Toda técnica só é válida quando promove o ser humano em conexão com Deus, com o semelhante e com o ecossistema em que vive. Qualquer cultura só tem valor autêntico quando aperfeiçoa as pessoas para estas interagirem assim.
sábado, 15 de janeiro de 2011
A PRESIDENTA MAIS EFICIENTA E ATUANTA
Foi o ator Jorge Dória que estrelou a peça "A presidenta", de Bricaire e Lasaygues (1988), no teatro. Mas não sei se foi daí ou se foi de um arroubo de informalidade populista do ex-presidente Lula; o fato é que de um tempo para cá virou uma praga a infestar a língua portuguesa falada somente no Brasil, isto é, adulterar o uso do particípio ativo do vocábulo presidente.
Mais um pouco e usaremos tudo modificado, não para aperfeiçoar o idioma pela elevação do nível intelectual e cultural da população, e sim, para barateá-lo, nivelando-o a partir da intelectualidade elementar.
Abaixo, uso recortes do artigo intitulado "PRESIDENTA? SERÁ O FEMININO DE PRESIDENTE?", atribuído ao sociólogo, escritor e jornalista, Leonardo Dantas Silva, sobre a novidade de se referir à Sra. Dilma Vana Roussef como "presidenta".
"Tenho notado, assim como aqueles mais atentos também devem tê-lo feito, que a candidata Dilma Roussef e seus apoiadores, pretendem que ela venha a ser a primeira presidenta do Brasil, tal como atesta toda a propaganda política veiculada pelo PT na mídia.
"Presidenta?
"Mas, afinal, que palavra é essa?
"Bem, vejamos:
"No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante...
"Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
"Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do gênero, masculino ou feminino. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta". (...)"
A continuar deste modo, proponho que atualizemos logo o uso do particípio ativo tal qual empregado pela Presidência da República. Assim, 'estudantos' e 'estudantas' já concluirão a alfabetização 'conscientos' da nova regra em vigor e não ficarão 'descontentos' por parecer 'ignorantos' quanto ao emprego certo da norma gramatical. A inclusão de todos na norma 'vigenta' ajudará as pessoas a se sentirem mais 'confiantas' ao falar em público ou ao escrever textos 'significantos' que serão avaliados por leitores muitas vezes 'exigentos'.