quinta-feira, 19 de maio de 2011

Tempos difíceis

Após compararmos textos que produzimos, de comum acordo, formulamos juntos o texto a seguir. Desde já, fique à vontade quem desejar consigná-lo na íntegra para fazê-lo circular.

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Graça, paz e coragem!

Estamos pedindo a Deus que reverta qualquer juízo condenatório sobre nossa nação; que ele tenha misericórdia de cada cidadão brasileiro, das famílias, das crianças e que a sua ira dê lugar à compaixão.

Já conhecemos a posição do Poder Judiciário, que deixou muitos atônitos, particularmente, pela fundamentação usada e unanimidade na decisão.

Portanto, podemos crer que estamos numa reta final até o sancionamento da "lei antihomofobia" (PLC 122), pelo Senado.

Este é o tempo de, cada vez mais, usarmos a prática de orações e súplicas, como recomenda Paulo a Timóteo (1 Tm 2.1-4: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” A Bíblia na Versão Revista e Atualizada, de João Ferreira de Almeida), retomando nossa função profética como Igreja de Jesus Cristo, e ainda, bradarmos com toda força por meio dos púlpitos, das publicações, dos e-mails, Twitter, páginas institucionais e blogs pessoais, rádio e TV, pelas ruas, através de sinais de luto, sempre visando mostrar que a maioria dos brasileiros não aprova as pretensões contidas na esdrúxula PLC 122.

É nosso papel como cristãos amarmos e respeitarmos, indiscriminadamente, qualquer pessoa, mesmo sendo ela homossexual, bissexual ou transgênero, conforme expressões usadas no referido Projeto de Lei. Entendemos, também, que todo cidadão, por força constitucional, pode buscar junto ao Judiciário o reconhecimento e declaração de seus direitos. O que não podemos concordar é que o ser humano, criado em sua condição natural de “macho e fêmea”, perca esta condição ordinária para o que é extraordinário e contrário à natureza. Não é uma questão de simplesmente dizermos “não à homofobia”, mas de, primeiramente, dizermos “sim à heterofobia”.

Finalmente, num país em que os direitos básicos dos mais pobres ainda são totalmente esquecidos, que tem o seu sistema educacional e de saúde falidos, onde os professores, médicos e outros necessários profissionais são desvalorizados, onde se precisaria –conforme estatísticas – de um século para colocarem-se em pauta milhares de projetos de lei, deixa-se de lado o regime democrático de governo, que, sobretudo, visa atender e governar para todos, com justiça e neutralidade, e prioriza-se o interesse de uma minoria para afirmar valores tipicamente do direito individual e que ferem o entendimento da maioria.

Portanto, este é o tempo da Igreja de Jesus restaurar sua função profética, sem jamais, contudo, deixarmos de pautar nossos atos e manifestações pelo amor e cordialidade cristãs.

Pr. Benoni Kraul de Miranda Pinto (C. Jesus Vive, RJ)
Pr. Luciano Pereira Vergara (metodista, RJ)
Pr. Neander Kraul de Miranda Pinto (batista, RJ)