sábado, 9 de maio de 2009

Voto de desconfiança

Um ministro de Estado também tem direito a ter opinião pessoal. Mas, dependendo da opinião do ministro, pode merecer não mais contar com o respaldo popular. Parece ser o caso do ministro Carlos Minc, que se posicionou publicamente a favor da descriminalização do uso da maconha.
Afora o direito de Minc de preferir que a sociedade brasileira libere o uso da maconha e, depois, tenha de conviver com as conseqüências, a rigor, ao colocar o ministro a sua estrela em público para defender essa aberração dos costumes, fere no mínimo a sensibilidade das famílias que temem a invasão da droga em seu meio. Nem é preciso dizer o quanto isso arrepia àqueles lares devastados em que a droga insidiosamente se instalou a partir de hábitos tratados com desleixo e inconseqüência. Sob o equívoco de se invocar o direito dos adultos de escolherem usar a maconha, esconde-se o futuro sombrio de crianças que estarão expostas ao mal e terão os seus destinos selados como os drogados de amanhã.
Fumar maconha, embora não se reconheça, é apenas a porta de entrada para uma avalancha de outras drogas. O ministro, portanto, prestaria melhor serviço à Nação se fosse a público defender limitações e proibições a outros vícios já instalados.
A atitude merece, não aplausos, mas a desconfiança.