quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Movimento da Aliança Evangélica

Realizou-se na terça-feira, 30/11, a assembléia que deu início à pretendida Aliança Cristã Evangélica Brasileira (Aceb). Cerca de 200 pessoas de várias regiões do Brasil se reuniram na Catedral Metodista Central de São Paulo, no bairro da Liberdade da capital paulista. O plenário acolheu a proposta do comitê de organização que há cerca de dois anos tem conduzido os trabalhos de consulta e preparação do movimento. Mas o organismo, por enquanto, permanecerá sem personalidade jurídica.

A programação teve início às 8h com as inscrições e o desjejum servido nas dependências sociais da igreja. O pastor luterano Valdir Steuernagel deu as boas-vindas e o bispo anglicano Robinson Cavalcanti fez uma retrospectiva histórica dos movimentos de representatividade por meio de alianças evangélicas, enfatizando o valor do legado dos cristãos do passado. O escritor Ariovaldo Ramos defendeu a busca da postura de unidade na diversidade em prol de uma sólida presença evangélica na sociedade. Representando a Aliança Evangélica Mundial (WEA), Gordon Showell-Rogers saudou a iniciativa de criação da aliança brasileira e disse esperar por uma estreita parceria desta com o organismo que tem filiados de 128 países distribuídos em sete grandes regiões do mundo. Também falaram pela organização Silas Tostes, da Associação de Professores de Missões do Brasil (APMB), Débora Fahur, da Rede Evangélica Nacional de Ação Social (Renas) e da organização não governamental (ong) Visão Mundial e o gestor de ongs Christian Gillis.

Após o almoço, instalou-se uma mesa sob a presidência de Oswaldo Prado, missionário do Serviço para a Evangelização da América Latina (Sepal) e pastor da Igreja Presbiteriana Independente. A assembléia deliberou a aprovação da Carta de Princípios e Diretrizes, com ressalvas de aperfeiçoamento, e acolheu os nomes propostos para o Conselho Geral, que por estar incompleto escolherá três dentre os nomes indicados pelo plenário, para o Grupo Coordenador e para o Conselho de Referência. Apesar de aprovado que a Aceb permaneça sem personalidade jurídica, o Conselho Geral terá até três anos para providenciar a formalização. Perguntas e propostas foram encaminhadas à mesa

Um aspecto que mereceu atenção do plenário foi a manutenção financeira da entidade. Por isso, o Conselho Geral estudará os valores a serem pagos pelos filiados institucionais a partir de um plano de custos. Houve quem tenha preferido avaliar melhor quando e se irá filiar-se, mas já existe uma lista de grupos que decidiu integrar a Aceb mesmo antes de sua existência, entre eles a Igreja Metodista, a Igreja Cristã de Nova Vida e a APMB. A relação foi lida pela mesa, mas não consta das comunicações nem circulou em versão impressa.

Virtual inspirador da aliança, Valdir Steuernagel fez o papel de esclarecer e animar o plenário. Em certo momento falou do compromisso da Aceb em não aceitar em seu quadro de filiados entidades sem compromisso com a ética e os princípios mínimos que definem um grupo como evangélico. Para isso, a sua Carta de Princípios parte do Credo Apostólico e relaciona sete marcas da fé, dez valores do Reino de Deus e sete princípios a serem constantemente seguidos.

No meio da tarde os paulistanos sofreram uma chuva forte que caiu no Centro e muitos se retiraram antes da celebração do culto programado para logo após a assembléia.