quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Os Eduardos

Eduardo Sabóia, o diplomata brasileiro que providenciou a saída do senador boliviano da embaixada brasileira em La Paz, ao mesmo tempo em que cumpria um gesto humanitário, afrontou com isto os governos brasileiro e boliviano, protagonistas de uma mal combinada retenção em instalações que deveriam servir apenas aos procedimentos diplomáticos, não a prestar-se ao papel de cárcere. A fuga de Roger Pinto Molina, asilado, até o dia 25/08, por cerca de um ano na embaixada, apenas deu início ao suplício do diplomata brasileiro. Embora não lhe haja faltado a coragem de tomar a decisão protelada por autoridades dos dois governos, Sabóia já enfrenta a fúria da presidente Dilma. No imbróglio, caiu o ministro da Relações Exteriores, demitido pela chefe do Executivo. Antônio Patriota já foi substituído pelo embaixador do Brasil na ONU, Luiz Alberto Figueiredo. Pelo tom usado por Dilma em declarações recentes, rechaçando comparações entre a embaixada e a detenção no Doi-Codi, feitas por Sabóia a propósito da permanência do senador Molina na representação diplomática do Brasil na Bolívia, não há dúvidas de que a sindicância a que Eduardo Sabóia será submetido não passa de mera formalidade no afastamento inevitável do diplomata. O futuro de Sabóia na diplomacia é incerto, mas sua empulhação, por driblar o visível "corpo mole" dos governos de ambos os países, é quase certa. Sobretudo por causa das relações cordiais entre as personalidades políticas dos dois lados da fronteira.
Curiosamente, outro Eduardo - o ex-analista de inteligência da CIA e NSA, Edward Snowden - é considerado um criminoso pelo governo dos EUA por ter passado informações sigilosas sobre a espionagem norte-americana em países aliados. Herói da humanidade, para uns, e traidor, para o governo de Barak Obama, Snowden se refugiou na Rússia em meio a um escândalo diplomático. Embora sejam defecções que guardam diferenças essenciais, ambas têm consequências diplomáticas escandalosas. Nos dois casos, o pivô é um Eduardo, cujo significado do nome é "guardião de um tesouro". Coincidentemente, indica a posição dos Eduardos - o brasileiro e o norte-americano - na guarda de algo (ou alguém) enormemente valioso para as relações entre países. Mas, se para Snowden, a entrega dos relatórios obtidos por meio de invasão do sigilo de pessoas, empresas e governos além das fronteiras dos EUA (supostamente por razões de justiça) pode esconder eventual intenção de se auferir alguma vantagem, no caso de Sabóia, o resgate de uma pessoa clinicamente avaliada como desenvolvendo depressão e intenção suicida, parece indicar um arroubo de misericórdia e compaixão.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Verás que um filho teu não foge à luta

Nesta hora de múltiplas reivindicações, vemos que existe muita fome de verdadeiros ideais. E, com fome, pessoas vão, cada uma, à sua luta. <<< QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER >>> Sabemos? Então, podemos fazer a hora. Os verdadeiros manifestantes sabem realizar uma passeata democrática, sem que ela se transforme, via de regra, em baderna? As forças da ordem sabem distinguir quem quer melhorar o país de quem deseja apenas externar vilanias por meio do vandalismo? A sociedade sabe que chegou a hora de mudar e que será avalista da responsabilidade por eventuais mudanças? As elites políticas, culturais e econômicas sabem que as mudanças são uma exigência histórica para a evolução e o futuro? <<< DEMOCRACIA X BARBÁRIE >>> Bafejada pelos ventos dos recentes desdobramentos da Primavera Árabe – que varreu alguns regimes autoritários do norte da África e provocou inquietações no Oriente Médio, dentre elas a guerra civil na Síria, a juventude brasileira toma a vanguarda de reivindicações que vão desde a inconformidade com o preço das tarifas e a qualidade dos ônibus nas capitais, iniciadas em Porto Alegre, e, agora, em todo o país, até a cobrança de responsabilidades de governantes, que supostamente tenham cometido irregularidades e patrocinado a negociação milionária de estádios públicos de futebol com o interesse privado. Preocupa em tais movimentos que a massa queira, eventualmente, substituir a democracia representativa e parlamentar pela democracia direta, nas ruas, com brados e execrações públicas, sem o aprofundamento das discussões e a serenidade do diálogo construtivo. <>< | ><> O movimento em curso é, até certo ponto, amorfo, mas não totalmente descoordenado. O modo como foi se articulando rapidamente, revela alguma coesão e intencionalidade, mas como é comum em ações revolucionárias, o movimento é acéfalo. Não, porém, sem ter quem o pense e a partir dele direcione ações a serem capitalizadas politicamente. A rigor, sempre há quem disso se aproveite, fazendo com que acéfalo signifique, em verdade, sem face, sem um rosto visível, como protagonizado pela camiseta que encobre o rosto ou a máscara revolucionária. Oportunisticamente, há quem deseje, desde sempre, ocupar a posição de conduzir a força popular espontânea. <>< | ><> No último ano e ao redor do mundo, assistimos a movimentos relativamente anônimos como Occupy Wall Street e seus correlatos em outros lugares. Mais recentemente, protestos têm varrido a Grécia, a Turquia e outros países da Europa. Certamente, foram estopins que deflagraram a temporada das marchas de rua. Lá fora, já se chegou à conclusão de que movimentos assim servem apenas para denunciar e colocar em pauta a necessidade de mudança. Protestos em si não operam avanços; apenas propostas dialogadas fazem a sociedade avançar. É preciso haver política e leis. <>< | ><> Um arco de manifestações se formou rapidamente no Brasil, iniciado a partir de reivindicações em torno do transporte coletivo em vários municípios e culminando com o cerco a palácios, prédios e equipamentos públicos, com uma extensa pauta de reivindicações, com maior ou menor grau de violência policial e de vandalismo e provocação gratuita por parte de populares. Um misto de legítima reivindicação com anarquia explícita. O que se vê é uma maioria insatisfeita, que quer expressar seu desagrado com a apatia e a insensibilidade de autoridades, supostamente mancomunadas com políticos corruptos e empresários inescrupulosos. A maioria, protestos pacíficos, mas infiltrados por radicais extremados e desordeiros oportunistas, dedicados a testar as estratégias de reação do Estado. <<< LEVIANDADE E OPORTUNISMO >>> Os facínoras travestidos de cidadãos não representam a população ordeira, assim como policiais que abusam da autoridade e empregam gratuitamente a truculência não honram o papel da instituição pública policial. Não são cidadãos os criminosos que, nesta quinta-feira, 20 de junho, provocaram a reação de força de policiais, no Rio, os que atentaram contra a prefeitura de Belém, ou os que atearam fogo ao Palácio do Itamaraty, em Brasília. Também, não são bons policiais os que se juntaram para agredir repórter, fotógrafo, transeunte. <>< | ><> Transformar a reivindicação popular em moeda de troca de grupos de interesse, infelizmente, não é exceção; é regra. O caudal da leviandade avoluma a enxurrada desse jogo irracional e irresponsável. Os oportunistas de sempre – políticos na maioria das vezes – usurpam a liderança sobre a legitimidade das aspirações populares. Os parvos provavelmente custarão a notar que a sociedade brasileira começa a colher, sob terror, o que suas lideranças têm semeado. O povo começa a ver o fruto de sua letargia moral, de sua inconsciência diante de abusos oficiais, de corrupção com as instituições e o dinheiro públicos. O diabo veio cobrar pela inversão de valores, a desconstrução moral, a impunidade dos crimes do politburo tupiniquim e a farra de orçamentos milionários que estavam no pacote das sobras neoliberais. Essa corte macabra vai degustar o fruto indesejado, de cara com a cobrança histórica que há tempo vem sendo cevada. <>< | ><> No atual contexto, arrependimento é palavra-chave. Desafiar raças de víboras a desistir de seus maus caminhos é, de fato, pautar lideranças nacionais e instituições a partir de valores e princípios que priorizem o povo por meio de ações medianas, não com as bolsas do paternalismo e o elogio à miséria, mas sinalizando com educação, civilidade, justiça efetiva, acesso aos meios de produção, à remuneração digna, para a liberdade com responsabilidade.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Em dezembro de 2012, ao receber o título de Membro Correspondente da Academia Evangélica de Letras do Brasil (Aelb), na sede da academia no Edifício da Bíblia (SBB, Centro do Rio de Janeiro), tive a alegria de ter, como madrinha de meu ingresso àquela casa, minha esposa, a Profª Else Amelia de Moraes Vergara, cujo beijo selou um momento de muita alegria. <>< <>< <>< <>< <>< <>< <>< <>< <>< <>< <>< <>< <>< (fotos de Giuliana Azevedo, Jornal Nosso Tempo) Na primeira foto, aparecem ao fundo, além de alguns dos demais diplomados, o presidente da Aelb, Rev. Guilhermino Cunha, e o jornalista Carlos Bianchinni. Ao lado da esposa e com o diploma em mãos, a marca de uma vocação para as Letras. E conosco, prestigiando o momento singular do casal, a amiga fraterna Heloísa Marinho.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Coisas das quais a nossa história pouco (ou quase nada) conta

Nossa história tem personagens curiosos, mas por alguma razão parece querer ignorá-los. É importante conhecê-los e resgatá-los. --- Dom Obá II d'África --- Cândido da Fonseca Galvão, também conhecido como Obá II D´África, nasceu em Lençóis, BA, em 1845 e morreu no Rio de Janeiro em 1890. Foi um militar brasileiro com atuação na Guerra do Paraguai (1864-1870). Era filho de africanos forros e neto do rei Abiodun, do Império de Oyo. E era também conhecido por Dom Obá II D´África, ou simplesmente Dom Obá. Alistou-se voluntariamente para lutar na Guerra do Paraguai e, devido à sua grande bravura, foi condecorado como oficial honorário do Exército Brasileiro. Depois da guerra, fixou-se no Rio de Janeiro, virando uma figura folclórica e um tanto o quanto caricata da sociedade carioca, sendo até reverenciado como um príncipe real por vários afro-brasileiros. Dom Obá II foi amigo pessoal do imperador Dom Pedro II, tendo o hábito de ir anualmente ao Paço, onde se apresentava como se fosse um governante estrangeiro. Foi defensor da monarquia brasileira, atuou na campanha abolicionista e no combate ao racismo. Uma frase sua sobre o corpo de "zuavos" baianos, em que Cândido teve participação durante a Guerra do Paraguai, foi registrada em uma monografia acadêmica (ver em http://www.palmares.gov.br/wp-content/uploads/2010/11/OS-ZUAVOS-BAIANOS.pdf): "Fui arrojando os meus denodos de bravura não com interesse do leproso ouro causador de todas as desgraças aos infelizes que pelos maus princípios são aconselhados (...), mas sim como esteve sempre em minha mente, que quando voltasse destes campos de batalha queria ver o meu monarca coberto de glória, e tapizando os troféus do tirano que audazmente nos tirou a luva". Com a queda do Império do Brazil, em 1889, Obá II foi perseguido pelos republicanos, que cassaram seu posto de alferes. Morreu logo depois, em julho de 1890.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Igreja Metodista se despede de MARION WAY

Foi cremado, dia 14/05, o corpo do missionário Marion Way, após culto de despedida na Igreja metodista da Gamboa. Além do bispo Paulo Lockmann, diversos pastores e pastoras se uniram ao povo da igreja, que foi, por mais de 50 anos, a quem "seu Mário" procurou servir com dedicação.
Resumo biográfico: Marion W. Way, conhecido no Brasil como "seu Mário", nasceu em 29 de dezembro de 1930, na Carolina do Sul, Estados Unidos da América. Filho de família metodista, participou do Movimento Estudantil Universitário Metodista dos Estados Unidos, do qual um dos objetivos era o fim da segregação racial e a construção da justiça e fraternidade entre todas as etnias e povos. Em 1951, formou-se em Pedagogia. Na Igreja, trabalhou em muitos ministérios e tarefas e, também em 1951, soube que a igreja estava procurando jovens que tivessem experiência no trabalho com juventude para serem enviados a trabalhar em várias partes da África. Sentindo o chamado de Deus na sua vida, Marion foi enviado pela Igreja para trabalhar em Angola, então uma colônia portuguesa na parte sul do continente africano. Sua tarefa era basicamente organizar sociedades de jovens, promovendo acampamentos, congressos, treinamentos e ajudando as igrejas locais a formarem grupos da juventude. Participava regularmente de equipes de pastores, professores e enfermeiras que visitavam as aldeias. Serviu à Igreja Metodista de Angola (fruto missionário da Igreja Metodista dos Estados Unidos) até 1955, quando retornou aos EUA para fazer seu mestrado em Serviço Social e candidatar-se a ter um ministério permanente como missionário. Foi nessa época que conheceu Anita Betts, pois ambos estudaram na mesma escola para missionários. Anita e Mário casaram-se em 1957, em Porto Alegre, no Brasil, e passaram a lua de mel no Rio de Janeiro. Na ocasião, visitaram o Instituto Central do Povo (ICP) e o Acampamento Clay. - "Foi amor à primeira vista", dizia ele em relação ao ICP e ao Brasil. - "Se não houvesse o compromisso com Angola, gostaria de trabalhar aqui", também disse Mário. Mas compromisso é compromisso e assim, em 1958, o casal foi para Angola, onde Mário servira como missionário, para trabalhar no Centro Comunitário, em Luanda. Desenvolveram lá um trabalho sobretudo na área de educação e música. Começava a efervescência do movimento de emancipação nacional em Angola. As igrejas evangélicas, em especial a Igreja Metodista, eram acusadas de "instigar" os angolanos a trabalhar pela independência. Muitos pastores e líderes leigos foram presos ou mortos e outros tiveram de fugir para o Zaire. Em 1961, Mário foi preso, com um grupo de missionários, acusado de "conspirar" e "trabalhar abertamente" a favor da "causa" da independência de Angola. Ficou preso por duas semanas numa prisão especial para "presos políticos", até ser transferido para Portugal, onde, após 3 meses de prisão, e sem uma acusação formal, foi posto em liberdade e expulso do país. Mário conta que a expulsão foi um "privilégio" para ele, por causa de sua nacionalidade norte-americana, pois a maioria dos presos era torturada e assassinada por grupos de extermínio ou da repressão pró-governo de Portugal. Conforme Marion e Anita, a independência de Angola era a bandeira do povo angolano, particularmente do povo evangélico, que, diferentemente da Igreja Católica, não tinha qualquer aliança com o governo colonialista. A maioria da liderança do movimento de independência tinha sido educada em escolas evangélicas. Houve uma repressão muito dura contra os evangélicos em 1961. Na prisão, Mário conversava com os outros missionários presos. Todos temiam que, com a prisão e morte da liderança, o povo evangélico não agüentasse tanta repressão e que a Igreja fosse dispersa, mas graças a Deus, isso não aconteceu. - "Os jovens metodistas usavam aquele distintivo da cruz de malta. Seria muito fácil eles tirarem aquele símbolo para não serem reconhecidos, mas eles faziam questão de usá-lo. Muitos deles 'desapareceram', outros foram mortos", diz Anita. Anita estava grávida quando Mário foi preso. - "A casa já tinha sido apedrejada. Muitas pessoas se refugiavam em nossa casa, fugindo do país e muita gente trazia carta e material que eles queriam que nós entregássemos aos missionários que estavam saindo. Até o dia em que a polícia veio, revistaram a casa e disse pro Mário em inglês: ‘Este é o seu dia!’ Nós tínhamos uma porção daquelas cartas e eu tive de escondê-las na roupa. Eles levaram o Mário nesse dia, depois passaram noutro lugar e prenderam mais três missionários" , conta Anita. "Apesar de sermos todos evangélicos e metodistas, havia, desde que chegamos uma nítida distância entre os irmãos angolanos e nós missionários. A luta era deles, negros angolanos, e nós, missionários, lembrávamos o branco europeu invasor e colonizador, mas naquele mesmo dia em que o Mário foi preso, aquela barreira Deus derrubou por terra. Recebemos uma inesperada visita de um grupo de mulheres, que vieram com o intuito de solidariedade e consolo. Era como se elas dissessem: 'agora sabemos que vocês estão do nosso lado e vocês sabem o que nós sofremos!' A casa foi apedrejada novamente naquele momento, mas não havia medo, somente fé e solidariedade. Estabeleceu-se um vínculo de cumplicidade”, continuou Anita. - “Ficamos sabendo do terrorismo da repressão. Tínhamos, por exemplo, um pastor amigo nosso que, num domingo de manhã, enquanto pregava, sua igreja foi invadida por um grupo de fazendeiros e arrancaram ele do púlpito e ali, defronte da igreja, bateram tanto nele, que ele veio a falecer. Os cristãos metodistas oravam para que pudessem ser fiéis a Deus a ponto de amar a quem torturava, matava e os tratavam tão mal. Tinham a preocupação de serem fiéis ao Evangelho, também durante este período difícil de perseguição. É por isso que eu não aceito e até me revolto com essa tal teologia da prosperidade, que apregoa que é só ter fé, que Deus vai tornar-nos ricos. Então me vem à mente a vida de tantos irmãos e irmãs que tiveram tamanha fé e sofreram prisões, tortura e até mesmo a morte", lembrava Mário. Falando sobre barreiras raciais, Mário testemunhou: - "Trabalhar em Angola foi uma grande mudança em minha vida. Eu era adolescente na igreja dos brancos, que não se misturava com a Igreja dos negros. Creio que foi no movimento universitário a primeira vez que convivi, comunguei e partilhei com irmãos e irmãs negros. Aliás, foi esse movimento universitário que colocou a Igreja Metodista como pioneira na luta contra o racismo e que estabeleceu como bandeira a aproximação e integração entre brancos e negros metodistas. Hoje em dia, a Igreja Metodista nos EUA chama-se Igreja Unida, e tem um só governo, uma só estrutura. Estão acontecendo nos últimos anos as primeiras experiências de pastores negros pastorearem as chamadas 'igrejas de brancos' e de pastores brancos pastorearem as chamadas 'igrejas de negros'. Temos bispos negros e bispos brancos". E Anita confirma: - "Não havia diferenças para mim e Mário capazes de nos impedir a comunhão e o amor, de estabelecer racismo e as crianças, graças a Deus, não vêem isso. Era muito lindo ver nossa filha loira brincar com todas aquelas crianças negras. Amamos profundamente nossos irmãos e irmãs angolanos." Como os dois falavam o português, foram enviados em 1962, pela Junta Geral de Missões da Igreja, como missionários à Primeira Região EcIesiástica da Igreja Metodista no Brasil, onde serviam na qualidade de diáconos da igreja ao Instituto Central do Povo (ICP). Anita, em 1984, foi transferida para servir no Instituto Metodista Ana Gonzaga (IMAG), com a responsabilidade pela educação cristã e outros serviços de apoio às crianças internas. Mário, desde 1983, também participava da Assessoria de Projetos da nossa Região. O casal teve três filhos nascidos em países e continentes diferentes. Evelyn nasceu em Angola, África; Steve nasceu nos Estados Unidos e Dine, nasceu no Brasil. Os três netos são nascidos no Brasil. Motivo de tristeza era ouvir alguém dizer que os missionários metodistas americanos que trabalharam na década de 1960 no Brasil estavam a serviço da CIA (central de espionagem americana) e trabalhando pelo golpe de 1964. Mário afirma que "como parte do contrato da Junta Geral de Missões, é estipulado que os missionários metodistas americanos não tivessem nenhum contato com a CIA ou outro órgão similar. Dos missionários metodistas americanos que conheci nesses anos todos, tanto aqui como em Angola, não sei de nenhum que prestou esse papel. Pelo contrário, nós nos opomos a esse tipo de coisa. Pode ser que isso tenha acontecido com outros missionários, inclusive americanos, mas não com os metodistas. Mas eu pessoalmente nunca conheci e nem soube de nenhum. Pelo contrário, tivemos um dos nossos missionários aqui no Brasil expulso pelo governo militar por ser considerado subversivo, após publicar alguns artigos sobre a brutalidade dos militares e das prisões de estudantes, por exemplo". Sobre este mesmo tema, Anita conta que, em abril de 1965, recebeu uma carta de uma tia dos EUA em que, num parágrafo, ela queria saber notícias da família Way, porque estava preocupada por ouvir muitas notícias sobre o que andava acontecendo no Brasil. Já num outro parágrafo, ela comenta que estava muito contente porque o bispo Dossey estava nos EUA e fazendo tanto pela Causa. - "Só isso que ela falou. Aí, quando eu vi isso - que engraçado! - já fazia tanto tempo que o bispo Dossey já tinha ido, por que ela estava escrevendo isso agora? Foi então que reparei que a carta havia sido escrita em abril de 1964 e ela havia sido aberta pela censura, eles ficaram com nossa carta durante um ano!" Em julho de 1997, Marion e Anita aposentaram-se e, apesar de duas filhas estarem residindo nos EUA, preferiram continuar vivendo no Brasil. - "Aqui estão os amigos; uma boa parte da vida!", contam. Adaptado de www.metodistavilaisabel.org.br

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Aliança Evangélica repudia suposta maldição sobre negros

Nota de Esclarecimento e Repúdio Quanto a Suposta Maldição sobre Negros e Africanos Pronunciamento da Aliança Cristã Evangélica Brasileira A Aliança Evangélica vem a público para repudiar o uso inadequado das Escrituras Sagradas, a Bíblia, juntamente com as interpretações e afirmações daí decorrentes, especificamente as feitas quanto a supostas maldições existentes sobre africanos e negros. Afirmações desta natureza são fruto de leitura mal feita de parágrafos bíblicos, tomados fora do seu contexto literário e teológico, que acabam por colaborar com os interesses de justificar pensamentos e práticas abusivas, contrárias ao espírito da Palavra de Deus, cujo foco está na Justiça, na Libertação e na promoção da Vida e Dignidade Humana. O texto em questão, que tem servido de pretexto para declarações insustentáveis, tanto em púlpitos, redes sociais, na tribuna do Parlamento e até protocoladas junto à Justiça Federal, sob o manto da imunidade parlamentar, versa sobre o significado da passagem bíblica encontrada no Livro de Gênesis capítulo 9, versos 20 a 27. Nessa passagem Noé, embriagado, despe-se e assim é surpreendido por seu filho Cam que, ao invés de manter a discrição e o respeito devidos ao pai, o anuncia aos seus irmãos; estes se recusam a ver o pai nesse estado e, sem olhar para ele, cobrem-no com uma manta. Desperto Noé, ao saber da postura de seu filho Cam, amaldiçoa seu neto Canaã, filho de Cam, destinando-lhe a servidão. O equívoco em questão dá a entender que a maldição proferida pelo patriarca bíblico contra Canaã, seu neto e filho de Cam, atinge os seres humanos de tez negra que habitaram, originariamente, o continente africano, o que explicaria os vários infortúnios em sua história passada e presente, culminando no longo período em que foram feitos escravos no Ocidente; e que o ato de Cam em ver a nudez de seu pai, mais do que um desrespeito, indica um ato de violação sexual por parte de Cam. Queremos salientar enfática e categoricamente: Primeiro, Cam teve outros filhos: Cuxe, Mizraim e Pute, e somente Canaã foi amaldiçoado. Segundo, embora o comportamento inadequado descrito no texto bíblico tenha sido o de Cam, filho de Noé, o objeto específico da maldição foi Canaã, o neto de Noé. [Segundo Orígines, um dos pais da Igreja, do sec. III, Canaã foi quem avisou seu pai sobre a situação do seu avô, publicando o que deveria ter mantido sob reserva]. Amaldiçoar, no senso bíblico, não determina a história, mas descreve a consequência da quebra dum princípio estabelecido pelo ato desrespeitoso; portanto, significa a percepção de efeitos e desdobramentos de um comportamento específico. Ou seja, a postura de Cam e de seu filho Canaã estabelece um padrão comportamental que resultaria numa situação de inversão paradoxal, onde alguns dentre os descendentes de Canaã se tornariam dominados e serviçais dos seus irmãos. Terceiro, Canaã, neto de Noé, foi habitar e estabeleceu-se na região a oeste do rio Jordão, até a costa do Mediterrâneo (sudoeste da Mesopotâmia), onde os descendentes de Canaã desenvolveram práticas absurdas, inclusive o sacrifício de crianças, e não no continente africano! Quarto, é de entendimento entre os teólogos especialistas no Velho Testamento que a maldição profética de Noé sobre Canaã foi cumprida quando da conquista da região povoada pelos descendentes de Canaã, os cananeus, por parte dos filhos de Jacó, sob o comando de Josué há mais de três milênios. Quinto, a maldição proferida sobre Canaã pelo seu avô Noé significou uma percepção e discernimento sobre uma tendência comportamental de um grupo humano, antevendo o resultado de uma corrupção cultural e civilizatória específica e localizada, e em consequente servidão, e de modo nenhum faz referência à cor da sua pele. Sexto, não há nada, absolutamente nada, nem neste texto bíblico em foco nem na Escritura como um todo, que indique qualquer maldição sobre negros e africanos, e muito menos algo que justifique a escravidão. Sétimo, o texto bíblico precisa ser lido em seu contexto imediato e considerado à luz da totalidade da Escritura, como saudáveis práticas de interpretação bíblica nos ensinam. De acordo com o próprio capítulo 9 de Gênesis, verso 1 e seguintes, é indicado que o desejo de Deus e sua promessa visam abençoar, dar vida, alimento e todo o necessário para o desenvolvimento de todos os descendentes de Noé, seus filhos e de toda a família humana. A declaração divina de abençoar a Noé e seus descendentes é firme e abrangente, e não pode ser contestada ou reduzida pela declaração relativa e descritiva de Noé a respeito de seu neto. Oitavo, Deus reafirma o desejo de abençoar a toda a humanidade, a todas as famílias da terra, raças e etnias no episódio descrito na sequência da narrativa bíblica, quando da vocação de Abrão (Genesis 12), intenção que tem seu ápice e culminância na pessoa, vida e ministério de Jesus e continuado em curso na Igreja. Em Cristo, toda maldição é destruída e uma Nova Criação é estabelecida, sendo chamados a participar deste novo concerto todas as nações, etnias, raças, povos e famílias de todas as terras e da Terra toda, sendo revogadas assim todas as maldições e oferecida salvação a todas as pessoas. Nono, a alegada violação sexual de Cam a Noé não é sustentada pelo texto. A citação do texto da lei de Moisés que chama a violação de descobrir a nudez não dá suporte a tal alegação, uma vez que os verbos usados são diferentes na raiz e no significado: no primeiro caso, trata-se de observação a distância; e, no segundo caso, trata-se de ato deliberado contra outrem. Décimo, toda vez, na história, que esse texto foi aventado a partir dessa hipótese vulgar, tratou-se de ato de má fé a serviço de interesses escusos, seja quando usado para justificar a escravidão de ameríndios no Brasil colonial, seja quando usado para justificar a escravidão dos africanos de tez negra, seja quando utilizado para a elaboração de sistemas legais de segregação social como o que ocorreu nos Estados Unidos, seja quando usado para justificar a política nefasta e mundialmente condenada do apartheid. Tal leitura equivocada da Escritura corre o risco de ser vista como suspeita de esconder outros interesses de natureza política, econômica e de dominação social e religiosa. Não há nenhum apoio bíblico para defender qualquer maldição sobre negros ou africanos, que fazem parte, igualmente e em conjunto, da única família humana. Lamentamos o equívoco provocado por tal vulgarização do texto bíblico, bem como a banalização quanto ao conteúdo de nossa fé, assim como repudiamos qualquer tentativa, intencional ou não, de uso inadequado do texto para quaisquer fins que não o de promover a vida, a libertação e a justiça, como a própria Escritura expressa muito bem. Brasil, 07 de abril de 2013 Aliança Cristã Evangélica Brasileira www.aliancaevangelica.org.br Fonte: http://www.aliancaevangelica.org.br/index.php/2011-08-19-13-59-20/noticias-alianca/item/141-rep%C3%BAdio-a-suposta-maldi%C3%A7%C3%A3o-sobre-negros-e-africanos

quinta-feira, 21 de março de 2013

Pronunciamento da Convenção Batista Brasileira (CBB): Estatuto da diversidade sexual (parcial)

A Convenção Batista Brasileira, reunida em Aracaju, SE, no mês de janeiro de 2013, foi muito feliz ao se pronunciar sobre o Estatudo da Diversidade Sexual com o texto produzido por sua Comissão de Altos Estudos: Considerando que as liberdades de consciência e religiosa são princípios fundamentais garantidos pela Constituição (Art. 5º, IV, VI e VIII), nós, Batistas da CBB, fundamentados no princípio de liberdade religiosa, somos compelidos por nossa fé cristã a nos pronunciar em defesa das citadas liberdades (...) Finalmente, rejeitamos qualquer instrumento de coerção que nos force a concordar com práticas inconstitucionais e antibíblicas. Por sinal, vale enfatizar que esse Estatuto é inconstitucional, ilegal, heterofóbico e cristofóbico. Sabemos que quando os poderes terreno e divino colidem, nossa obrigação “obedecer a Deus, e não a seres humanos” (At 5.29). Portanto, nenhum poder na terra — seja cultural ou político — nos forçará ao silêncio ou à acomodação. Comissão de Altos Estudos da Convenção Batista Brasileira, Pr. Dr. David Bowman Riker, relator. Aracajú (SE), 29 de Janeiro de 2013.

domingo, 3 de março de 2013

O papa de costas

São visíveis os sinais de decadência do papa emérito Bento XVI. E provavelmente foram fortes os motivos de sua renúncia à cátedra papal. Mas podem não ter sido os únicos, conforme se especula. Há, por toda parte, intensos rumores de que intrigas tremendas poderiam gerar um colapso da Santa Sé. Aventa-se que, dentre os fatores que levaram Joseph Ratzinger, a abdicar do pontificado, uma ou mais causas seriam pederastia e abusos envolvendo padres e altos dignitários católicos, manobras inconfessáveis com dinheiro do Vaticano, até chantagem e espionagem políticas. Pode ser; pode não ser. Fato, porém, é que a renúncia do papa, no mínimo, poupa a igreja romana de um imensurável constrangimento, caso se provasse que ele foi vítima direta de alguma sórdida ameaça. Inocente ou não, Bento XVI seria peça importante em qualquer esquema desses. Sua inesperada aposentadoria corta boa parte da virulência de tais escândalos, mesmo que não possa impedir totalmente a especulação e algum prejuízo da imagem institucional. Por isso, ao se isolar em Castelgandolfo, o velho inquisidor pode estar, de fato, prestando o seu maior serviço à fé católica e levando para o silêncio do claustro o segredo acerca desse imbróglio.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Motivos para agradecer

1 Ts 1.2-3: “Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” Você já reparou que algumas pessoas, às vezes, e outras, o tempo todo, queixam-se de quase tudo? Veem a vida com pessimismo e descrença, sem esperança nem alegria. Não há gratidão. Porém, quando desenvolvemos o hábito de agradecer, invertemos a cultura da queixa, da lamúria e da insatisfação. A Bíblia contém muitas referências a uma atitude de gratidão. Ela não endossa a alienação nem a ausência de crítica, mas aconselha uma conduta pautada pelo reconhecimento de que há motivos suficientes para sermos gratos pela vida. Numa dessas referências, Paulo diz que, sem cessar, orava agradecendo por três características da comunidade cristã em Filipos, na Grécia: fé operosa, amor abnegado e firme esperança. Aquelas pessoas exibiam uma fé que ia além da teoria religiosa e da mística oca, sem concretude. Elas tinham uma fé posta em prática, que realizava coisas relevantes e concretizava benefícios no dia-a-dia das pessoas. De certo era uma fé marcada pela atitude mais que por palavras. Nossa fé deve exercer ações que promovam o bem, a justiça e a verdade. Em Filipos, membros da igreja cristã eram distinguidos pelo seu amor abnegado. O que realçava a qualidade do amor desses crentes de Filipos era a abnegação. Eram desapegados de interesses mesquinhos e egoísticos, eram solícitos e se dispunham a sacrificar-se pelos demais, às vezes, renunciando aos interesses próprios em favor de quem precisava mais. Finalmente, tinham uma firme esperança nas promessas de Deus sobre justiça e paz. Por isto, seguiam o ensino dos apóstolos quanto a esperar pela plenitude do Reino de Deus entre nós e a vinda gloriosa de Jesus para instalar sua Igreja na eternidade. Mesmo diante das perseguições, das guerras que traziam sofrimento, das enfermidades que ceifavam vidas e de tantas dificuldades das quais fala a história humana, a esperança se renovava. Oração: Senhor, aviva em mim qualidades que me tornem uma pessoa de fé e alguém disponível para socorrer e amparar. Aumenta em mim a esperança, dá-me uma visão espiritual da realidade, para que eu enxergue além da realidade que me cerca, e torna-me uma pessoa agradecida pela herança de Jesus. Por este nome eu oro. Amém.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Adeus, Ratzinger: "game's over!"

Adeus, Joseph Ratzinger! Soube chegar ao cargo, soube também sair. Muitos anseiam chegar aos píncaros da carreira. E o ex-secretário de João Paulo II percorreu esse caminho. Mas nem todos sabem a hora de deixar a posição. O controverso cardeal alemão, porém, que serviu nas fileiras das forças nazistas e foi acusado de omissão sobre casos de pedofilia em que se envolveram membros do clero, dá uma lição de racionalidade e agora quebra o paradigma de quase seis séculos em que pontífices definham na cátedra papal até dela saírem em um esquife. Ele preferiu sair andando, com as magras pernas de idoso, aos 85 anos, para assumir uma cadeira mais modesta. Da atual tendência de os próximos papas serem eleitos com prazo de validade mais curtos e em meio ao ocaso da relevância do cargo, Ratzinger é o primeiro concebido para as mudanças instantâneas e entendeu o presente. Hoje, com a história sendo escrita em rascunhos da virtualidade, para quê um papa pontificar por décadas? Pelo visto, Ratzinger tomou "Simancol" e enxergou a hora de dizer: - "Fui!".

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Renan Calheiros de volta à presidência do senado

O senador alagoano Renan Calheiros está de volta à testa do Senado Federal. Mas haja defesa para tantas acusações que pesam sobre Calheiros! O direito de defesa deve ser amplo para todos, até para Renan Calheiros, que responde por crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Há, contudo, quem o defenda; por exemplo, José Dirceu, condenado por corrupção pelo STF. A "barbada" nessa eleição, com mais de cinqüenta de seus colegas dando-lhe vitória folgada sobre Pedro Taques (PMDB-MT), só reforça o que, conforme demonstram pesquisas de opinião, pensa a maioria dos brasileiros sobre a classe política. E ainda querem que a juventude tenha ideais e se anime a ir democraticamente às urnas.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Paulo Lockmann quer seminaristas no Seminário Regional Bispo César Dacorso Filho

As marchas e contra-marchas do curso de teologia do Centro Universitário Bennett ficaram no passado. Já foram feitos os vestibulares para início das atividades do seminário teológico da 1ª Região Eclesiástica da Igreja Metodista. O retorno do curso ocorre após a decisão pelo encerramento das atividades da faculdade de teologia do Instituto Bennett, que funcionará apenas até a conclusão dos estudos dos alunos que já estavam matriculados. Com o início do Seminário Teológico Bispo César Dacorso Filho, a 1ª RE dará preferência a candidatos que obtenham sua formação nesta instituição. Por isso, o bispo Lockmann está incentivando os pastores da região a que, em cada igreja, orientem membros com chamado pastoral a estudar no seminário regional, matriculando-se no curso livre de teologia. O reitor do seminário é o reverendo Levy Bastos.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

BENNETT: Situação crucial é motivo de preocupação

Matéria publicada em O Globo nesta quinta-feira, 31/01/2013, traz grande preocupação à comunidade acadêmica e expõe a Igreja Metodista. É importante orar e que pessoas competentes façam o que puderem fazer de melhor pelo Centro Universitário Bennett. A matéria está acessível em http://oglobo.globo.com/educacao/centro-universitario-bennett-vai-ser-fechado-no-segundo-semestre-7443137#ixzz2JVnlFtto.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Adeus a Ivy Dyer

Ivy Anita Dyer, 89 anos, uma das pioneiras da Igreja Ação Evangélica, com sede em Patos-PB, faleceu na noite da quinta-feira, dia 25/01/2013. O óbito da gentil anciâ ocorreu em casa, cercada por seus familiares, que oravam e cantavam emocionados. O serviço fúnebre foi na sede da Ação Evangélica – ACEV, na cidade de Patos. Além de sua filha Elizabeth Louisa Medcraft, a missionária Betinha, e o genro, Pastor John Phillip Medcraft, compareceram à despedida outros familiares, amigos e evangélicos da Paraíba, de outras regiões do Brasil e do exterior. Ivy Anita Dyer nasceu no dia 24 de maio de 1923 no Condado de Hampshire – Inglaterra. Em 1948 casou-se com o Pastor Frank Dyer, falecido em 1987. O casal veio para o Brasil em 1949, numa viagem que durou um mês até chegarem a Recife. Serviram por décadas ao propósito da implantação do Evangelho no Nordeste. Irmã Ivy deixou cinco filhos, 11 netos e dez bisnetos. Dedicou 64 anos à evangelização do Sertão nordestino. Na despedida, compareceram alguns pastores: Entre eles, John Medcraft dirigiu o culto e Lindon Carlos, Wostenes, Salvador e Cesário falaram acerca da irmã Ivy. (baseado em relatos de Jozivan Antero – Patosonline.com e John P. Medcraft)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

SBB apoia flagelados na Baixada Fluminense

A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) também está mobilizada para atender as vítimas das chuvas em Xerém, Belford Roxo e Duque de Caxias, RJ. Além do apoio no repasse de doações de material de higiene pessoal, limpeza em geral, roupas de criança e roupas de cama, a SBB fará doações de material bíblico que leve esperança. As doações devem ser entregues nos postos da Sociedade Bíblica do Brasil: Avenida Brasil, 12.133 e Rua Buenos Aires, 135, no Rio de Janeiro.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Socorro cristão é solidário com população de Xerém

Anônimos de Cristóvão, Mantiqueira, Café Torrado e Ponto Final ajudaram a salvar flagelados e continuam a dividir o pouco que têm com quem perdeu tudo na tragédia em Xerém, no município de Duque de Caxias, RJ, onde as vítimas das chuvas despertam também ações por parte de evangélicos e católicos. Além da ajuda imediata vinda de vizinhos, doações estão sendo encaminhadas à população afetada. O esforço de igrejas e vizinhos tenta minorar a aflição da população local depois do transbordamento repentino do Rio Capivari. As doações podem ser recebidas na Igreja Batista: Rua Ernani 13, na Praça de Xerém. Na Igreja Metodista Wesleyana, na Estrada Rio do Ouro, quadra 51. Na Igreja Metodista do Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, há um posto de recolhimento de donativos para serem encaminhados às vítimas em Xerém. Pessoas desabrigadas foram levadas para igrejas metodistas, na Praça de Mantiqueira e outra próximo onde uma ponte caiu. A Igreja Católica também recebeu pessoas desalojadas.