sexta-feira, 29 de maio de 2009

TV Globo: Evangélicos bem na fita

É como tenho dito... "Quando a esmola é muita, o santo desconfia".
Há uma história de estranhamento entre Igreja Evangélica e organizações Roberto Marinho (leia-se também os meios de comunicação de massa em geral), não é de hoje. Mas as coisas mudam, como mudou o império romano.
O que acho, porém, é que devemos saber conservar a distância e não comer "do que nos for oferecido" e, assim, preservarmos a nossa autoridade profética. Se com isso eles estão divulgando a Cristo, cumpre-se Fp 1.18 ("Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei"). Não requeremos nem precisamos da ajuda deles; chegamos até aqui pela graça de Deus.
Podemos e devemos prosseguir sem dar a isso medida exagerada. Pedro aconselhou que os irmãos seguissem "mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação" (1 Pe 2.12).
Se hoje, somos vistos um pouco além do estereótipo que tanto nos estigmatizou, que Deus nos habilite a sermos curados dos cacoetes que desenvolvemos ao longo de muitas décadas, os quais, se eram mecanismos de proteção contra o desdém da elite e marcaram a nossa imbricação na base social, por outra fizeram com que nos acostumássemos a ver (ou sentir) a nossa própria “imagem” refletida na sociedade como “persona”, e não como realmente somos.
Precisamos ser a denotação do que Deus nos chamou a ser - i.é., ser a escrita em si - em vez de nos julgarmos mera leitura, eivada de múltiplas interpretações subjetivas e viciada pela expectativa que têm de nós enquanto segmento.