Composição de Thiago Azevedo, Fabrício Matheus e Gladir Cabral
As nuvens pesadas ameaçavam derramar dilúvios sobre as cidades já destruídas. Sombrias, pesadas, faiscando raios e trovões, tirando o sono e quem sabe até a esperança de muitos, elas dominavam a paisagem e raptavam o sol. Por mais ameaçadoras e destruidoras que sejam, as nuvens passam. Foi o Thiago que veio com essa idéia, uma menção inclusive à famosa canção “Vai passar”, do Chico Buarque. O Fabrício trouxe a melodia e mais alguns versos. Depois de uns ajustes, eis mais um samba lamento, com um raio de esperança.
Quando esta nuvem passar
Quando esta nuvem passar
Vamos arregaçar as mangas
Surdo, pandeiro e tam tam
Pra fazer da manhã um novo samba
Alvorada virá para nos ensinar
A sorrir e dançar uma ciranda
Quando esta nuvem passar
Passará esta dor imensa
Um arco-íris de paz
Sorrirá para nós com esperança
Vida nova nascer, o jardim florescer
Alegria como um sonho de criança!
Toda poesia, toda alegria
Povo na rua e festa no céu,
Riso no rosto e samba no pé
Na mesa, fartura de leite e mel
Quando esta nuvem passar
Ela apenas será lembrança.
Melhores dias virão
E eles, sim, pesarão nesta balança
Todo mundo virá e também cantará
Na avenida a lição da nova dança
Áudio em http://www.gladircabral.com.br/wp-content/uploads/2011/01/quando-esta-nuvem-passar-2.mp3