detentores das tecnologias avançadas. A dependência científica e tecnológica acarretou para nós brasileiros a dependência econômica, política e cultural. Não podemos admitir a continuação da situação esdrúxula, onde 70% do PIB brasileiro é controlado por não residentes. Ninguém pode progredir entregando o seu talão de cheques e a chave de sua casa para o vizinho fazer o que bem entender. Eu tenho a convicção que desenvolvimento científico e tecnológico aqui no Brasil garantirá aos brasileiros a soberania das decisões econômicas, políticas e culturais. Garantirá trocas mais justas no comércio exterior. Garantirá a criação de mais e melhores empregos. E, se toda a produção de riquezas for bem distribuída, teremos a erradicação dos graves problemas sociais. O curso de engenharia da PUC, com todas as suas possíveis deficiências, visa a formar engenheiros capazes de desenvolver tecnologias. É o chamado engenheiro de concepção, ou engenheiro de projetos. Infelizmente, o mercado nacionalizado nem sempre aproveita todo este potencial científico dos nossos engenheiros. Nós, professores, não podemos nos curvar às deformações do mercado. Temos que continuar formando engenheiros com conhecimentos iguais aos melhores do mundo. Eu posso garantir a todos os presentes, principalmente aos pais, que qualquer um destes formandos é tão ou mais inteligente do que qualquer engenheiro americano, japonês ou alemão. Os meus quase trinta anos de magistério, lecionando desde o antigo ginásio até a universidade, dá-me autoridade para afirmar que o brasileiro não é inferior a ninguém, pelo contrário, dizem até que somos muito mais criativos do que os habitantes do chamado primeiro mundo. O que me revolta, como professor cidadão, é ver que as decisões políticas tomadas por pessoas despreparadas ou corruptas, são responsáveis pela queima e destruição de inteligências brasileiras que poderiam, com o conhecimento apropriado, transformar o nosso Brasil num país florescente, próspero e socialmente justo. Acredito que o mundo ideal seja aquele totalmente globalizado, mas uma globalização que inclua a democratização das decisões e a distribuição justa do trabalho e das riquezas. Infelizmente, isto ainda está longe de acontecer, até por limitações físicas da própria natureza. Assim, quem pensa que a solução para os nossos problemas virá lá de fora, está muito enganado. O dia que um presidente da República, em vez de ficar passeando como um dândi pelos palácios do primeiro mundo, resolver liderar um autêntico projeto de desenvolvimento nacional, certamente o Brasil vai precisar, em todas as áreas, de pessoas bem preparadas. Só assim seremos capazes de caminhar com autonomia e tomar decisões que beneficiem verdadeiramente a sociedade brasileira. Será a construção de um Brasil realmente moderno, mais justo, inserido de forma soberana na economia mundial e não como um reles fornecedor de recursos naturais e mão-de-obra aviltada. Quando isto ocorrer, e eu espero que seja em breve, o nosso País poderá aproveitar de forma muito mais eficaz a inteligência e o preparo intelectual dos brasileiros e, em particular, de todos vocês, meus queridos alunos, porque vocês já foram testados e aprovados. Finalmente, gostaria de parabenizar a todos os pais pela contribuição positiva que deram à nossa sociedade possibilitando a formação dos seus filhos no curso de engenharia da PUC. A alegria dos senhores, também é a nossa alegria. Muito Obrigado."

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Você também viu o bebê de Goiânia?

Eu vi e fiquei emocionado. Um choque! A menininha nasceu pelo lado da mãe, após a batida de dois caminhões. Nasceu do susto, já sem pai e sem a mãe, que se agüentou viva apenas até ser cortado o cordão umbilical. Na Bíblia, os pastores do entorno de Belém são instruídos pelo anjo sobre o nascimento da divina criança, em Lucas 2.12: "E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura". Os anônimos pastores são encaminhados ao cenário da Natividade, em particular a uma criança que dormia numa manjedoura, ao improviso e sem qualquer proteção do Estado, que aliás, iria perseguir todas as criancinhas. Em Goiânia, populares acorreram para ajudar a família daquela tragédia, até que o Estado se fizesse presente, por meio de paramédicos de plantão, os quais finalizaram as providências antecipadas pelos voluntários. Louvamos a Deus por essas providências e pela infraestrutura disponível na atualidade. Agora, sob os cuidados profissionais e acompanhada por parentes, a criança não corre perigo. E vemos que a dor e perplexidade pela morte brutal dos pais da menina goiana se antevêem no relato natalino, com o menino Jesus assumindo, previamente, o lugar dela e de tantas outras crianças desamparadas ao redor do mundo. De fato, Deus se identifica conosco em toda e qualquer situação em que nos encontramos, até com uma criança. Mesmo esta, que, ao contrário do que se possa supor, nasceu sob o olhar e cuidado do nosso Deus de amor.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Quem está sem energia aí?

A crise energética aumenta os casos de apagões no fornecimento de energia elétrica. Todos os dias ouvimos falar de blackouts em muitas cidades. Há pessoas que, além disso, sofrem apagões espirituais. Mas a Bíblia ensina, em Isaías 40.28-30: “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento. Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”. A crise energética, sabe-se lá quando será resolvida, mas para a falta de energia espiritual Jesus é a solução que Deus providenciou. Ligue nele a sua tomada, recarregue nele as suas baterias da alma.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Que palavra você espera do Senhor? – Parte 2

Lemos, em João 11, que Jesus chamou Lázaro da morte e este tornou à vida. Mas acordar da morte não é algo simples de descrever. E a narrativa do Salmo 130 dá-nos uma pista: “Se observares, Senhor, iniqüidades, quem, Senhor, subsistirá? Contigo, porém, está o perdão, para que te temam” (vv.3-4). É preciso sondar, com a ajuda da Bíblia, em oração e sujeição ao Espírito Santo, se em nossas vidas existem iniqüidades a serem confessadas e abandonadas. Não há porque se preocupar com como Deus pode perdoar certos pecados. Só é necessário arrependimento, confissão e mudança no agir; o mais é com Deus. É importantíssimo valorizar o perdão de Deus, pois é a partir dele que se inicia uma vida de temor (profundo respeito e acentuado amor) a Deus. Ele é a fonte do perdão amoroso que não guarda rancor.