quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

CESARE BATTISTI: Culpado ou inocente?

Cesare Battisti é um assassino comum ou uma vítima de perseguição política em seu país?

Dependendo do lado ideológico e, mais precisamente, da corrente política em que se milita, a resposta a tal pergunta oscila conforme o interesse. Mas, para nós brasileiros, o que é que isso importa?

Não que deixe de interessar ao Brasil a condição desse italiano com ordem de prisão em diversos países, e que se encontra, por ora, detido no Brasil. Condenado na Itália por quatro assassinatos, Battisti se escondeu no Brasil e vivia aqui tranqüilamente, até ser detido (o termo ‘prisão’ seria algo muito forte para alguém que, como ele, ainda aguarda sentença) e ficar, pelo menos até o fim do mandato do presidente Luis Inácio Lula da Silva, em 1º de janeiro de 2011. Mas o governo do Brasil talvez devesse pensar melhor na mensagem que está passando ao deixar de atender às solicitações da Justiça italiana.

No Brasil, Cesare Battisti não é nem convidado nem prisioneiro. Está detido, mas com quase a total certeza de que permanecerá no país como refugiado político. Isso porque colocaram-se as mortes e assaltos cometidos pelos terroristas auto-intitulados Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), o grupo de militância de Battisti, na conta de lutas entre esquerdistas exaltados e o Estado italiano. Em uma manobra de seus defensores para dar coloração política ao terrorismo internacional, o governo da Itália estaria perseguindo seus desafetos. Pelo menos, essa é a tese sustentada pelos advogados do ex-terrorista, isto se ele já se aposentou de sua antiga atividade.

Se é assassino ou perseguido, não é algo que o Brasil deva responder. Não nos compete julgar se a Justiça da Itália errou ou acertou. Afinal, o processo histórico de amadurecimento das instituições políticas daquele país não é matéria sobre a qual o Brasil, pelo bom senso e pela estratégia diplomática, devesse se pronunciar, menos ainda emitir juízo sobre assunto doméstico de um país amigo, uma democracia, nação desenvolvida e ciosa de seu papel no concerto das nações.

A mensagem que o governo do Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula e sua sucessora, Dilma Roussef, tem dado à Itália e ao mundo é que o Brasil suspeita de países, como a Itália, com o qual mantém diversos acordos políticos, econômicos e culturais. Outra mensagem, subjacente à primeira, é que o Brasil considera o Irã e a Venezuela democracias confiáveis enquanto, na visão diplomática petista, a Itália pode passar como um país bárbaro e opressor.

O Estado brasileiro tem se posicionado deselegantemente contra um grande parceiro e arriscado perder credibilidade internacional. Será que vale a pensa o Brasil ser acusado de proteger espúrias compadrias de certas personalidades do staff político nacional cujo passado vem carimbado de atos igualmente terroristas? Sim, pois com José Dirceu e Franklin Martins figurando entre nomes do cenário brasileiro ligados à militância esquerdista e à luta armada, não é difícil chegar-se a tal conclusão. Para complicar, outro nome de peso nessa lista é o da própria presidente eleita, a companheira Dilma ou Estela, ou Dulce, ou qualquer outro codinome pelo qual ela possa ser chamada.

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Riepilogo in italiano

Cesare Battisti: colpevole o innocente?

Cesare Battisti è un assassino comune o vittima di una persecuzione politica nel suo paese? Secondo il lato ideologico e, più precisamente, dell'attuale politica in cui milita, la risposta a questa domanda varia a concordato dell'interesse. Ma, per noi brasiliani, che cosa importa? Non che sicuramente interessati al Brasile la condizione di questo italiano con ordine di reclusione in diversi paesi e che è, per ora, tenutasi in Brasile. Condannato in Italia da quattro omicidi, Battisti nascose in Brasile e vissuto qui tranquillamente, fino a quando della detenzione (il termine 'prigione' sarebbe qualcosa di molto forte per chi, come lui, ancora in attesa della sentenza) e soggiorno, almeno fino alla fine del mandato del Presidente Luis Inácio Lula da Silva, il 1 ° gennaio 2011. Ma il governo brasiliano dovrebbe forse pensare meglio nel messaggio che sta per non riuscire a soddisfare le richieste della giustizia italiana.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Mais um Natal ou o Natal que é mais?

Para saber que tipo de Natal estamos preparando para esta noite, acho válido verificar: Como estaremos amanhã ao acordarmos?

Se o fígado der sinais de que está enjoado das coisas para as quais ele tem a natural dificuldade de tratar...
Se o estômago estiver empanzinado com comidas e bebidas em excesso...
Se a cabeça parecer tão zonza que, ao levantar da cama, sentimos tontura...

Bem, este terá sido mais um Natal. Como sempre, oportunidade de comer e beber em excesso sob a desculpa da confraternização e da sociabilidade.

Mas se o peito parecer querer estourar de ânimo e alegria...
Se a cabeça estiver nas nuvens de tantos pensamentos e motivação para o futuro...
Se o intestino parecer se embrulhar como quando passa-se por uma ondulação repentina na medida do frenesi da empolgação que nos atinge como se fôssemos crianças...

Aí então terá sido o Natal que é mais que o comum, o Natal de verdade, cheio de alegria porque os sinais do Reino de Deus já podem ser percebidos entre nós.

Jesus nasceu, é Natal! Viva o tempo de paz e de justiça que chegou!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Eu não, Cabral

Pode ser que seja o caso de muita gente. Pode ser também que isso tenha se tornado tão normal que até virou coisa banal. No meu caso, desculpe, governador Sérgio Cabral, mas eu nunca tive uma namoradinha que teve de abortar.

Se não houvesse essa banalização da vida e das relações entre as pessoas que supostamente deveriam se amar, você não teria dito sem constrangimentos que abortar, em outras palavras, é apenas um resultado indesejado de uma brincadeira de adolescentes.

Mas se fui eu que me tornei uma rara exceção, confesso que nem percebi. Um exemplar remanescente de uma mentalidade que acredita em preservar a mulher amada, como uma jóia cara e delicada que se prepara para ser a mãe de filhos e filhas, uma rainha cercada de amor e cuidados.

Romântico incurável, nem acreditei que a generalização em sua boca fosse a declaração de um governante que apareceu na política como o "netinho" que defendia o direito das pessoas idosas. Mas o que choca no ato falho perpetrado diante de tantos microfones não é a impudicícia que mal se disfarça atrás de um eventual mea culpa, mas o reconhecimento tácito de que é válido usar as namoradinhas como vaso das fisiologias inconseqüentes de jovens que cedo exibem o caráter aprendido a partir de modelos a eles familiares.

Por haver mandatários sem vontade política de pautar a reeducação de valores que preservem a responsabilidade e o senso de justiça no âmbito familiar é que ainda estamos tão longe de políticas adequadas para conter a AIDS, a gravidez na adolescência, a promiscuidade que excita a juventude e a aproxima da prostituição infanto-juvenil.

A minha namorada da juventude é hoje a mulher com quem sou casado e com quem tenho três filhos. Dou graças a Deus por ela jamais ter conhecido o aborto.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Movimento da Aliança Evangélica

Realizou-se na terça-feira, 30/11, a assembléia que deu início à pretendida Aliança Cristã Evangélica Brasileira (Aceb). Cerca de 200 pessoas de várias regiões do Brasil se reuniram na Catedral Metodista Central de São Paulo, no bairro da Liberdade da capital paulista. O plenário acolheu a proposta do comitê de organização que há cerca de dois anos tem conduzido os trabalhos de consulta e preparação do movimento. Mas o organismo, por enquanto, permanecerá sem personalidade jurídica.

A programação teve início às 8h com as inscrições e o desjejum servido nas dependências sociais da igreja. O pastor luterano Valdir Steuernagel deu as boas-vindas e o bispo anglicano Robinson Cavalcanti fez uma retrospectiva histórica dos movimentos de representatividade por meio de alianças evangélicas, enfatizando o valor do legado dos cristãos do passado. O escritor Ariovaldo Ramos defendeu a busca da postura de unidade na diversidade em prol de uma sólida presença evangélica na sociedade. Representando a Aliança Evangélica Mundial (WEA), Gordon Showell-Rogers saudou a iniciativa de criação da aliança brasileira e disse esperar por uma estreita parceria desta com o organismo que tem filiados de 128 países distribuídos em sete grandes regiões do mundo. Também falaram pela organização Silas Tostes, da Associação de Professores de Missões do Brasil (APMB), Débora Fahur, da Rede Evangélica Nacional de Ação Social (Renas) e da organização não governamental (ong) Visão Mundial e o gestor de ongs Christian Gillis.

Após o almoço, instalou-se uma mesa sob a presidência de Oswaldo Prado, missionário do Serviço para a Evangelização da América Latina (Sepal) e pastor da Igreja Presbiteriana Independente. A assembléia deliberou a aprovação da Carta de Princípios e Diretrizes, com ressalvas de aperfeiçoamento, e acolheu os nomes propostos para o Conselho Geral, que por estar incompleto escolherá três dentre os nomes indicados pelo plenário, para o Grupo Coordenador e para o Conselho de Referência. Apesar de aprovado que a Aceb permaneça sem personalidade jurídica, o Conselho Geral terá até três anos para providenciar a formalização. Perguntas e propostas foram encaminhadas à mesa

Um aspecto que mereceu atenção do plenário foi a manutenção financeira da entidade. Por isso, o Conselho Geral estudará os valores a serem pagos pelos filiados institucionais a partir de um plano de custos. Houve quem tenha preferido avaliar melhor quando e se irá filiar-se, mas já existe uma lista de grupos que decidiu integrar a Aceb mesmo antes de sua existência, entre eles a Igreja Metodista, a Igreja Cristã de Nova Vida e a APMB. A relação foi lida pela mesa, mas não consta das comunicações nem circulou em versão impressa.

Virtual inspirador da aliança, Valdir Steuernagel fez o papel de esclarecer e animar o plenário. Em certo momento falou do compromisso da Aceb em não aceitar em seu quadro de filiados entidades sem compromisso com a ética e os princípios mínimos que definem um grupo como evangélico. Para isso, a sua Carta de Princípios parte do Credo Apostólico e relaciona sete marcas da fé, dez valores do Reino de Deus e sete princípios a serem constantemente seguidos.

No meio da tarde os paulistanos sofreram uma chuva forte que caiu no Centro e muitos se retiraram antes da celebração do culto programado para logo após a assembléia.