sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Qual é o seu medo?

Segundo a Bíblia, medo produz tormento. Ser atormentado – ou castigado, conforme o sentido grego do texto – indica que o medo fóbico (terror) é um algoz, um carrasco que açoita um condenado. Quem quer esse papel? "No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor" (1 Jo 4.18). A lição trazida por João é que, para vencer o medo, é preciso investir no amor. E isto é algo que não se alcança a sós, no isolamento; implica em relacionamento. Na verdade, relacionamentos: um vertical, com Deus, e outros, horizontais, com as pessoas (família, amigos, conselheiros etc.). Quem aposta no amor, cria vínculos e não contatos eventuais, isto é, sem compromisso. Para amarmos, sempre haveremos de nos comprometer, ao ponto da confiança mútua (2 Ts 3.4), de carregarmos as cargas um do outro, no dizer de Paulo, em Gálatas 6.2. Comparando-se o coração a um copo, diríamos que um copo no qual sempre se despejou medo precisa ser posto sob a torrente do amor. Pois o amor, enchendo o copo, vai espelindo o conteúdo anterior – o medo. Portanto, a terapia certa para as fobias humanas é a troca de amor, reciprocidade da confiança e do bem-querer.