quinta-feira, 26 de março de 2009

“Peixe de Tróia” vai para o samburá

Na noite de quarta-feira, dia 24/03, foi arquivado o que se chamou de “peixe de Tróia”, um casuísmo que a deputada federal Irini Lopes (PT-ES) incluiu sob o nome de Emenda 34 ao PL 3960/2008, um projeto de lei de autoria do Poder Executivo que trata da criação do Ministério da Pesca e Aquicultura. O projeto do governo, cujo relator é o deputado José Cirilo (PT-CE), teve o seu texto aprovado e deixou de fora a Emenda 34.

Na manobra de resistência à emenda, teve destaque a “Frente Parlamentar Evangélica”, um movimento suprapartidário que inclui parlamentares da Câmara e do Senado. Porém, mais uma vez ficou patente que os políticos alinhados aos princípios da Igreja Evangélica precisam de assessoria que se dedique a acompanhar projetos de lei e suas emendas tramitando na casa, pois o sinal de alerta surgiu casualmente, mobilizando, de improviso, os parlamentares. Em geral, o povo não sabe o que se passa nas casas legislativas e, por não terem informação dos trabalhos legislativos, muitas vezes criticam a inoperância dos políticos.

Aparentemente, a deputada do PT capixaba desejava preservar o que julga ser direito da minoria GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e travestis) e queria ver criado, dentro do Ministério da Pesca, um Conselho Nacional GLBT com vários cargos DAS (Direção de Assessoria Superior), uma página vergonhosa da vida parlamentar que iria equiparar essa “gaiola das loucas” aos Conselhos da Criança e do Adolescente, Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência e Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, em mais uma iniciativa patrocinada pela agenda gay.

O próximo passo da tramitação é o PL 3960 ir para o Senado e os senadores cristãos precisarão estar atentos ao que aconteceu na Câmara dos Deputados, para evitar que, na discussão e votação da matéria, o “peixe de Tróia” volte em outra onda.


ILSTRAÇÃO: PEIXES CÓMICOS COR-DE-ROSA © Derocz Dreamstime.com

terça-feira, 24 de março de 2009

Júlio Severo é entrevistado por uma revista gay

Júlio Severo é escritor. O pastor evangélico Júlio Severo é considerado um dos pioneiros na utilização de um blog dedicado aos temas de interesse cristão, ético e político. Ele se tornou mais conhecido por seus textos contra o movimento homossexual e a ideologia de esquerda.
Aqui você verá as respostas de Júlio Severo que poderão estar, se não sofrerem cortes, em uma revista 'gay'. Vale a pena conferir o texto completo dessa entrevista e chegar a conclusões sobre um tema que é por natureza muito polêmico.
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Pergunta: Chamo-me … e sou jornalista do site e revista …. Estou fazendo uma reportagem sobre o PLC 122/06 e gostaria de lhe fazer algumas perguntas, tudo bem?
Julio Severo: Tudo bem, …. Fico muito feliz de poder expor aos leitores de sua revista minhas convicções cristãs acerca do PLC 122/06, sem nenhum constrangimento. Vejo hoje homens e mulheres que, em suas convicções pessoais, são movidos por diversos tipos de ideologias: marxista, socialista, feminista, homossexualista. Não existe ser humano conviccionalmente neutro. É dentro dessa realidade humana inescapável que responderei às suas perguntas, basicamente movido pela visão cristã.

Pergunta: Uma das suas afirmações a respeito do movimento homossexual é, “O aumento da promiscuidade sexual provoca diretamente o aumento da violência e da criminalidade na sociedade”. Na sua opinião, a promiscuidade está apenas ligada a homossexualidade?
Julio Severo: A promiscuidade abrange diferentes escolhas e impulsos fora dos padrões da normalidade. O sexo normal existe para a constituição de um lar formado por um homem e uma mulher que se complementam naturalmente para a procriação, criação, educação e desenvolvimento de filhos. A homossexualidade é uma das escolhas e impulsos dentro do universo da promiscuidade que foge a essa realidade, deturpando-a.
Embora a condenação de Deus ao pecado homossexual esteja presente na Bíblia há milhares de anos, as igrejas da sociedade ocidental praticamente não mencionavam a sodomia dos púlpitos. O que era mais focado nas mensagens cristãs era o bem-estar social e familiar, destacando-se os perigos e desvantagens do sexo fora do casamento natural e as vantagens e bênçãos do sexo conjugal natural. No entanto, com a ampla promoção da agenda gay, o assunto homossexual se tornou onipresente e praticamente obrigatório nos meios de comunicação liberais. Tal exposição inescapável e constante da agenda gay fez com que os cristãos não mais pudessem evitar um tema discutido com tanta freqüência, obcecação e exagero na sociedade moderna.
A boa notícia é que diante da imensa crise de sexo loucamente livre na sociedade as igrejas cristãs saudáveis, com base no Evangelho, ministram para pessoas oprimidas pela imoralidade sexual, inclusive adultério, pornografia, homossexualismo, etc.


Pergunta: O senhor é contra o PLC 122 em sua totalidade ou apenas em alguns pontos do projeto de lei?
Julio Severo: O PLC 122/2006 e outros projetos de lei semelhantes são, na totalidade ou não, a legislação do ódio.Os militantes gays afirmam categoricamente que esses projetos dão apenas igualdade aos homossexuais. Homens e mulheres têm direito a casamento (civil e religioso) e adoção de crianças? Então “privar” indivíduos que praticam o homossexualismo dos mesmos direitos será tratado como preconceito e discriminação?Além disso, há pessoas que têm opiniões contrárias às práticas homossexuais com base médica, filosófica, científica, moral, cristã, etc. Tanto o PLC 122 quanto outros projetos semelhantes silenciarão legalmente essas opiniões. Antes da aprovação desses projetos, cristãos já têm sido perseguidos por criticarem a agenda gay. Eu mesmo — que nunca matei, nem bati, nem arranhei homossexuais — fui denunciado por “homofobia” ao Ministério Público Federal já em 2006, exclusivamente porque exerço meu direito constitucional de livre expressão de dizer que a conduta homossexual é imoral, contrária a vontade de Deus expressa na Bíblia, nociva à família e à sociedade, etc.Com a aprovação do PLC 122, o silêncio será obrigatório e pessoas como eu estarão em perigo real de ir para a cadeia apenas por ter posições legitimamente cristãs e bíblicas sobre o homossexualismo e sobre a agenda gay.Entretanto, o que muitos não percebem é que tanto o PLC 122 quanto outros projetos apresentam, junto com a inventada categoria de “orientação sexual”, categorias oficialmente aceitas de não discriminação, tais como raça e religião.Seguindo a lógica da igualdade utilizada pelos ativistas homossexuais, os cristãos, os espíritas, os muçulmanos e outros religiosos poderiam também processar para silenciar os promotores da agenda gay de manifestarem seus pensamentos e idéias, atiçando o Estado contra eles e reivindicando muito dinheiro para isso — exatamente como os próprios militantes gays estão fazendo. Igualdade é igualdade.Tecnicamente, os mesmos abusos e agressões legais que os ativistas gays querem impor por meio do PLC 122 também poderiam ser impostos por religiosos. Tecnicamente, com o PLC 122 os cristãos deveriam sistematicamente usar o Estado e suas leis para silenciar e punir toda opinião homossexual contra o Cristianismo. Mas os ativistas gays sabem que os cristãos não têm essa agressividade. Eles sabem que os cristãos jamais recorrerão ao Ministério Público Federal para fechar sites que contenham promoção da agenda gay e hostilidade anti-cristã. Daí, vê-se que não existe igualdade de agressividade, pois só os ativistas gays é que querem agredir e silenciar. Diante dessa realidade, para quê aprovar o PLC 122?

Pergunta: A reivindicação do movimento LGBT em prol do PLC 122 não é justa, visto que muitos homossexuais são espancados e assassinados por conta de sua orientação sexual. Gostaria de saber o ponto de vista do senhor a respeito da questão.
Julio Severo: Estão sendo assassinados milhares e milhares de homossexuais e o governo nada faz? Isso não é verdade, pois todos os cidadãos brasileiros, independente de suas opiniões e comportamentos, são igualmente protegidos pela mesma lei brasileira. Todos os assassinatos são punidos pela lei. A impunidade e a criminalidade atingem a todos os brasileiros. Além disso, os homossexuais são bem menos assassinados do que a população geral. Nos últimos 25 anos, mais de 800 mil brasileiros foram assassinados. Desse número, quantos eram gays? Se fossem 10%, o número de homossexuais assassinados seria 80 mil. Se fosse apenas 1%, 8 mil assassinatos homossexuais estariam registrados. Entretanto, nos últimos 25 anos, de acordo com informação do próprio Grupo Gay da Bahia, apenas 2.511 homossexuais foram assassinados. Quem precisa mais de proteção?Há outros fatores também. Desse número bem pequeno de homossexuais assassinados, muitos estavam em zonas criminais, a altas horas da madrugada, em ambientes de drogas e prostituição. Sem mencionar o fator do crime passional, onde o assassino é muitas vezes amante da vítima, tão homossexual quanto ela. Já que está comprovado que não há centenas de milhares de homossexuais assassinados no Brasil, torna-se bastante suspeita a argumentação de que é preciso aprovar depressa leis anti-“homofobia” a fim de diminuir o número de assassinatos homossexuais. Qual é então o propósito da aprovação do PLC 122?Em julho de 2007, quatro dias antes de o meu blog ser censurado por pressão de ativistas homossexuais, o escritor homossexual Fabrício Viana, respondendo a outro ativista que perguntava se dava para me calar agora, disse: “Por enquanto não. Se a lei anti discriminação for aprovada, isso é, homofobia tornar-se crime, aí sim poderemos fazer algo. Por isso todo esse povo ai, religioso, esta fazendo uma muvuca para que a lei anti discriminação não seja aprovada (pois todos eles poderão ser repreendidos). ”Por enquanto, não há no Brasil nenhuma lei federal contra a chamada “homofobia”, mas o Pr. Ademir Kreutzfeld, de Santa Catarina, foi judicialmente perseguido por “homofobia”. Eu mesmo estou sob várias ameaças oficiais por homofobia. O que será de mim, um cristão que nunca agrediu homossexuais e que tem crianças pequenas para criar e educar, se o PLC 122 for aprovado? É justo que minhas opiniões cristãs sejam rotuladas como criminosas só porque um Estado socialista autoritário quer mudar as leis apenas para satisfazer os caprichos ideológicos de uma minoria birrenta e sedenta de autoritarismo voraz?Se a causa homossexual fosse realmente justa, não seria necessário inflar estatísticas. Não seria também necessário, como denunciou o Senador Magno Malta, que Fátima Cleide, a relatora petista do PLC 122, o incluísse para votação às 5h30min da madruga, bem às vésperas do feriado de Natal. Malta declarou em denúncia pública: “A manobra sórdida para aprovar o Projeto sem debate de legalidade alvitrando a Constituição Federal, desrespeitando o inalienável direito à opinião da maioria dos outros senhores senadores é, no mínimo repugnante. Ao tentar incluir em pauta, no apagar das luzes, com parlamentares já cansados dos exaustivos últimos dias de trabalho, preparavam o golpe político de votar por acordo de lideranças e sem a presença de quem, de direito, solicitaria verificação de ‘quorum’. A aprovação do projeto visa mudar o comportamento social, eliminando a influência da família e da igreja sobre o indivíduo, ao mesmo tempo que dá ao Estado socialista o poder total sobre o indivíduo, com objetivo de criar uma sociedade coletiva submissa aos interesses estatais. Esse projeto é essencialmente e inconstitucionalmente um atentado violento contra a liberdade de expressão religiosa dos evangélicos, católicos, espíritas, judeus e muçulmanos. Tecnicamente mal elaborado, fere diversos princípios da constituição federal e do código penal. Esta batalha legislativa pretende avançar a qualquer custo a criminalização da homofobia e criar uma grande mordaça gay, para que ninguém possa discordar e expressar opiniões contrárias à opção sexual”.

Pergunta: Outra afirmação que o senhor faz é, “As influências do movimento homossexual estão por toda parte: entram em nossas casas através dos meios de comunicação, nas escolas, no âmbito profissional e até nas igrejas. Meu livro traz um alerta para que os cristãos e a igreja não se calem, mas ofereçam respostas claras e bíblicas para todas as pessoas que desejam conhecer e fazer a vontade de Deus num mundo que está cada vez mais se corrompendo”. Não acredita que com uma afirmação dessa, incita ódio e violência as pessoas homossexuais?
Julio Severo: Incitação de ódio e violência? Tente procurar isso dentro da própria militância gay. O presidente do recém-fundado Partido dos Gays, Lésbicas e Simpatizantes (PGLS), Márcio Antônio Francisco, declarou: “A Gaystapo existe e representa a opinião de uma ala GLS que é radical, violenta, autoritária e nazista”. Francisco, que é militante gay, denunciou: “Eu mesmo, Marcio, fui violentamente espancado tive o nariz quebrado por 8 integrantes da Gaystapo de Ribeirão Preto”. Taí a opinião de um ativista que foi espancado por outros ativistas gays.Agora, como é que a Bíblia e seus divulgadores incitam esse tipo de ódio e violência? Quando os cristãos promovem alertas e mensagens contra os perigos do vício de drogas ou contra o abuso sexual de crianças, não há um aumento de crimes contra usuários de drogas ou contra pedófilos. Não se conhece um só caso de alguém que tenha dito: “Depois de ouvir o pastor (ou o padre) pregar contra as drogas, resolvi bater e matar um drogado” ou “Depois de ouvir o pastor (ou o padre) pregar contra a pedofilia, resolvi bater e matar um pedófilo”. O homossexualismo, ou sodomia, não é o único tema de alerta nas mensagens cristãs. O homossexualismo é apenas um dos problemas tratados. Se a pregação cristã contra a sodomia provocasse violência contra os homossexuais, haveria um grande número de pedófilos, drogados e adúlteros internados em hospitais — sem contar os mortos.Procurar incitação de ódio e violência no meu livro é esticar a imaginação maliciosa ao máximo.Na questão homossexual, o único tipo de incitação ameaçadora é a promoção do homossexualismo, que vem literalmente incitando jovens desorientados à experimentação homossexual. Quando não, vemos a mídia liberal literalmente incitando ódio contra a Igreja Católica e outras igrejas por causa do homossexualismo. Apesar de que a mídia prefere colocar os holofotes quase que exclusivamente nos abusos cometidos dentro da Igreja Católica, num sutil esforço de exterminar os valores cristãos da esfera pública, o maior índice de abusos contra as crianças não é cometido em instituições cristãs, mas exatamente em instituições estatais. Entre apenas 1991 e 2000, um número elevadíssimo de 290.000 crianças e adolescentes sofreu abuso sexual físico no ambiente escolar nos EUA. (Veja: http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=83705)Em matéria de abusos, a Igreja Católica perde de longe para a educação pública. Um estudo feito pela Conferência dos Bispos Católicos dos EUA concluiu que 10.667 jovens foram sexualmente abusados por padres entre 1950 e 2002. A maioria das vítimas era do sexo masculino, comprovando assim o papel dominante do homossexualismo na área da violência sexual contra os meninos.O mesmo padrão se revela na educação. Um estudo internacional sobre crimes sexuais entre 1980 e 2006 revelou 902 professores abusadores de alunos. Os professores envolvidos no homossexualismo constituíam 63% dos estupradores na Irlanda, 62% na Nova Zelândia, 60% no Canadá, 54% na Escócia, 48% na Austrália, 47% na Inglaterra e 35% nos EUA. As estatísticas são de modo particular assustadoras considerando que os homossexuais perfazem menos de 3% da população. (Veja: http://juliosevero.blogspot.com/2007/10/estudo-revela-que-professores.html)
Assim, enquanto uma centena de homossexuais assassinados anualmente no Brasil (em meio às dezenas de milhares de outros brasileiros assassinados anualmente) recebe atenção politicamente correta e privilegiada, literalmente milhares de meninos anualmente violentados e até assassinados por homossexuais são esquecidos. Mesmo em ambientes religiosos reprimidos, homens que praticam o homossexualismo têm elevado índice de abuso de meninos. Em ambientes não reprimidos, o índice de abuso é certamente muito maior.Embora os homossexuais sejam apenas menos de 3% da população, eles são responsáveis por aproximadamente metade de todos os abusos de crianças. E qual é a solução que os cristãos propõem para resolver esses abusos? Matar todos os homossexuais? Claro que não. A proposta é amparar homens que desejam abandonar o homossexualismo.Entretanto, não seria errado o Estado instituir pena capital para homens culpados de estuprar meninas e homens homossexuais culpados de estuprar meninos. Para homossexuais não envolvidos em crimes de estupro contra crianças, a melhor alternativa é um tratamento. Se há tratamento para se abandonar o vício das drogas, por que não também do vício homossexual? Nem todo homossexual é pedófilo, mas todo homem que abusa de meninos é homossexual. E estudo após estudo mostra que a maioria absoluta dos homossexuais foi na infância violentada por um homossexual predador adulto. O comportamento homossexual tem tanta ligação com abuso sexual de meninos que os dicionários mais sérios sempre registraram “pederastia” como sinônimo de “homossexualismo. Quando o cigarro era uma obsessão social, algumas igrejas evangélicas corajosas pregavam contra esse vício. Essa pregação nunca levou a assassinatos de fumantes. Pelo contrário, essa iniciativa evangélica resultou na atual realidade, onde médicos e governo não mais são cegos aos prejuízos do fumo, mas desestimulam sua promoção e vício, principalmente entre os jovens. O problema homossexual não merece a mesma atenção e cuidado? Assim, muito longe de incitar o ódio, meu livro traz informações sobre os danos que o homossexualismo provoca nos próprios homossexuais e na sociedade e leva os leitores à ação social, para que a sociedade, para o bem-estar das famílias, mantenha distância de todas as práticas homossexuais.


Fonte: www.juliosevero.com

segunda-feira, 23 de março de 2009

Procuram-se posições bíblicas e éticas em prol da justiça e da honra na política e na sociedade em geral

É preciso assumir os valores bíblicos e éticos apontados pela consciência e por a cara a tapa!

Carta Aberta dos líderes da Grande Tijuca

(Rio de Janeiro, RJ)


Às comunidades, grupos religiosos, denominações cristãs, igrejas locais, pastores
e instituições e autoridades de todas as esferas do Estado brasileiro.

Nós, líderes de diversas denominações e igrejas locais presentes na Grande Tijuca, no coração da Capital fluminense, reunidos para a oração, a meditação bíblica e a comunhão espiritual, por nós mesmos expressamos o sentimento unânime advindo de um desafio que nos constrange, e entristece, qual seja o de suplicar e interceder perante o nosso Deus e declarar a nossa indignação perante a Sociedade brasileira pelo absurdo que representa a tentativa de punir com a exclusão o deputado federal Henrique Afonso dos quadros do Partido dos Trabalhadores (PT).
· Entendemos que o deputado federal Henrique Afonso (PT-AC) foi eleito em razão de sua luta pelos direitos que ele defende, mas que agora estão ameaçados por um posicionamento particular adotado por integrantes do PT que se alinham em uma corrente interna contrária aos princípios defendidos pelo referido deputado.
· Entendemos também que, a continuar esse conflito de valores, um expressivo número de pessoas, notadamente os evangélicos, poderá sentir-se contrariado e discriminado, refletindo-se tal sentimento em eleições futuras, com inegáveis efeitos sobre a sua opinião em face das proposições programáticas e eleitorais do PT em nível nacional.
· Entendemos, igualmente, que alijando da lide parlamentar a quem adota princípios e valores em prol da vida, da família e do ser humano em sua dimensão moral e espiritual, perdem a sociedade e as pessoas que elegeram seus representantes com base nesses princípios. Além disso, com a expulsão do deputado Henrique Afonso do PT caem, entre outros, os seguintes projetos: PL 1057 (“Lei Muadji”, contra o infanticídio em áreas indígenas), PEC 265/2008 (acabando com a isenção tributária da indústria pornográfica travestida em arte e cultura).
· Também entendemos que expulsar o deputado do PT é, indiretamente, punir a Igreja Evangélica e outros grupos religiosos, pois cristãos católicos, evangélicos e ortodoxos, além de espiritualistas de variados matizes, os quais consignam os ideais defendidos pelo deputado Henrique Afonso.
· Entendemos que o referido político tem uma militância e uma trajetória que conta com o respaldo dos votos populares e de variadas organizações, mas hoje está sob a ameaça de expulsão exatamente por ter assumido os valores de sua consciência em sua atuação parlamentar. Enfatize-se que a eleição do deputado, pela confiança de seu eleitorado na plataforma por ele desposada, é anterior à atual gestão dos adversários internos, que desejam cassar a liderança moral e política do deputado.

Por tudo que foi exposto acima, apelamos ao bom senso das pessoas de bem e que queiram ver preservada a legítima expressão da consciência, quer por populares quer por parlamentares, muito acima de acertos partidários particulares, que se manifestem e declarem a sua rejeição à pretensão do grupo, dentro do PT, que pretende expulsar do partido o deputado federal Henrique Afonso.

Nós, líderes religiosos, cidadãos brasileiros, homens e mulheres ativamente envolvidos em transformação positiva, mediante os princípios dos Direitos Humanos, afinados com princípios que cremos universais, reiteramos a nossa esperança e expectativa de que o Reino de Deus há de se manifestar crescentemente em nossa sociedade, mercê da graça de Deus e como resultado da conduta, pregação e orações de todos que crêem em Deus e se alegram em seu amor e justiça.

Rio de Janeiro, 27 de Fevereiro de 2009.

Carta redigida e inicialmente assinada pelos seguintes irmãos:
Benoni Kraul de Miranda Pinto,
Eduardo Macedo Collaço,
Urbano Fernandes Redondo da Mata,
Luciano Pereira Vergara, Wainer Guimarães

Descoberta cilada do "Peixe de Tróia"

Numa mensagem da Dra. Rozângela Justino, ela relata um casuísmo que, por pouco, não levou o país a mais um "atestado" de republiqueta: a emenda 34 ao Projeto de Lei 3960/2008, que trata da criação do Ministério da Pesca.
Pasmem, mas a referida emenda visava, nada mais, nada menos, criar no Brasil um conselho nacional para assuntos GLTBS (Gays, Lésbicas, Transexuais, Bissexuais e Simpatizantes, na sigla que a cada ciclo aumenta uma letra em um imenso abraço em busca de representatividade) embutido no Ministério da Pesca!!!!!!
Na fase de tramitação do projeto de lei, os deputados apresentam emendas para aperfeiçoar o projetoe, nesse caso, a emenda pretendia introduzir o MOVIMENTO PRÓ-HOMOSSEXUALISMO no Ministério da Pesca, à revelia da maioria heterosexual. Se o PL 3960 fosse aprovado com a emenda protocolada pela deputada federal Irini Lopes (PT-ES), haveria diversos novos cargos públicos a pesar no erário público e aumentariam consideravelmente os poderes de uma minoria que almeja o poder.
O que foi chamado por Rozângela Justino de “peixe de tróia” provocou a reação de deputados e senadores evangélicos e católicos, determinando a retirada da emenda em menos de uma semana e adiando a surpresa que pegaria desprevenidos os brasileiros e brasileiras - em seus apenas dois gêneros, pois por enquanto existem somente dois sexos conhecidos, pelo menos até que se decida, no voto, a existência de um terceiro).

segunda-feira, 16 de março de 2009

A constante tentação de não escolher


Mensagem dominical matutina, 1º de março de 2009, na Igreja Metodista de Vila Isabel

Texto-base: 1 Reis 18.20-21

Introdução
Na Palestina, os reinos do Norte – Israel e sua capital, Samaria – e do Sul – Judá, com sua capital Jerusalém – estavam divididos. O tesbita Elias desenvolveu o seu ministério em Israel e, por causa de sua fidelidade como profeta do Senhor, sofreu muita oposição da casa real pontificada por Acabe, o rei influenciado por sua rainha pagã, Jezabel.
No cenário indicado pelo texto bíblico acima, esses dois personagens ocupam o primeiro plano. Nele também se percebem o povo ao fundo, convocado a um promontório com ampla vista do mar, chamado Monte Carmelo, e ali estão cerca de 400 profetas de Baal, dramaticamente pressionando os demais personagens. Baal era muito popular na Palestina de então e contava com muitos locais de culto e sacerdotes místicos que serviam aos deuses da conveniência, os quais eram mandingueiros que ensinavam ao povo a espiritualidade do paganismo sensual. A influência dessa forma de paganismo era decisiva entre os israelitas e era comum haver conselheiros de Baal assessorando os nobres do reino.
No quadro regional de forças, Elias estava do lado oposto ao paganismo e às posições dos líderes de Samaria e, ali no Carmelo, ele estava aparentemente só contra a maioria absoluta do povo e da elite de sua terra, especialmente a realeza corrupta e supersticiosa. Enquanto o profeta ali estava com a pretensão de trazer o coração do povo de volta a Deus, a liderança de Acabe não era boa referência para os súditos.
Olhando para a cena, lembramos de Jesus, levado pelo diabo ao pináculo do templo de Jerusalém para ser provado (Mt 4.1-17, cf. Mc 1 e Lc 4). O propósito do tentador era experimentar se poderia fazê-lo se afastar do propósito de sua missão. O termo grego para essa provação é peirasmos (prova, exame, intento, tentação) e os cristãos podem ser alvos de tal prova. Todos os dias somos confrontados por escolhas inadiáveis. O momento de decidir chega e não se pode adiar a resposta nem a ação. Pode-se dizer que quem está na chuva é para se molhar e, então, tem de "pagar pra ver". Mas vale lembrar que Deus promete estar sempre com seus filhos e filhas.

Uma pergunta incômoda
Na convocação ao Carmelo, Elias pergunta aos filhos de Israel: — "até quando coxeareis entre dois pensamentos?". Isso equivale a dizer que os israelitas "caminhavam" indecisos de uma posição para outra; eles não chegavam a rejeitar a sua história com o Senhor e suas tradições, mas contavam com a expectativa de que Baal os pudesse garantir, acolhendo assim uma ética substitutiva que desse sentido aos anseios da vida.
Ao perguntar, o profeta questiona a consciência. Descobrimos então que perguntar faz bem porque faz pensar e o exercício do pensamento é o caminho da consciência crítica. No entanto, perguntas não podem ficar sem respostas. Questionar deve levar a respostas consistentes e conseqüentes. Essa consistência é a verdade transparente e sincera, que não trai nem mente à consciência. E as conseqüências são as ações que brotam da vontade que se convence do valor e da razão da consciência. Concluímos que a atitude dialoga com a consciência por meio das respostas que fornecemos.
Por esse pensamento sabemos porque Jesus questionou o cego nas ruas: — "Que queres que eu te faça?" (Mc 10.51). Igualmente, o Mestre indagou a seus discípulos sobre si próprio: — "Quem dizem os homens que eu sou... e vós?".

Confrontados mas contundentes
Quem escreveu aos cristãos hebreus aconselhou a nos achegarmos a Deus em atitude de confiança. Os que se chegam ao Senhor fazem-no pela confiança de ter um intermediário à altura do que se pretende. Não há outro senão Jesus Cristo, sumo Sacerdote idôneo, por intermédio de quem ousamos entrar diante de Deus. Assim como tal ousadia lembra a coragem de Elias, não resta dúvida de que aproximar-se a Deus é uma atitude espiritual de não fugir ao confronto e responder de modo contundente aos dilemas enfrentados.
Pode-se dizer que atitude é igualmente uma tomada de consciência da realidade, a motivação para lidar com a realidade, a vontade de fazer, de interferir nela, e também uma ação que transforma a realidade.
Há semelhanças entre as nossas tentações e a de Jesus. Ambas são modos de revelar quais ambições estão a nos impulsionar. Ao falar sobre o pecado em sua epístola, Tiago adverte (1.13-15) sobre o risco de adiar a atitude de confronto. O que confrontamos na tentação? Acerta quem responde dizendo que é a nossa própria ambição. Não é o diabo, como alguns pensam. O diabo tenta e só. Ao sermos tentados, o diabo é somente um detalhe a mais. Com um poder limitado, ele não nos pode obrigar a pecar. Então, usa de insinuação, sugere, aposta que o nosso desejo se rebelará ao controle do Espírito Santo.
Tentando explicar o desejo de Jesus, o que o impulsionava era o Espírito Santo, como também ocorre conosco. O Espírito nos conduz, mas a vontade humana continua ativa embora cativa e dependente de sua liderança. Jesus igualmente aceitou a direção do Espírito Santo, que impelia o Rabi como impele os crentes de hoje. Suas vitórias sobre o pecado se devem ao fato de ter sido Jesus impelido pela obediência e vontade de servir, agradar a Deus. Seu prazer era a obediência que brotava do amor e confiança no propósito do Pai. Em suas últimas lições aos discípulos, como vemos no evangelho de João, o Mestre falou da perfeita relação entre ele e o Pai, a afinidade da vontade, a perfeita comunhão de pensamento e ação.
Em todo o seu ministério, Jesus esteve consciente de sua missão: a proclamação do Reino de Deus, a mensagem da graça e perdão que viabiliza o ser humano redimido, a morte na cruz, a ressurreição, o juízo. Ele não apenas conhecia formalmente a palavra de Deus, a rigor ele se identifica totalmente com a Palavra e se assume como a encarnação mesma da Palavra. No dizer do capítulo 1º de João, Jesus é o Verbo de Deus.
E foi então com essa intimidade e comunhão com a Palavra que Jesus resistiu contundentemente à sedução tentadora de desviar-se do plano de Deus e seguir a alternativa de uma vontade estranha a esse plano. Ele se opõe ao diabo na Palavra. Ele conhece intimamente a Escritura e cita-a amiúde como forma de resistência.
Igualmente, somos tentados com freqüência. Como agimos em tal situação? A tentação é a oportunidade de escolher entre a sedução e a lucidez, entre a ruína e a vitória. Não há um lugar neutro, "em cima do muro". Não se pode escapar a esse confronto, a rota de fuga já é um posicionamento. Já que a neutralidade é impossível, por que adiar a resposta?
O pior não é errar ou cair. É não responder, é fugir quando é tempo de ficar, lutar e resistir. Todos somos tentados e podemos ser derrotados na tentativa de resistir. Mesmo Jesus poderia ter caído. Se assim não fosse, para quê ser tentado? Alguém que não tenha a noção da graça e presença de Deus em sua vida nem faça idéia do poder que há na palavra de Deus, só terá como resultado o pecado ao qual não pode resistir, pois é escravo do pecado. Entretanto, Jesus demonstrou que a pessoa espiritual, aquela que conhece a graça e a glória de viver pela fé em Deus, essa pode viver sem pecar. Ademais, em caso de queda temos a promessa bíblica (1 Jo 2.1-2) de um intercessor junto a Deus, um Advogado perante o Altíssimo, nosso Juiz e nosso Pai.

Aplicando o ensino
Séculos antes de Cristo, Josué levou o seu povo a aplicar o mesmo conceito de escolha para a efetiva resistência à sedução e à falta de discernimento: "escolhei a quem sirvais" (Js 24.14-15). O líder pedia uma posição clara quanto a permanecer na opção das gerações que seguiram aos deuses da conveniência ou quebrar essa tradição perversa e abraçar o caminho da salvação proposto pelo Senhor aos filhos de Abraão, Isaque e Jacó.
Somos continuamente expostos a escolhas que nos afetam espiritual, ética e emocionalmente. Que respostas temos a oferecer quando forças que intentam agir em nosso interior nos exigem respostas sólidas? Com que atitude resistimos à sedução das coisas malignas que podem nos afastar do caminho da salvação? Apenas derrotamos as forças de perdição quando damos respostas contundentes. Elas são libertadoras – no fim da provação de Cristo, o diabo o deixou; glória a Deus!
Quantos ficam à espera que alguém venha com mão estendida e soluções prontas para os nossos dilemas! São pessoas que acreditam na ilusão tentadora da neutralidade, que fazem da dependência espiritual de outros mortais um sonho doce e entorpecedor. Essas são as vítimas preferidas do tentador. Não, em matéria de tentação o homem jamais será paladino do homem. Não é o homem que nos liberta; é Deus. E ele o faz pela sua palavra e pelo seu poder.